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Pratinha
Tobati
Posto 769
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IBGE-1957
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E.
F. Goiaz (1913-1920)
E. F. Oeste de Minas (1920-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
TOBATI
Município
de Ibiá, MG |
Linha-Tronco
- km 755,058 (1960) |
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MG-3503 |
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Inauguração: 14.09.1913 |
Uso atual: depósito |
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com
trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d
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HISTORICO
DA LINHA: A linha-tronco da RMV foi construída originalmente pela
E. F. Oeste de Minas a partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde
a linha de bitola de 0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou
seu projeto de ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por
Barra Mansa por bitola métrica: construída em trechos, somente em
1928 a EFOM chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos
anos 1940 a Goiandira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede
Mineira de Viação. A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa
e Ribeirão Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos
1990. Nos anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e Goiandira
foi erradicado devido à construção de uma represa no rio Paranaíba,
e a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari. Hoje (2003)
a linha, já não mais eletrificada, é operada pela concessionária FCA.
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A ESTAÇÃO:
A estação de Tobati foi inaugurada em 1913 pela
E. F. de Goiaz. Em 1920 passou para a E. F. Oeste de Minas. Hoje serve
como depósito da FCA. "O local onde fica Tobati é uma
área rural, cuja entrada a partir da BR-262 é meio confusa.
A saída, então, nem se fala. Fica num trecho de reta onde os motoristas
aproveitam para fazer ultrapassagens e invadem toda a contramão em
alta velocidade. Pena que não vi nenhum trem, pois o local dava belas
fotos" (Pedro Paulo Rezende, 2006). "Em 1947, seis
meses antes de seu falecimento, Leopoldo de Miranda viajou até Araxá
para observar um eclipse com seu filho Heráclito e a esposa deste,
Consuelo. Escreveu Leopoldo um diário de lembrança desta viagem:
"Saímos de Belo Horizonte na R. M. V. às 21 horas de 17 de Maio
de 1947. Andamos 9 horas de noite. Logo ao amanhecer do dia 18, pus-me
em observação: vi roças de milho-tambueiras, uma outra com espigas
regulares; gado vacum em boa quantidade, mas cavalar insignificante.
Abacaxi em grande quantidade, - uma estação tomou-lhe o nome: "Abacaxis".
Ainda há muitos ranchos de capim. Cana de açúcar em quantidade, bananeiras
bastante! Às 9 e meia horas vi uma fazenda com gado e laranjeiras
de fazer inveja!... Na beira da estrada até grande distancia vêm-se
um capinzal de diversas qualidades, ainda muito verdes. Tigre, estação
depois de Bambuí, - grande quantidade de lenha na margem; Tigre é
rodeada de morros - capim e bambual. Em Tigre há tábuas de pouca largura;
há um fundangão - passa um ribeirão volumoso. Uruburetama, - parada,
algumas casas. A R. M. V. toma todas as direções - dos 4 pontos cardeais...
Uma fazenda grande - gado vacum. Um túnel de segundos de
ACIMA: Auto de linha ALS-3005 com carreta da capina
quimica no pátio de Tobati, em frente à estaçãozinha,
em 20 de abril de 2009 (Foto Pedro Paulo Rezende).
escuridão! Campos Altos. Às 8 e meia horas chá com pão. O
trem matou um cavalo!... Itamarati - grande coqueiral de macaúbas!
Almoçamos na R. M. V.: eu, Heráclito e Consuelo; esta teve um pequeno
enjôo. Tobaty adiante; Riacho Corumbá. Uma fazenda com 2 éguas paridas
- gado vacum e cavalar; residência do engenheiro da Rede. Ibiá - cidade
banhada pelo rio Corumbá; tem charqueada; ponte: a melhor da zona
circunvizinha. Estação de Estevão Lobo. Na caixa d'água demoramos
30 minutos e partimos às 4 horas e 40 minutos. Há criação de porco
e galinha. Tamanduapava - grotas, sucavões, florestas seculares! Chegamos
às 17 horas e 30 minutos à Cidade do Araxá. Fomos de automóvel para
o Grande Hotel de Barreiro, quartos 452 e 453" (Diário
de Lembranças de Leopoldo de Miranda, 1947). "Quase
nada mudou em Tobati. A estação recebeu uma pintura nova da FCA, apenas
para indicar que ali funciona um núcleo da via permanente.
Este, aliás, ocupa a antiga casa do agente (e não o prédio
da estação). Até a sucata no pátio é a mesma que vi
da primeira vez, em 2005: pregos de linha, pedaço da caixa dágua,
talas e trilhos enferrujados. O acesso a Tobati agora é asfaltado
e um trevo foi contruído na BR-262 para facilitar o acesso ao povoado"
(Pedro Paulo Rezende, 20/4/2009).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende, 2006; Roberto Fonseca
Dias, 2006; Leopoldo de Miranda: Diário de Lembranças,
1947; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1957) |
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A estação de Tobati, em 01/2005. Foto Pedro Paulo
Rezende |
A estação de Tobati, em 01/2005. Foto Pedro Paulo
Rezende |
A estação de Tobati, em 01/2005. Foto Pedro Paulo
Rezende |
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Atualização:
23.04.2009
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