Sussuí
(Palmital, SP)

 

Sussuí


Na igreja hoje fechada de Sussuí, ainda arrumadinha, o último resquício de um passado digno. Foto Douglas Razaboni, em 07/2002.

Sussuí foi uma vila (patrimônio, como se conhece na região), que teve seu auge em algum ponto do passado, onde a rica combinação das lavouras de café, extração de madeira de lei e, nos últimos tempos de progresso, das lavouras de mandioca e fábricas de farinha e amido proporcionaram emprego e moradia para muita gente. A vila era movimentada, tinha missa, com o padre de Palmital, toda semana, e o trem ainda parava na pequena estação, até meados da década de 70. Nessa época, a decadência se pronunciou. Algumas fábricas faliram, o café foi dizimado pela geada de 1.975, o trem começou a passar direto e o povo começou a ir embora. Muitos, pequenos sitiantes, não tiveram condições de mecanizar as lavouras, exigência das culturas da soja e trigo que sucederam o café e venderam as propriedades, indo engrossar as fileiras de miseráveis em São Paulo. Outros mudaram-se para as cidades mais próximas, principalmente Palmital e Cândido Mota, eventualmente transformando-se em bóias-frias ou simplesmente caindo no desemprego. A vila definhou, e nela hoje não moram mais que 2 ou 3 famílias. Não há mais missa na Igreja, nem as tradicionais quermesses e bailes que movimentavam a região. O velho cemitério está totalmente abandonado e tomado pelo mato, restando em pé praticamente só um túmulo e a velha cruz. As antigas casas de comércio (vendas, como se dizia) fecharam as portas, e o local parece estar se dissolvendo nas brumas do tempo. (Texto: Douglas Razaboni, 22/11/2002)


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As fotos de Douglas Razaboni em julho de 2002 mostram todo o abandono de Sussuí, que teve a estação demolida há muitos anos. A linha da Sorocabana ainda passa com poucos e raros trens cargueiros. O túmulo...
...e a cruz no cemitério
Casa
Rua da vila
Casa
Casa

A casa e o detalhe sobre a porta
A linha da Sorocabana
O nada

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