Juiz de Fora-São
Geraldo (Minas Gerais) |
Leopoldina
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Este trem de passageiros da Leopoldina
corria na linha do antigo ramal de Juiz de Fora, seguindo pela linha
de Caratinga até São Geraldo, região de Ubá.
Existem registros desse trem, que parava sempre por 20 minutos em
Furtado de Campos, onde se entroncavam as linhas, entre 1932 e 1942
e depois, no final dos anos 1950, já como trem misto. Entre
1942 e c.1955, não havia nenhum trem específico que
fizesse essa linha (nem havia outro que encerrasse o trajeto em São
Geraldo), e a partir dos anos 1960, havia uma espera muito grande
em Furtado para trens que em certas épocas tinham como destino
final em São Geraldo, sempre como trens mistos. |
Percurso:
Juiz de Fora - São Geraldo. Origem da linha: O ramal de Juiz de Fora foi o resultado de uma junção da linha da União Mineira, aberta nesse trecho em 1882, com a E. F. Juiz de Fora ao Piau, aberta em 1884, quando a Leopoldina adquiriu as duas linhas em 1888. O trem que percorria o ramal passava, dependendo das épocas também pela linha de Caratinga, no trecho Furtado de Campos-São Geraldo, este, aberto entre 1880 e 1883. A extinção da linha de passageiros no ramal ocorreu em 01/1972. Acima: onde havia trilhos, apenas existes hoje estradas precárias de terra. A linha de Furtado de Campos a São João Nepomuceno passava da esquerda para a direita; onde estão o poste e o automóvel, entroncava a linha vinda de Juiz de Fora, que está na posição do fotógrafo (Foto de Ricardo Quintero de Mattos, maio 2008). f |
Comentários:
Como já visto acima, o trem que ligava Juiz de Fora a São
Geraldo existiu em épocas específicas e alguns de seus
trechos tinham nomes, dependendo da época e do local em que
as pessoas estavam, do Trem das Quatro, nº 128, que ligava
Juiz de Fora ao Piau e do 129, Trem das Dez, ligando Juiz de
Fora a Furtado de Campos. Havia outros horários que corriam
no ramal e davam correspondência geralmente com os trens que
desciam para o Rio de Janeiro, sendo que, para seguir para São
Geraldo e Ponte Nova, havia que se esperar mais tempo. A exceção
era o trem aqui citado, no qual não era necessária a
baldeação em Furtado de Campos, embora houvesse ali
uma espera de 20 minutos. Duas descrições da viagem
pelo trecho do ramal Juiz de Fora-Furtado de Campos vêm a seguir:
"Meu pai foi chefe de estação na antiga Leopoldina na cidade
de São Geraldo, onde a ferrovia tinha um grande movimento, na época
ponto de almoço e jantar dos expressos e noturnos do Rio/interior
de Minas. Havia também um expressinho Juiz de Fora/São Geraldo
todos os dias, saia às 4:30 de São Geraldo e voltava à
noite." (Elias Torrent, Belo Horizonte)" - "Viajar
pela Leopoldina de Juiz de Fora a Rio Novo era um negócio assim meio
pitoresco, havia uma diferença gritante entre os trens da Central,
o Vera Cruz, e as Marias-Fumaças da Leopoldina. Um transporte desconfortável,
lento, o carvão da fumaça. Um misto de desprezo e de sedução poética.
Você conhece o trenzinho caipira de Villa Lobos. Era exatamente aquilo.
A pequena locomotiva era muito abusada. Pequenina, velha, mas fazia
um barulho tremendo ao chegar e sair de Juiz de Fora e Rio Novo,
soltando densos rolos de fumaça e vapor, apitando sem parar aquele |
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