Trem de Cachoeira a Feira
de Santana (Bahia) |
E. F. Central
da Bahia (1876-1911) Veja
também: Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor). |
São
muito |
Percurso:
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Na década de 1940, em terras da Princesa
do Sertão, para se ir à Bahia, ou como se dizia naqueles tempos, quando
se viajava para a capital - cidade de Salvador - tinha-se duas opções:
o trem denominado "Motriz" e a "Marinete", um tipo de transporte coletivo
que nos dias de hoje conhecemos como ônibus. A estação ferroviária
ficava nos fundos da Igreja da Matriz, em galpão amplo, com bilheteria,
bancos e um espaço amplo para o trânsito dos viajantes que esperavam
a partida para a capital, passando por diversos lugares, a exemplo
de Paripe, Piripiri e outros, até o final de linha na Calçada, em
Salvador, próxima ao Largo de Tanque. Os compartimentos do trem eram
bem arrumados, com poltronas duplas e em algumas cabines tinham mesas
para o serviço de primeira classe, com almoço, sobremesa e um bom
café. Logo na saída, ainda nas proximidades de Santana dos Olhos D'água,
na localidade do Tomba, havia uma imensa caixa d'água para abastecer
as caldeiras da locomotiva alimentada a lenha. Após ligeira parada,
seguia viagem que durava, salvo engano, 3 horas. Tenho ainda lembranças
do tempo de criança quando por ali, em companhia de meu pai, viajei,
e na espera da partida ficava deslumbrado com o trânsito de pessoas
bem vestidas, herdeiros dos costumes europeus de boa civilização.
Encantava-me o barulho das máquinas, a marcha e o apito do trem -
piuiiiii..., conduzindo viajantes em recreio, em face de negócios
a realizar e até mesmo para consultas médicas. |
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