E. F. Central
do Brasil
(anos 1960-70)
Bitola: larga (1,60m).
O trem Alvorada, parado na estação antiga de Mogi
das Cruzes, no dia de sua primeira viagem, aparentemente em 6/5/1960
(Foto Revista Ferroviária). Abaixo, a estação
de Roosevelt nos anos 1950, de onde partia o Alvorada (acervo C.
Campanhã).
Acima, a estação de Mogi das Cruzes nos anos 1950,
onde chegava o Alvorada (Acervo Benedito dos Anjos). Abaixo, os
horários do trem Alvorada em 1962. (Guia Levi, setembro de
1962)
Veja também:
Estação
de Mogi das Cruzes
Contato
com o autor
Indice
Nota: As informações contidas nesta
página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente
por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época.
Portanto é possível que existam informações
contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas
vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia
em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente,
o mesmo acontecendo com horários, composições
e trajetos (o autor).
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TUE (Trem
Unidade Elétrico) de passageiros operado pela Central do Brasil
a partir de 1960 no trecho de subúrbio da linha do Ramal de
São Paulo. Até os anos 1980 ele ainda existiu, mas já
modificado.
Percurso
do Alvorada entre São Paulo e Mogi das Cruzes. Aparece também
a variante de Poá, correndo ao norte da linha do ramal, por
onde essa composição não circulava (Guia Levi,
1942 - o mapa é anterior à composição,
mas a linha não se alterou).
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Percurso:
Ramal de São Paulo, no trecho entre a estação
de Roosevelt, em São Paulo,
e a de Mogi das Cruzes.
Origem da linha:
A linha foi construída originalmente em bitola métrica
pela E. F. do Norte, e aberta em
1875. Comprada pela Central do Brasil em 1890, teve a bitola alargada
para 1,60 m em 1908 e posteriormente foi duplicada e eletrificada
nos anos 1950.
Bilhete
de passagem do Alvorada em novembro de 1976 (Acervo Artur Amorim).
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O trem
Alvorada era um dos TUEs que, ao lado de diversos outros trens de
subúrbio e metropolitanos
que trafegaram em diversas épocas, atenderam aos passageiros
entre as estações do Brás (Roosevelt)
e de Mogi das Cruzes durante os últimos noventa anos na linha
do Ramal de São Paulo. "O Alvorada foi inaugurado logo
que as melhorias da Central na zona leste de São Paulo foram
concluídas, ou seja, a
nova eletrificação e sinalização. Era a ferrovia mostrando suas melhorias
através de um novo serviço de passageiros.
O trem
Alvorada, na estação de Mogi das Cruzes, nos anos 1960.
(Foto: Revista Ferroviária)
Os
carros do Alvorada eram originalmente formados a partir de carros
da série 200 transformados, fabricados pela Metropolitan Vickers inglesa
para os trens suburbanos do Rio de Janeiro. Cada Alvorada
era um TUE de 3 carros, com dois reboques e um motor, e fazia a rota
Roosevelt-Mogi, parando apenas
nas estações mais próximas a esta última.
Com o passar dos anos o Alvorada foi conformado com
diversas composições e segundo o Guia Levi dos anos 60 até as RDC
BUDD parecem ter cumprido a
tabela dele, mas preferencialmente eram trens elétricos. Nos anos
70 ao Alvorada e o Trem dos
Estudantes se confundiram um pouco e no final o trem deixou de ser
um expresso especial,
tornando-se apenas mais um trem suburbano a atender àquela região.
"No início dos anos 1980 o
Alvorada ainda circulava pela linha em Poá. Lembro-me que ia
para a escola, do outro lado da linha,
no começo da tarde e às vezes tinha que esperá-lo
passar em alta velocidade - quando passava,
soltava uma poeira danada - para poder seguir para a escola".
(Artur Amorim, 06/2005) (Fonte: J. E. Buzelin)
"O Alvorada
era um trem Expresso de verdade! Entre Roosevelt e Mogi só tinha parada
em Suzano, e cumpria o trajeto na casa dos 50 minutos. Com 12 anos,
fui com amigos de São Miguel até Roosevelt
e viajamos no Alvorada. Em Suzano corremos para visitar os outros
vagões. Eram TUE 200 e 400 modificados. E entre Suzano e Mogi dava
sensação de sair fora dos trilhos, a mais de 100km/h. Para
os padrões, era um trem caro, tipo 3 vezes a tarifa do subúrbio comum.
Hoje seria R$ 10?" (Goo Nakashima, 20/4/2014)
Em 1980, carros do Alvorada já enferrujava,
em Paranapiacaba (Foto Vanderley Zago)
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