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Santa Eulália
Bariri
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ramal de Bariri - 1950
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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C. E. F. do Dourado
(1911-1949)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1949-1966) |
BARIRI
Município de Bariri, SP |
Ramal de Bariri - km 82,148 (1929) |
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SP-0976 |
Altitude: 433 m |
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Inauguração: 01.01.1911 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1911 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Bariri foi construído em 1910 pela E.F.Dourado, já em bitola
métrica, saindo de Trabiju e atingindo a cidade de Bariri, com 8 estações
e mais de 62 quilômetros. Em 1949, passou a integrar a rede da Cia.
Paulista, que comprou a Douradense. O ramal foi suprimido em 16/12/1966,
e os trilhos arrancados quase em seguida. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Bariri foi inaugurada pela E. F. do Dourado em 1911, como
estação terminal do ramal de Bariri (Fonte:
Relatório Cia. E. F. Dourado, 1912).
Há fontes que dão a data de inauguração
em 30/10/1910. E há fontes que dão mais de um mês
antes disso: "Tendo sido desapropriada pela Câmara Municipal,
em 1901, uma faixa de terreno medindo 13,30 metros de largura por
350 metros de comprimento, do Sr. Antônio de Oliveira Forão, para
abertura da estrada ligando a Vila de Bariri ao futuro "Porto do Sapé"
no rio Tietê, essa faixa terminou sendo o seguimento natural da atual
Avenida XV de Novembro a partir da margem esquerda do ribeirão "Sapé"
até o ponto onde se estabeleceu a primeira estação de ferro, daí desse
ponto e em terrenos cedidos por José Messias de Almeida (o Juca Messias)
na sua invernada, foi estabelecida a Estação de Ferro da "Douradense",
com seus armazéns de carga e descarga e o "Viradouro" das locomotivas,
por ser ponta de linha.
Tudo pronto e organizado, de acordo com a direção da Companhia Estrada
de Ferro do Dourado. Afinal deu-se a inauguração com grandes festejos,
com a presença do nosso povo e dos municípios vizinhos, e autoridades
civis e militares convidados para assistir a chegada do primeiro trem
de lastro da ferrovia a Bariri, cujo fato deu-se no dia 24 de setembro
de 1910. O trajeto até Bariri foi feito sob a direção do engenheiro,
Dr. Musa, em cujo comboio vieram as autoridades de Bocaina e de Jaú
para se reunirem às autoridades do município e outras já aqui presentes.
Na gare da estação, duas Bandas de Música, a "Lyra Baririense"e a
"Lyra da Roça" e uma volumosa carga de rojões, que na chegada do primeiro
trem à estação foram enviados para o ar ao som das bandas de música
e aos "vivas" de toda a população presente. Discursos e mais discursos
enaltecendo a nossa vitória contra o Jaú que sempre foi contra a vinda
da estrada de ferro a Bariri" (João Baptista de Mello,
Bariri e Sua História).
Em 1949, a estação e a linha passaram a ser administradas
pela Cia. Paulista.
A estação foi desativada com o ramal em 1966. Foi demolida
há anos, sobrando ainda alguns prédios da antiga vila
ferroviária.
"Por ocasião das chuvas, quando nossas estradas de terra se tornavam
intransitáveis, por mais boa vontade que tivessem os senhores prefeitos
para evitá-lo, a velha Douradense quebrava o galho e não ficávamos
isolados do mundo. Nos dias heróicos de 1932, era por ela que seguiam
os nossos voluntários, com todo o povo da cidade, a corporação musical,
acompanhando-os até a estação entre vivas e rojões. No tempo da Associação
Atlética Baririense, quando havia jogos em Dourado, na Bocaina, às
vezes se contratava um trem especial e a torcida entusiasticamente
acompanhava os nossos jogadores. (...) De repente, porém, o Estado,
qual Leviatã destruidor, encampou a Paulista. E num tempo em que em
todos os países mais civilizados progressistas procurem aperfeiçoar
as estradas de ferro (...) o nosso trem, a querida Maria Fumaça, que
fez sua última viagem a 15 de setembro de 1967, ficou vivendo apenas
na saudade de, ao menos, duas gerações de baririenses". (Eugênio
Gatto Netto, Histórias de Bariri, 1993) (NOTA DO AUTOR: A data
citada por Eugênio (15/9/67) não condiz com a data oficial
citada pela Cia. Paulista no seu relatório de 1966, que dá
o dia de 16 de dezembro de 1966 como data de desativação
da linha.)
O autor João Baptista de Mello, em Bariri e Sua História,
dá outra data, mais equivocada ainda, se cxonferirmos com o
relatório da Paulista citado acima: "Chegamos
ao ano de 1964, quando foi eleito para governador do Estado o Sr.
Laudo Natel, e aconteceu a triste notícia que foi confirmada: a retirada
da nossa estrada de ferro! Essa estrada, que nos serviu durante 54
anos consecutivos até 1964, por ordem do Sr. Governador do Estado,
foram arrancados os seus trilhos e demolidos todos os seus prédios
de estações e armazéns existentes e a rede de telégrafos, porque foi
considerada pelo Governador ramal deficitário! O povo de Bariri entristeceu-se
e revoltou-se contra essa medida drástica levada a efeito contra a
nossa Comarca. Nós esperávamos que pelo menos houvesse uma reação
política contra esse tremendo golpe, mas nem isso aconteceu! Bariri
elegeu dois deputados, um estadual e outro Federal,coisa ímpar no
interior do Estado! Mas nenhum deles foi em defesa da sua terra natal,
talvez por conveniência política, silenciaram, nem tomaram conhecimento
desse atentado contra nossa terra! Foi uma grande tristeza para todos
nós baririenses, que ficamos sem esse precioso transporte e sem o
sistema telegráfico também. Se fosse preciso passar um telegrama,
tinha-se que tomar uma condução e andar 34 quilômetros e ir à estação
da Paulista de Jaú. O nosso prefeito na época, o Dr. José Resegue,
Deputado Federal eleito por todos nós, assistiu a tudo mas não tomou
nenhuma providência para minorar a situação, que pelo menos nos conservasse
a linha telegráfica para o nosso entristecido povo, que sob protesto
assistiu o arrancar dos
trilhos".
1917
AO LADO: Conatrução de cobertura na plataforma da estação em Bariri (O Estado de S. Paulo, 27/1/1917). |
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1917
AO LADO: Renda do mes de fevereiro da estação em Bariri (O Estado de S. Paulo, 26/02/1917). |
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1931
AO LADO: O correio dependia da hora em que a CD aportava
em Bariri... (O Estado de S. Paulo, 9/1/1931).
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ACIMA: Pátio da estação
de Bariri, vista aérea, possivelmente por volta de 1960.
Segundo Alberto del Bianco, o grande espaço à esquerda
da estação era o embarcadouro de gado (Foto Vinicio
Carlos Leite - Cessão: Carlos Latuff).
ACIMA: Pátio
de manobras em Bariri, possivelmente anos 1960 (Autor desconhecido
- Cessão: Carlos Latuff).
(Fontes: Carlos Latuff; Carlos Vinicio
Leite; José Demetrio; Alberto del Bianco; Rodrigo Cabredo;
Acervo Gualdosi; João Baptista de Mello: Bariri e sua História;
Eugênio Gatto Netto: Histórias de Bariri, 1993; Cia. Paulista: relatórios
anuais, 1948-69; C. E. F. do Dourado: relatórios anuais, 1910-48;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Inauguração da estação de Bariri
em 1911. Acervo Gualdosi |
A estação em 1945. Acervo José Demetrio
(Deo), acervo Alberto del Bianco |
Fachada da estação de Bariri. Sem data. Foto Francisco
Pereira, cedida por Alberto Del Bianco |
Antigos prédios da vila ferroviária de Bariri.
Foto Rodrigo Cabredo, em 05/2002 |
Antigos prédios da vila ferroviária de Bariri.
Foto Rodrigo Cabredo, em 05/2002 |
Antigos prédios da vila ferroviária de Bariri.
Foto Rodrigo Cabredo, em 05/2002 |
Estação de Bariri em 2016. Foto Fernando Marietan
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Atualização:
15.10.2023
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