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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Ramal de Bananal
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Três Barras
Bananal
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E.F.Bananal - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1999
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E. F. Bananal (1888-1918)
E. F. Central do Brasil (1918-1931)
E. F. Oeste de Minas (1931)
E. F. Central do Brasil (1931-1964)
BANANAL
Município de Bananal, SP
E. F. Bananal - km 182,652 (1960)   SP-0982
Altitude: 446 m   Inauguração: 24.12.1888
Uso atual: posto dos Correios (2014)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1888
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Bananal começou a ser construída em 1882, e a linha, partindo da estação de Saudade, em Barra Mansa, no ramal de São Paulo, chegou a Rialto, ainda na Província do Rio de Janeiro, em 1883. Somente no natal de 1888 chegou ao seu objetivo, Bananal. A União encampou a ferrovia em 1918. Por um curto período, em 1931, esteve subordinada à E. F. Oeste de Minas, mas voltou a ser da Central. O ramal foi finalmente desativado em 1/6/1964.
 
A ESTAÇÃO: Em 1836, Bananal era o segundo produtor de café da Província de São Paulo e concentrava boa parte dos fazendeiros mais ricos da região. Os primeiros relatos sobre a intenção de se construir uma ferrovia para Bananal datam de 11 de maio de 1870, mas a concessão foi dada a José Leite Figueiredo, dez anos depois, em 3 de maio de 1880, que constituiu a E. F. Ramal Bananalense, que por sua vez teve sua primeira Diretoria eleita em 22/05/1882.

Em 08/08/1883, a linha, partindo da estação de Saudade, do Ramal de São Paulo, da Central do Brasil, chegava a Rialto. Várias dificuldades na época postergaram o seu prolongamento, que afinal acabou sendo construído apenas cinco anos depois, quando a linha finalmente chegou a Três Barras (13/10/1888). O tráfego provisório iniciou-se em 29/10/1888, e, em 01/12/1888, trens passaram a partir em dias ímpares de Três Barras, e voltando nos dias pares de Saudade.

Somente em 1/1/1889 é que se inaugurou a linha até Bananal, onde os trilhos haviam chegado em 24/12/1888. A estação foi toda importada da Bélgica e montada aqui. As chapas, até no telhado, são metálicas, e o assoalhos são de pinho de Riga. Tem dois pavimentos. O dono original da ferrovia e principal elemento da primeira Diretoria, José Aguiar Valim, vendeu a ferrovia mais tarde para Domingos Moitinho, e a União finalmente a encampou por decreto de 25/09/1918, mas desde o dia 7 de setembro desse mesmo ano, ela já estava encampada pela Central, como um ramal.

Por um curto período, em 1931, esteve subordinada à E. F. Oeste de Minas, mas voltou a ser da Central.

A abertura da ferrovia Santos-Jundiaí veio facilitar o escoamento da produção e possibilitou a expansão da lavoura cafeeira no oeste paulista. A economia da região foi enfraquecendo paulatinamente e com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra, na década de 50, perdeu mais sua força econômica, pois a estrada dos tropeiros perdeu a maioria de seus usuários.

O ramal foi finalmente desativado em 1/6/1964.

A estação é hoje tombada pelo Patrimônio Histórico. Um antigo morador de Bananal conta que a estação, quando foi recuperada pelo Patrimônio, teve as placas metálicas substituídas por outras mais leves, que são as atuais. "Eu não conseguia levantar as que tinham sido retiradas e estavam no chão, mas as novas, que estavam sendo colocadas, eram muito leves..."

Após a desativação da estrada, em 1/6/64, a estação foi sede de Correio, e mais tarde, estação rodoviária do município. É uma das estações mais retratadas do Brasil. Em 2014 funcionava como posto dos Correios.

1889
AO LADO:
Abertura da ferrovia até Bananal (O Estado de S. Paulo, 3/1/1889)

1900
AO LADO:
Chegam novas locomotivas a Bananal (O Estado de S. Paulo, 18/05/1900)


ACIMA: A estação de Bananal e seu entorno em junho de 1941. Na época no início da cidade, hoje já fica dentro dela com o avanço da área urbana (Acervo Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo).

ACIMA: O ramal de Bananal no município de do mesmo nome, como era em 1942: a linha mais escura ao norte no mapa era ela, enquanto a linha preta que vinha de oeste para leste passando por Bananal e Tres Barras era (e ainda é) a estrada velha Rio-São Paulo (O Estado de S. Paulo, 15/2/1942).


ACIMA: Estação e pátio; foto sem data (Autor desconhecido).
ACIMA: última ponte ferroviária (hoje, rodoviária...) antes de o trem chegar à estação de Bananal. A estrada segue o antigo leito da linha (Foto Coryntho Silva Filho, 7/2009).

ACIMA: Estação de Bananal em 2015 (Zilmar Luis dos Reis Agstinho, 23/7/2015).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Nelson Mendonça Junior; Ricardo Corte; Coryntho Silva Filho; Wanderley Duck; José H. Bellorio; Claudio Larangeira; Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação nos bons tempos de operação. Foto sem data, cedida por Wanderley Duck

Estação de Bananal, em 28/05/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht

Estação de Bananal, em 28/05/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht

Estação de Bananal, em 28/05/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 7/10/1999. Foto José H. Bellorio

A estação em 7/10/1999. Foto José H. Bellorio

A estação em 2007. Foto Claudio Larangeira

A estação em 5/2012. Foto Ricardo Corte

A estação em 2022. Foto Rodrigo Constantino
     
Atualização: 26.06.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.