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Ibirarema
Ceres
Palmital
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Tronco EFS - 1935
IBGE-1974
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Sorocabana
(1925-1971)
FEPASA (1971-1998) |
CERES
Município de Palmital, SP |
Linha-tronco - km 562,262 (1924); km 549,331
(1934); km 501,398 (1960) (*) |
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SP-1138 |
Altitude: 410 m |
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Inauguração: 1925 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926 (já demolida) |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: Aberta como "posto
km 562" (no km 562+262) com 580 m de desvios em 1925, recebeu
o nome de Ceres em 1926. O motivo da abertura do posto foi
o fato de eles serem parte do programa de remodelação
para o aumento visado de capacidade do tráfego da estrada.
Nesses anos de 1925-26 foram abertos onze novos postos telegráficos
nas diversas linhas da Sorocabana.
Em 1934, foi classificada como posto telegráfico de categoria
A (*).
Em 1986, a estação estava depredada, sem telhas, portas
ou janelas, e com muito mato em volta.
"Ceres era uma estação entre Ibirarema e Palmital,
dentro da sede de uma importante fazenda cafeeira do município
(Fazenda Natal). Minha mãe, filha de um pequeno sitiante de
café, costumava visitar colegas que moravam nas casas da colônia
da fazenda, vindo de Palmital sempre no primeiro trem que passasse.
Isso significava muitas vezes vir no caboso (como se conheciam os
cabooses de então), junto com o chefe do trem. Ela se recorda
que às vezes os proprietários da fazenda estavam de
visita ao local, e vinham de São Paulo em um carro fretado
exclusivo para eles e os convidados, carro esse que ficava desviado
na estação enquanto durasse a visita. Era um luxo só,
ainda mais aos olhos daquele povo humilde e trabalhador. Hoje, só
resta a velha caixa-dágua e alguns montes de entulho, no lugar
da antiga estação" (Douglas Razaboni, 2002).
Em 2009, a situação piorou: "No início deste
ano (2009) fiz umas fotos lá. Em Ceres só ficou mesmo a caixa dágua,
estranhamente à esquerda da antiga estação, ou seja, deveria aparecer
na foto antiga (abaixo, no pé da página). Pode ser que
a fotografia esteja invertida, sei lá. No mais, decadência em cima
de decadência. As antigas fazendas de café que davam suporte à localidade
(Natal e Santa Olinda) há muito deixaram de existir como tal, sendo
desmembradas em propriedades menores. A sede da Fazenda Santa Olinda
ainda resiste perto de Ceres, mas totalmente degradada. Consta que
ainda mora lá uma das filhas dos antigos proprietários, que a cada
período vende mais um pedacinho de terra para ir se sustentando. De
grandes proprietários, produtores e comissários de café, bem pouca
coisa sobrou. Preservada, só mesmo a igrejinha local" (Douglas
Razaboni, 17/05/2009).
* Segundo o Relatório Anual de 1934 da
EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os
diversos postos que funccionavam como si fossem estações
de 4a classe, isto é, onde, além do serviço
de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas,
bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços
telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados
pela propria distancia". |
1926
AO LADO: Inauguração
de melhorias na estação de Ceres (O Estado
de S. Paulo, 2/10/1926). |
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ACIMA: A Sorocabana em 1956, passando por Ceres - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VÊ-LA MAIOR (IGG, 1956).
ACIMA: A igreja de Santa Maria, em janeiro de 2009,
em Ceres (Foto Douglas Razaboni).
(Fontes: Douglas Razaboni; Luiz Carlos Almeida; FEPASA:
Relatório de Instalações Fixas, 1986; E. F. Sorocabana:
Relatórios anuais, 1900-69; IBGE, 1974; Mapas - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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Estação de Ceres, já abandonada em 1977.
Foto Luiz Carlos Almeida |
Estação de Ceres, abandonada, em 1986. Foto do
relatório da Fepasa, 1986 |
Somente sobrou mesmo a caixa dágua da antiga estação
de Ceres... |
...e nem a plataforma escapou de desaparecer. Fotos Douglas
Razaboni, em 27/07/2002 |
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Atualização:
10.04.2021
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