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E. F. Central do
Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
IBIRITÉ
Município de Ibirité, MG |
Linha do Paraopeba - km 613,735
(1960) |
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MG-0790 |
Altitude: 883 m |
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Inauguração: 20.06.1917 |
Uso atual: Museu Ferroviário (2009) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1917 |
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HISTORICO DA LINHA: A linha do
Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão
acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga,
provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de
Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar
pela zona de mineração da Linha do Centro, até
General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira.
Além disso, até então havia baldeação
para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações
principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A
linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho,
foi aberta até a estação de João Ribeiro
em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro
foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente.
Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações
entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali
até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas
de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros
continua intenso até hoje, com a concessionária MRS,
até a estação do Barreiro, próxima a BH,
e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola
mista, métrica e larga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Ibirité foi inaugurada em 1917, mesmo ano em que
a linha do Paraopeba atingiu Belo Horizonte. A vida
não era fácil na época da construção
da linha (1914-1917): "Morei a princípio em rancho
de pau a pique, às margens do Paraopeba, junto à Cachoeira
do Salto. Depois melhor me instalei, linha abaixo. Primeiro no antigo
e belicoso São Gonçalo da Ponte (Belo Vale), mais tarde
no pacífico Aranha (Melo Franco) e finalmente na quase deserta
Várzea da Pantana (Ibirité). (Tínhamos direito
a) proventos (...) e auxílio para aquisição de
montaria (...) e um trabalhador para cuidar do animal e dele fiz,
quanto a meu caso, o meu guarda-costas, naquelas brenhas pouco amistosas
e em geral refratárias à passagem da linha (...) (Victor
Figueira de Freitas, depoimento sem data).
Em 1973, a estação passou a ser o ponto de saída
do ramal de Águas Claras, construído pela RFFSA
para carregar minério para um terminal em Belo Horizonte.
A placa mostra no dístico a palavra Ibireté.
O ramal funciona normalmente para trens cargueiros. Em 05/2005, Carla
Pereira, de Ibirité, informava que a estação
havia sidorestaurada, depois de anos de abandono.
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1923
AO LADO: Queda de barreira entre
Sarzedo e Ibirité (O Estado de S. Paulo, 27/3/1923).
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(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Alex Lima;
Frederico Alexandre Costa Alves; Valter Araújo; J. Emilio Buzelin;
Carla Pereira; Victor Figueira de Freitas; O Estado de S. Paulo, 1923;
Revista Refesa, anos 1970; Décio Lima Jardim e Marcio Cunha
Jardim: História e Riquezas do Município de Brumadinho,
Prefeitura Municipal de Brumadinho, 1982; Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-1980) |
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A estação nos anos 1970. Foto da revista Refesa
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A estação em 08/1993. Foto José Emílio
Buzelin |
A estação em 21/05/2004. Foto Valter Araújo |
A estação em 21/05/2004. Foto Valter Araújo
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A estação em 21/05/2004. Foto Valter Araújo
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Em 05/2005, a estação recuperada. Foto enviada
por Carla Pereira |
Em 05/2005, a estação recuperada. Foto enviada
por Carla Pereira |
Em 05/2005, a estação recuperada. Foto enviada
por Carla Pereira |
Em 2009, uma nova pintura. Foto Pedro Paulo Rezende em 23/8/2009 |
Estação em 2016. Foto Alex Lima |
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Atualização:
25.01.2018
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