| Trem Campos a Guarus (Rio de Janeiro) |
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CENTRAL (2007-2008)
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Trem metropolitano implantado em 2007, de curtíssimo percurso - talvez apenas 2 km, se chegar a tanto - que começou a operar no dia 16 de janeiro, como conseqüência das fortes chuvas que alagaram a cidade de Campos dos Goitacazes, no Rio de Janeiro, e destruíram a principal ponte rodoviária sobre o rio Paraíba do Sul, deixando apenas a ponte ferroviária antiga, mas de ferro, e duas pontes pequenas que não agüentam o tráfego intenso de veículos. Isso levou a Prefeitura a se entender com a FCA e com o Governo estadual, que enviou uma composição da CENTRAL, que opera trens metropolitanos atualmente (2007) apenas nas linhas de bitola métrica entre Niterói e Itaboraí e entre Saracuruna a Guapimirim. Não confundir esta CENTRAL com a antiga E. F. Central do Brasil. Em 13 de julho de 2007, mesmo sem a ponte estar pronta, o contrato acabou e o trem parou. Voltou a funcionar em 29 de outubro de 2007 e parou definitivamente em março de 2008. | Percurso:
Estação de Campos a uma parada improvisada no bairro dos
Guarus, num trecho da antiga Linha do Litoral da E. F. Leopoldina. Origem das linhas: A linha original foi aberta em 1875 pela E. F. Macaé a Campos, unida com a E. F. Carangola anos depois quando a Leopoldina adquiriu as duas. No início do século 20, a Leopoldina construiu, através da união de diversas linhas que comprou e que uniam o Rio de Janeiro e Niterói a Campos e a Vitória, no ES, a chamada "linha do Litoral", que hoje é operada pela FCA - Ferrovia Centro Atlântico, apenas para cargueiros. |
O
trem começou a trafegar no dia 16 de janeiro de 2007, depois
de uma viagem de teste realizada no dia 15. Os horários foram
definidos como sendo seis viagens diárias, entre 5h e 8h30 da
manhã e das 16 às 19 hs da tarde. Cada viagem dura apenas
8 minutos, pois o trecho é bastante curto. A viagem é
gratuita, bancada pela Prefeitura da cidade. São três carros
de passageiros puxados por uma locomotiva GE U12-C da CENTRAL. A composição
sai da estação de Campos puxada por essa GE, mas retorna
de Guarus com uma locomotiva da FCA, uma G-12, escalada para trazer
o trem de volta, pois ele não tem onde manobrar em Guarus. Questão
em
aberto, para mim: teria
a
plataforma construída
em Guarus sido
Acima, trem da CENTRAL enviado para Campos, ainda na estação
de Barão de Mauá (Foto CENTRAL). Abaixo, a composição
manobra na estação de Campos em 01/2007 (Foto Regina Linhares). feita no mesmo local do antigo posto telegráfico que ali existia em tempos idos, e que ficava a aproximadamente 2 km da estação central de Campos? Segundo Regina Linhares, de Campos, ela fica praticamente no mesmo lugar. De qualquer forma, é difícil saber até quando este trem operará. Resta apenas o consolo de ser este um dos pouquíssimos trens de passageiros em operação num País que, na contramão do mundo, desistiu de seus trens de passageiros, tendo pouquíssimas linhas de longo percurso - especificamente, somente duas, da Vale do Rio Doce. Já era hora de se repensar no assunto e voltarmos a ter trens de passageiros de forma a termos uma alternativa boa e saudável. Enfim, viajar de trem é a melhor forma de se viajar. E quando a situação apertou em Campos, o trem "salvou a pátria", e há que se louvar o poder público, que agiu realmente rápido, sem ficar em promessas que perduram por uma eternidade sem apresentar ação alguma. O trem andou até 16 de fevereiro, houve uma pausa durante o carnaval e depois, no dia 22 de fevereiro, voltou a correr. Há duas paradas, além da inicial na estação de Campos: uma na Av. Carmen Carneiro, no bairro de Jardim Carioca, e outra no Parque Novo Mundo. O jornal de março de 2007 já cita horários diferentes: 6 às 8:30 e 16:30 às 20 horas. Em 13 de julho de 2007, o trem parou de vez, o contrato acabou e a FCA nem pensou em renovação, no meio de uma grande crise financeira que a levou a fechar o tráfego de cargas por diversas de suas linhas, no Nordeste e no Rio - região de Campos, por coincidência. Tentou-se a renegociação, mas nada aconteceu por enquanto. Parece que o campista voltou a ficar sem seu trem. Segundo informações destes últimos dias, inicialmente, o trem só trafegava entre a Estação da antiga Leopoldina até a avenida Carmem Carneiro. Depois, foi estendido até o Posto Novo Mundo, beneficiando moradores de outros bairros, que precisam atravessar para a margem direita, para trabalhar e estudar. Aqui ele parava quando suas operações cessaram. Porém, ele voltou a circular em 29 de outubro de 2007: "Com boa parte dos bancos ocupados e alguns passageiros em pé, entre eles o secretário de Transportes, Julio Lopes, e o prefeito de Campos dos Goytacazes, Alexandre Mocaiber, partiu da estação central de Campos rumo ao bairro de Guarus, às 16h30 da tarde desta segunda-feira, o trem que está circulando para atender parte da população do município (...) A viagem marcou a reativação da composição de três vagões, cedidos pela Secretaria de Transportes, que funcionou de janeiro a julho de forma emergencial, e cuja circulação havia sido suspensa pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), até que nova autorização fosse concedida. Com a autorização da agência para a volta do trem, a prefeitura espera melhorar o deslocamento dos moradores dos parques Novo Mundo, Jardim Carioca, São Matheus, Guarus e de outras comunidades que precisam atravessar o rio para chegar ao Centro de Campos. O trem liga os dois lados da cidade e se tornou uma alternativa importante para os 150 mil moradores da periferia de Guarus, enquanto a obra de reconstrução da ponte não é concluída" (www.governo.rj.gov.br/noticias). Como dito acima, parou em 28 de março de 2008.  Acima
e abaixo, embarque na estação de Campos em 01/2007. A
estação central da cidade não via um trem de passageiros
desde meados dos anos 1980. Os últimos trens que chegaram nessa
estação para transporte de passageiros eram trens mistos,
da RFFSA (Foto Regina Linhares).
  Acima,
interior do trem. Abaixo, o trem passa pela ponte sobre o rio Paraíba
do Sul, no sentido de Guarus (Foto Regina Linhares).
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