Fazenda Amália, município de Santa Rosa
do Viterbo, SP
"Como pesquisadora
da vida de Santos-Dumont e autora de livros que contam a vida desse ilustre
brasileiro, tornei-me amiga de membros da família Dumont e, dentre eles, Maria
Odila e Jorge Henrique Gumont Dodsworth, este, neto de Henrique, o irmão mais
velho de Alberto Santos-Dumont. Escrevi um livro infanto-juvenil, sob o título
O Sonho que Criou Asas, que privilegia o abençoado solo paulista, de onde saíram
os recursos financeiros, que deram a Alberto Santos-Dumont condições de alcançar
sucesso com os inventos aeronáuticos. O Município de Cajuru adquiriu exemplares
para distribuir entre alunos da rede municipal de ensino e convidou-me para
um encontro com professores daquela localidade. Foi então que, entrei na Internet
,para ler alguma coisa sobre Cajuru e, por etapa, cheguei à sua matéria sobre
a ferrovia. Meus parabéns pelo texto e muito agradecida pela pesquisa que muito
me auxiliou. Porém, peço licença para uma sugestão de mudança na sua matéria
sobre a Fazenda Amália. O nome do pai de Alberto Santos-Dumont era Henrique
Dumont apenas. "Santos" é sobrenome de Dona Francisca, esposa de Henrique e
mãe de Alberto. Portanto, Henrique Santos Dumont é o irmão mais velho de Alberto
Santos Dumont e não pai. Em 1888, Henrique Santos Dumont, com a idade de 29
anos, contraiu matrimônio com Amália, uma jovem de 17 anos, filha do Barão de
Ibitinga. E, por isso, ele trocou o nome da Fazenda London, que adquiriu, para
o de Amália, sua amada esposa. Quando a Fazenda Amália, na década de 1920, foi
vendida para três sócios e, entre eles o Conde Francesco Matarazzo, ele manteve
o nome "Amália", porque esse era, também, o nome da Condessa Matarazzo. Portanto,
prezado senhor, essa a verdade dos fatos, contadas pela história e pelo neto
de Henrique Santos-Dumont. O pai de Alberto, Henrique Dumont, construiu 25 km
de via férrea dentro da Fazenda Dumont, que se transformou em Ramal de Dumont
e servia também a outras propriedades. Henrique Dumont faleceu no Rio de Janeiro,
em 30 de agosto de 1892. O irmão de Alberto, Henrique Santos Dumont, construiu,
em 1909, o ramal que, posteriormente, transformou-se na Mogiana e cuja história
o senhor conhece com tanta propriedade. Agradeço a sua matéria e fico feliz
em poder esclarecer aquele detalhe do nome da propriedade, no qual o senhor
cita duas possibilidades, sendo que a segunda é a correta. Um grande abraço,
Laurete Godoy, 8/6/2008"
Abaixo, fotos da Fazenda Amália em 2006
e de suas duas locomotivas ainda ali preservadas. Do antigo ramal da fazenda,
não existe mais nada (Fotos Carlos Alvaro Guimarães, cessão Amadeu
Gomes)