E. F. Ytuana
/ CUSY / E. F. Sorocabana/FEPASA
(1888-1976)
Bitola: métrica
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com o autor
Indice
Nota: As informações contidas nesta
página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente
por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época.
Portanto é possível que existam informações
contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas
vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia
em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente,
o mesmo acontecendo com horários, composições
e trajetos (o autor).
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O trem do ramal de Bauru saía
de Botucatu, entrava para o ramal na estação de Rubião
Júnior e por ele seguia até a estação
de Bauru. Acabou em 1976.
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Percurso:
Botucatu-Bauru
Origem da linha: Linha original construída pela Ytuana.
Com a fusão desta com a Sorocabana (CUSY) em 1892 e depois
ficando com a Sorocabana a partir de 1905, assim ficou até
a incorporação pela Fepasa em 1971.
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Este
trem era sempre misto. Quem conta sobre ele é Jorge Teles de
Ataide: Morei muitos anos em Rodrigues Alves, não me lembro as datas
exatas, mas acho que de 1955 até 1967, mais ou menos. Voce chegou
a conhecer aquelas casas de tábua que existiam do lado de baixo do
páteo da estação? Hoje não existem mais. Elas eram de propriedade
do D.E.R. (Dept. de Estrada de rodagem). Meu pai conservava a estrada
de rodagem daquele trecho. Você conheceu o pessoal que morava lá?
O pessoal do armazém, da farmácia ( escrita da porta com ph - pharmacia),
a igrejinha, o correio, a fazenda Saltinho. De Rodrigues Alves eu
pegava um trem que chamava Mixto (com x mesmo) e ia até Lençóis Paulista
onde eu fazia o ginasio e tinha muitos amigos que iam pegando o trem
- nas estações de Inácio Pupo, Pasto Velho, Paranhos, Alfredo
Guedes e chegávamos em Lençóis. É isso aí amigo, tenho muita história
para contar, ainda tenho amigos que moram aqui em São Manuel que tambem
eram daquela época.
Esse "mixto" era um trem misto (agora com "s") porque tinha dois vagões
de passageiros, um de primeira classe e outro de segunda classe e
tinha mais uns quatro ou cinco vagões de carga. Os vagões eram todos
de madeira. Eu não sei porque esse nome "mixto" talvez algun chefe
de estação escreveu com a grafia errada e assim ficou, não sei exatamente
o motivo.Esse trem tinha horário fixo, e nunca era um trem com muitos
vagões. (de 5 a 6 no máximo) Exixtia um outro trem que chamava-se
"BG" não sei o que quer dizer essa sigla, mas viagei muitas vezes
nele tambem. Era um trem muito peculiar. Esse tinha muitos vagões
cargueiros e no final tinha um carro passageiro, (um só) sendo a metade
de primeira classe e a outra metade de segunda classe, mas a diferença
era tão insignificante que considerava segunda classe porque os bancos
eram de madeira, e os de primeira tinha um almofadinha, mas era dura
como se fosse de madeira tambem. Esse trem não tinha horario fixo,
porque parava em todas as estações para descarregar carga e fazia
manobra para pegar e deixar vagões nas estações. A sua velocidade
era muito pouco, quase parava nas subidas devido a quantidade de vagões
de carga que trazia. As vezes, por qualquer motivo, as aulas terminavam
mais cedo, eu e outros colegas pegavamos o BG para vir embora, Esse
trem andava tão devagar na subida que nós, alunos, descíamos dele
andando apanhavamos goiaba na beira da linha e pegavamos ele de novo
na última porta. De Lençóis Paulistra a Rodrigues Alves demorava as
vezes umas 5 horas ou até mais, enquanto os outros trens faziam esse
percurso e 40 minutos até 1 hora.
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