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No ramal de Jaú
(1885-1929/41):
Itirapina-velha
Campo Alegre
Aterrado-velha
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No tronco oeste
(1941-2001):
Itirapina
Campo Alegre
Aterrado
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Tronco oeste CP-1970
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2008
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E. F. Rio-Clarense
(1885-1888)
Rio Claro Railway (1888-1892)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1892-1971)
FEPASA (1971-1998) |
CAMPO
ALEGRE
Município de Brotas, SP |
Ramal de Jaú - km 15,897;
Linha-tronco oeste - km 190,267 |
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SP-1077 |
Altitude: 747 m |
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Inauguração: 01.07.1885 |
Uso atual: em ruínas (2017) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1885 |
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HISTORICO DA LINHA: O chamado
tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até
o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das
linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú, de Agudos e
de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã,
foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná,
onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também
foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que
alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976,
já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e
Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado,
suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação
até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998
operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente
até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Campo Alegre foi inaugurada em 1885, construída pela
então Cia. Rio-Clarense, em terras da fazenda Mundo Novo,
de Francisco de Assis Vieira Bueno (José A. P. Vignoli,
2006). Foi aberta um mês antes da de Brotas, que seria
a principal do município. Era, então, a segunda estação do então ramal
de Jaú, logo após Morro Pellado (Itirapina).
Em 1898 (ver caixa abaixo), um engenheiro com nome alemão pretendia abrir um ramal para ligar a estação de Campo Alegre à cidade de Boa Esperança. Nunca foi feita esta linha e um dos motivos deve ter sido que nessa época a E. F. Dourado, saindo de Ribeirão Bonito e que deveria alcançar Boa Esperança (o que de fato fez) já estar muito avançada em sua concessão.
Com as modificações de 1916, tornou-se a primeira estação do ramal de Jaú agora remodelado e saindo de Itirapina..
Ao contrário de várias estações do trecho, sempre permaneceu no mesmo
local; a linha passa naquele ponto desde o início, sem modificações.
Apesar disso, o povoado em volta nunca cresceu muito: "Eu dava
aula no local, lá pelos anos 1940, e sempre dizia que Campo Alegre
deveria se chamar Campo Triste: a vila era muito pequena, não havia
quase movimento, eram todos ali muito pobres..." (Wanda de Albuquerque
Schmidt, agosto de 1999).
Há quem tenha outra opinião: "Campo Alegre consegue ser um lugar
encantador, inclusive com a igreja, que desabou parcialmente... o
sino foi roubado por uns molecões de Itirapina, e a estação, mesmo
em ruínas... o lugar é aprazível demais. Do lado oposto da estação,
uma plantação de altos eucalíptos em linha, deixa o lugar paradisíaco.
Imagine como era belo então quando ali existia um vilarejo, trens
passando, parando na estação. O lugar tinha até agência dos Correios,
residências, comércio, e até um sobradão bem em frente a estação.
Como são as coisas... por algum motivo ou outro, um povoado deixa
de ter atividade produtiva, todos se retiram do local, e tudo aos
poucos vai sendo consumido, pilhado, destruído... Não muito distante
dali, há um cemitério de tamanho razoável" (Edson Castro, novembro
de 2000).
A vila e a estação podem ainda hoje ser encontradas, tomando a estrada
de terra, à direita, que sai da rodovia SP-225, no km 110, sentido
Jaú. Andando cerca de 3 km, chegamos à estação.
"Por algum tempo a antiga sala de controle da ferrovia foi
usada como escola. Hoje (2007) o Campo Alegre não está tão
triste,algumas fazendas se instalaram no bairro dando emprego para
200 pessoas só em volta da estação. Aqui no Campo Alegre,temos produção
de laranjas e seu suco está sendo exportado. Temos suinocultura
moderna com biodigestores ajudando a despoluir o planeta. Existe também
uma engarrafadora que distribui água para toda a região, e eucaliptos
para celulose, criação de frango e bois. O telhado da velha
igreja foi reconstituído,a estação pertence ainda à ferrovia,
acho que não vão arrumá-la. Campo Alegre agora tem vida, ele
está voltando a ficar alegre" (Carlos Alberto Cunha,
04/2007).
Próximo à estação, a igreja de 1892 foi
restaurada em setembro de 2007. A estação, infelizmente,
com a cabina de controle ao lado, e mais nada além de dois
ou três vagões abandonados no segundo desvio do pátio,
que ainda era utilizado para cruzamento de trens, continuava abandonada
em 2017.
(Veja mais sobre Campo Alegre clicando AQUI)
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AO LADO: Incendio de vagões na estação (O Estado de S. Paulo, 16/8/1898). |
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AO LADO: Pretendia-se abrir em Campo Alegre uma ferrovia que a ligaria à cidade de Boa Esperança (O Estado de S. Paulo, 12/10/1898). |
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AO LADO: Quem vai de SP a Campo Alegre tem de comprar passagens duas vezes? (O Estado de S. Paulo, 2/2/1899). |
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AO LADO: Dois dias depois, a Paulista explica o caso das passagens em dobro - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA LER A REPORTAGEM INTEIRA (O Estado de S. Paulo, 4/2/1899). |
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AO LADO: Nove dias mais e há mais ujma resposta acerca da compra de bilhetes, a Paulista explica o caso das passagens em dobro (O Estado de S. Paulo, 13/2/1899). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Rodrigo
Cabredo; Antonio Brito; Filemon Perez; Leandro Gouveia; Wilson de
Santis Jr.; Edson Castro; José H. Bellorio; Carlos Alberto
Cunha; Wanda de Albuquerque Schmidt; José A. P. Vignoli; Cia.
Paulista: Relatórios anuais, 1892-1969; FEPASA: Relatório
de Instalações Fixas, 1982; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1918, o mesmo prédio de hoje.
Foto Filemon Perez |
A estação em 1937. Foto cedida por Wilson de Santis
Jr., Itirapina, SP |
A estação de Campo Alegre em 1982. Foto FEPASA |
Locomotiva da Fepasa em frente à estação
(24/11/1996). Foto Edson Castro, Jaú, SP |
A cabine de comando, e no fundo a estação (24/11/1996).
Foto Edson Castro, Jaú, SP |
A estação de Campo Alegre, já abandonada,
em 24/11/1996. Foto Edson Castro, Jaú, SP |
A estação vista da estrada (15/04/1998). Foto
Ralph M. Giesbrecht |
A estação, em 15/04/1998, já sem o piso
interior. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A locomotiva nova em folha passa por uma estação
no abandono. Ano 2001. Foto José H. Bellorio |
A estação de Campo Alegre em 08/09/2007. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 12/2/2010. Foto Leandro Gouveia |
A estação já em ruínas. Foto Antonio
Brito em 17/12/2015 |
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Atualização:
08.05.2020
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