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Cajamar
Rocha
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EFPP-Nilson Rodrigues

Pátio de Cajamar - 1958 (Nilson Rodrigues)
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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E. F. Perus-Pirapora (1925-1983)
CAJAMAR (antiga ÁGUA FRIA)
Município de Cajamar, SP
E. F. Perus-Pirapora - km   SP-0733
    Inauguração: 1925
Uso atual: abandonada   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1958
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Perus-Pirapora iniciou as operações em 1914 para transportar cal do bairro do Gato Preto para a estação de Perus, na São Paulo Railway, com bitola de 60 cm. Ela deveria também transportar os romeiros para Pirapora do Bom Jesus, mas os trilhos nunca chegaram até lá. O trecho inicial sofreu várias modificações, com a construção de dois ramais, um curto, para Entroncamento e outro, mais longo, para Cajamar, este para o transporte de calcáreo. Sempre usando trens mistos, o transporte de passageiros funcionou de 1914 a 1972, quando foi desativado. Em 1951, a ferrovia foi comprada pela família Abdalla, que a operou até 1974, quando a União ficou com a estrada. Em 1981, os Abdalla recuperaram a ferrovia e a fecharam definitivamente em janeiro de 1983. A ferrovia foi tombada pelo Condephaat em 1984 e está abandonada, junto com todo o seu material rodante, até hoje, agosto de 2009.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Cajamar foi em 1925, quando foi fundada a Brazilian Portland Cement Co., fábrica de cimento mais tarde chamada genericamente de "Portland-Perus". Não era propriamente uma estação, visto que era a linha desde o

ACIMA: Mapa do pátio em 1933 assinalando as modificações que seriam feitas em 1958 (CLIQUE SOBRE ELE PARA VÊ-LO INTEIRO) (Nilson Rodrigues).
Entroncamento
até ali era considerada um desvio industrial, com transporte de passageiros, teoricamente, apenas para funcionários da empresa. Esta fábrica usava como matéria-prima o calcário de Água Fria, na época um distrito do município de Santana de Parnaíba que tinha esse minério. Para transportá-lo abriu-se na época um ramal que saía entre as estações de Campos e de Rocha. A fábrica, a partir de 1951, passou a ser propriedade da família Abdalla. O trem de passageiros ia até Cajamar, nome que passou a ser utilizado nos anos 1940, para o distrito e para o pátio.
ACIMA: O pátio da pedreira de Cajamar, em 1945 (Mapa oficial da Prefeitura de Santana de Parnaíba, a quem pertencia Cajamar nessa época (Acervo Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba). ABAIXO: Foto de satélite do pátio de Cajamar e da pedreira em 2010, mostrando os leitos das linhas original e atual (abandonada) (Google Maps - diagramação Nilson Rodrigues).

ABAIXO: Saída do pátio de Cajamar, com 4 desvios (o da esquerda está coberto pelo mato e o da direita está com vagões de minério estacionados ali desde 1983, quando a ferrovia parou). Para a frente, entrando no matagal, a linha que segue para Gato Preto e Perus. No dia da foto os trilhos estavam sendo retirados (Foto Vagner Paulo da Costa, 8/8/2009).
O pátio ferroviário foi totalmente modificado, tendo inclusive seu local alterado, em 1958 (ver o mapa que está mais acima). Em 1959, Cajamar tornou-se município. O pátio, a mineração e a estação ficam na entrada da cidade, de quem vem pela estrada de rodagem que liga o km 34 da via Anhanguera à cidade. O pátio foi desativado com a ferrovia, em janeiro de 1983, e literalmente abandonado desde então. Onde era o ponto de descida de passageiros, eu não consegui identificar. "Cajamar teve dois pontos de embarque de passageiros, se bem que em nenhum dos locais jamais houve estação. O local original de embarque, enquanto operou o sistema de passageiros, era atrás dos escritórios da CBCPP, junto à 'pedreira 3'. Há uma foto que mostra uma composição de passageiros estacionada nesse local, onde também embarquei e desembarquei diversas vezes. Depois que o trem de passageiros foi suprimido e as pessoas usavam o carro-cauda, o embarque passou a ser no pátio de formação de composições, perto da rodovia Cajamar-Anhanguera" (Nilson Rodrigues, 11/2002). Hoje, em Cajamar, os trilhos estão em grande parte cobertos de terra ou retorcidos e enferrujados, enquanto as locomotivas, carros e vagões estão expostos ao tempo e parcialmente irrecuperáveis. O pátio de Cajamar é um museu e um cemitério ao mesmo tempo. Mas "não se preocupem" - tudo está tombado pelo Condephaat. CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Nilson Rodrigues; Rodrigo Cabredo; Julio Moraes; Vagner Paulo da Costa; Nelson Camargo; D. Trevor Rowe; Fábio Dardes; CEMIC - Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba; Mapas - acervo Nilson Rodrigues)
     

Neste local, sem plataforma nem cobertura, tendo ao fundo a pedreira, até 1972, parava o trem da EFPP em Cajamar. Foto D. Trevor Rowe, cedida por Nilson Rodrigues

Ao fundo, à direita, o prédio das oficinas e da administração, de onde originalmente saÍam as composições de passageiros de Cajamar. A edificação de dois pisos no centro da foto, era a cabina de controle de tráfego. Foto de 1972, de Fábio Dardes, cedida por Nilson Rodrigues
 
     
     
Atualização: 16.01.2011
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.