Lavras-Barra Mansa
(Linha-Tronco da RMV)
(Rio de Janeiro / Minas Gerais)

 

E. F. Oeste de Minas (1895-1931)
RMV (1931-1965)
VFCO (1965-1975)
RFFSA (1975-1995)

Bitola: métrica.


Acima, a estação de Barra Mansa, da Central, já abandonada, em 1980 (Foto Alberto del Bianco). Abaixo, a plataforma da estação da antiga RMV, em 1998 de onde partia o trem para Lavras até 1991 (Foro Ralph M. Giesbrecht).



Acima, a estação de Lavras com o trem de passageiros, provavelmente anos 1970 (acervo RFFSA). Abaixo, horário do trem Barra Mansa-Ribeirão Vermelho, em 1978. Nessa época, para seguir para Garças de Minas, havia de se baldear nesta última estação e mais uma baldeação era necessária em Garças para se atingir Goiandira. Não havia mais trens diretos na linha-tronco da antiga RMV (Guia Levi, março de 1978).


Veja também:

Trem Passa Quatro-Cel Fulgêncio

Trem das Águas

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Índice

Nota: As informações contidas nesta página foram coletadas em fontes diversas, mas principalmente por entrevistas e relatórios de pessoas que viveram a época. Portanto é possível que existam informações contraditórias e mesmo errôneas, porém muitas vezes a verdade depende da época em que foi relatada. A ferrovia em seus 150 anos de existência no Brasil se alterava constantemente, o mesmo acontecendo com horários, composições e trajetos (o autor).

A linha-tronco da RMV, pronta somente nos anos 1940 na extensão de Angra dos Reis a Goiandira, possuía dois trens de passageiros que partiam de Barra Mansa: um no sentido de Goiás e outro no sentido de Angra dos Reis. No final dos anos 1970, já não era possível mais se seguir de Barra Mansa a Goiandira com um trem apenas, havendo necessidade de baldeações em Ribeirão Vermelho e em Garças de Minas. Logo depois, com a supressão da linha no norte de Minas próxima à divisa com Goiás por causa da construção de uma represa, sobraram somente as linhas de passageiros de Barra Mansa a Ribeirão Vermelho e a de Barra Mansa a Angra dos Reis, esta transformada em linha eventual turística. Sobrou também um trem entre Ibiá e Monte Carmelo, já na região próxima a Goiás, que ainda existia no final dos anos 1980. O fim da linha Barra Mansa-Ribeirão Vermelho - também chamado de Barra Mansa-Lavras - deu-se em 26/08/1996*, com a privatização da RFFSA. Esta linha era também chamada de Mineirinho ou de Trem Mineiro*.

*Segundo Eduardo F. de Paula em 24/2/2010.

Links para a última viagem do Trem Mineiro em 1996 (cortesia
Eduardo F. de Paula):

Parte 1 - de Ribeirão Vermelho a Carrancas
Parte 2 - de Carrancas a Andrelândia
Parte 3 - de Andrelândia a Augusto Pestana
Parte 4 - de Augusto Pestana a Passa Vinte
Parte 5 - de Passa Vinte a Barra Mansa

Percurso: Linha Tronco da EFOM/RMV - trecho Barra Mansa, RJ a Ribeirão Vermelho, MG
Origem da linha:

Barra Mansa-Falcão - 1897;
Falcão-Passa-Vinte - 1903;
Passa-Vinte - Carrancas - 1915;
Carrancas - Lavras - 1903;
Lavras - Ribeirão Vermelho - 1895. A linha foi construída em duas frentes entre Ribeirão Vermelho e Barra Mansa, e coincidência ou não, o trem de passageiros que sobrou no final das atividades (anos 1980 até 1991) foi exatamente o que fazia esse percurso. Ele era o que restou do trem que fazia Barra Mansa a Goiandira até os anos 1970. A extensão total da linha Angra dos Reis-Goiandira ficou pronta somente nos anos 1940.


Acima, a estação de Augusto Pestana,
ponto mais alto da linha, com um cargueiro
da FCA, em 2002 (Foto Jorge A. Ferreira).


Bilhete do trem em fevereiro de 1995 (Acervo Carlos R. Almeida).


Horários de folheto da RFFSA no final dos anos 1980 ainda mostra um trem diário no trajeto, ainda com restaurante (Acervo José Agenor)
Os trens para Lavras eram muito procurados até o seu final, em 1995, pela beleza de seu trajeto e pela necessidade das populações locais do pé e da serra da Mantiqueira naquela região. "Você nem imagina quanto. Viajei apenas uma vez, mas quando vejo fotos assim, é como se tivesse viajando como na Sorocabana. Sempre tive um fascínio por bitola métrica. E a linha Ribeirão Vermelho-Barra Mansa é mística para mim. Quando viajei o trem estava com 7 carros: 1 bagageiro, 3 de segunda, 1 restaurante e 2 de primeira. E nas horas finais com passageiros em pé. Chegamos em Barra Mansa com 5 horas de atraso, mas faria a viagem quantas vezes pudesse" (Carlos Roberto de Almeida, 09/2006).
Acima e abaixo, o trem na estação de Arantina, em 1980 (Fotos Alberto del Bianco)
Abaixo, o trem na estação de Ribeirão Vermelho, vendo-se ao fundo a rotunda, em 1980 (Foto Alberto del Bianco)

Abaixo, o trem, em 1990. "Está chegando em Engenheiro Bhering (estação entre Lavras e Ribeirão Vermelho), por volta das 17h, proveniente de Barra Mansa, de onde saiu pela manhã puxado pela G12 número 4169. Antes de circulação diária, nos últimos tempos corria apenas uma vez por semana, até acabar. Atrás da locomotiva, um bagageiro reformado a partir de um vagão fechado, dois carros de segunda, um restaurante e um carro de primeira classe" (Foto e relato José Agenor).

Abaixo, o trem em Passa-Vinte, em 02/1995. Ele ainda respirava e continuava cheio. Quem acabou com um trem desses? (Foto Carlos R. Almeida)


Acima, o trem de passageiros em Ribeirão Vermelho, puxado por uma locmotiva elétrica Metropolitan-Wickers, em 1981. Abaixo, o trem no caminho para Lavras, em 1982 (Fotos Alberto Del Bianco).


Acima, o trem em trecho de serra. anos 1980 (Foto Romildo).