Trem Metropolitano de Maceió
(Alagoas)

 

RFN (1965-1975)
RFFSA/CBTU (1975-2014)

Bitola: métrica


Acima, plataforma de embarque em Maceió. Abaixo, fachada da estação de Maceió (Fotos Antonio Gorni, 01/2002).



A estação terminal de Lourenço de Albuquerque,
com o trem metropolitano ao lado, em 04/2005
(Foto Elias Vieira).

A primeira referência que encontrei como trem metropolitano no trecho Maceió-Lourenço de Albuquerque foi no Guia Levi de outubro de 1965, onde consta esse trem especificamente como "trem de subúrbio", tipo "SS", com 5 horários diários. Anteriormente somente se via trens de longa distância que seguiam pelo trecho e seguiam para Recife ou pelo ramal de Quebrangulo, seguindo eventualmente até Paquevira ou São José da Lage, dependendo da época. Com a criação da CBTU, em 1984, passou a ser operado por esta empresa.

O trem metropolitano em Lourenço de Albuquerque, em 04/2005 (Foto Elias Vieira).

Percurso: Maceió - Lourenço de Albuquerque
Origem da linha:

Maceió - Lourenço de Albuquerque - 1884
Abaixo, esquema da linha do trem metropolitano, em 2000.
Note que ele acompanha em grande parte a lagoa do Mundaú (folheto da CBTU, "Trem urbano de Maceió")

2008: o "Trem da Praia" - Estréia com sucesso O "Trem da Praia" que circulou nesse domingo 20, foi um sucesso de usuários. Famílias inteiras residentes nos municípios de Rio Largo, Satuba e mais 12 bairros da região, vieram desfrutar as águas mornas das praias de Maceió. A iniciativa deixou mais uma vez evidente a importância social do transporte ferroviário em Maceió. O "Trem da Praia" teve essa primeira viagem documentada por uma equipe de jornalismo da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo, constatando a satisfação dos usuários, e está programado para circular todos os domingos e feriados (Site da Revista Ferroviária, 21/01/2008). É uma variação do trem metropolitano de Maceió. Sobreviverá?

"O trem faz o percurso de 32 quilômetros de Maceió a Lourenço de Albuquerque em uma hora. Corre a uma velocidade média de 30 km/hora, passando por oito estações e quatro paradas. Apenas uma locomotiva vem sendo usada, puxando cinco carros, com
capacidade para 360 passageiros sentados. A passagem custa 32 centavos. É uma salvação para quem mora em Satuba e Rio Largo - cidades-dormitório, que ficam a 18 e 35 quilômetros de Maceió, respectivamente. O trem corre pelo menos 10 vezes por dia" (O Estado de S. Paulo, 27/07/1998). Em 1999, o site do GEIPOT afirmava que "o transporte ferroviário urbano de passageiros de Maceió é gerenciado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU.

Em 1999 transportou 4.500 passageiros por dia.

O sistema de Maceió compreende uma única linha, entre as estações de Maceió e Lourenço de Albuquerque, com 32 km em bitola métrica não eletrificada, 12 estações e 1 oficina. A linha corta a área urbana de Maceió, de grande adensamento populacional, criando conflito de tráfego nos cruzamentos com ruas e avenidas, sem as mínimas condições de segurança. A faixa de domínio não tem proteção ou isolamento. Foram concluídos e apresentados aos órgãos locais, estudos e propostas de projeto integrado de transporte para as regiões de Natal, João Pessoa e Maceió, com recursos doados pelo governo do Japão e geridos pelo Banco Mundial. Estes estudos de caráter
estratégico visam identificar alternativas, a nível sistêmico e estrutural, para o transporte urbano de passageiros desses locais. Em 1999 foram remodeladas duas
estações, recuperados três carros de passageiros e uma locomotiva. Prosseguem as ações de recuperação dos carros de passageiros, assim como as obras de vedação das estações. O estado de Alagoas recebeu investimentos da União, em 1999, no valor de R$ 600 mil para melhoramento do Sistema de Maceió". Em junho de 2010, uma grande enchente levou os trilhos em Rio Largo e os trens passaram a fazer o percurso somente até Utinga. A linha foi recuperada e os trens voltaram a chegar a Lourenço de Albuquerque. Em 2014, já havia os novos VLTs circulando pela linha toda em dois horários; o restante era feito com as diesel e os carros que já existiam.

Em 2016, somente o VLT rodava nas linhas do subúrbio, exceto num horário diário, feita pelo diesel às 10:00 da manhã para atender os pescadores que levam baldes com caranguejos.


ACIMA (esquerda): O trem passa ao lado do espelho d'água, sendo refletido por este (folheto da CBTU, "Trem urbano de Maceió"). ACIMA (direita): tabela das estações afixadas nos carros em 2016 (Foto Pedro Resende). ABAIXO: A inda em Maceió, o trem tem de enfrentar a Feira do Passarinho, que todos os dias expõe a mercadoria sobre os trilhos e tira rapidamente quando o trem passa por ali (Fotos Antonio Gorni, 01/2002).



Acima, à esquerda, ainda o trem na Feira do Passarinho
(Foto Antonio Gorni, 01/2002). À direita,
o trem metropolitano na estação de Fernão Velho
(folheto da CBTU, "Trem urbano de Maceió").

ACIMA: (ESQUERDA) Horarios dos trens em maio de 2014 (CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VE-LOS CLARAMENTE). (DIREITA) Carro dos trens a diesel em maio de 2014 (autor desconhecido). ABAIXO: VLT de Maceió em 2012 (Foto Elias Vieira).

Veja também:

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Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente
por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram
a época. Portanto é possível que existam
informações contraditórias e mesmo errôneas,
porém muitas vezes a verdade depende da época
em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos
de existência no Brasil se alterava constantemente,
o mesmo acontecendo com horários, composições
e trajetos (o autor).