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Luiz Miranda
Dumont
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E.F.Dumont - 1935
A linha principal e os 3 ramais da Dumont, dentro do círculo,
em 1908
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2001
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E. F. Dumont (1891-1940) |
DUMONT
Município de Dumont, SP |
Ramal de Dumont - km 23 |
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SP-0113 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1889 |
Uso atual: residências e cartório (2001) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1891 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Dumont,
construída pela Mogiana para ser um ramal de bitola de 60 cm,
saía de Ribeirão Preto e chegava à fazenda Dumont,
de propriedade de Henrique Santos Dumont, a oeste de Ribeirão.
O tronco da ferrovia, também chamada de Ramal de Dumont, tinha
cerca de 25 km, mas havia também 4 ramais que saíam
da linha principal. A Mogiana a vendeu logo após construída
para a Fazenda Dumont, que passou a operá-la, inclusive com
transporte público de passageiros. Começou a operar
em 1889 e foi fechada, com a venda da fazenda e de seus ativos, em
junho de
1940, sendo os seus trilhos imediatamente retirados. Por quase todo
o seu leito passa hoje a rodovia Ribeirão Preto-Pradópolis.
Duas de suas locomotivas (eram 4) foram vendidas à E. F. Perus-Pirapora. |
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A ESTAÇÃO: A fazenda Dumont, de propriedade de Henrique Santos Dumont,
pai de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação,
era, entre 1870 e 1890, uma das maiores fazendas de café do
mundo. Em 1889, a Mogiana construiu a linha, da estação de Ribeirão
Preto à fazenda e imediatamente o vendeu a Henrique,
que passou a operá-la. A autorização para sua operação definitiva foi dada em agosto de 1889, mas em outubro isto não havia sido ainda feito (ver caixas abaixo, de 1889).
O tráfego para circulação trens de passageiros somente foi outorgado em 1895. Pelo menos nos primeiros tempos, os trens somente circulavam dia sim, dia não e finais de semana e feriados (ver caixa abaixo, de 1895).
No ano seguinte, Henrique sofreu
um acidente (queda de cavalo), que o levou a, desanimado, vender a
fazenda aos ingleses, que fundaram a Dumont Coffee Company,
em 1896. Estes passaram a operar também a ferrovia.
Com as
sucessivas crises do café, a maior delas em 1929, os ingleses
venderam e lotearam toda a fazenda, inclusive os trilhos da ferrovia.
Segundo se conta, a operação foi intermediada pelo Governo
do Estado e não teria sido muito lícita. Além
disso, segundo alguns, o acordo de venda previa que a linha principal
da ferrovia deveria continuar operando para o transporte de passageiros
desde Ribeirão, fato que não aconteceu, tendo
sido os trilhos retirados logo em seguida.
A ferrovia operou até o dia 23 de junho de 1940 (ver caixa abaixo). Pode eventualmente ter operado até a autorização da supressão da linha, em abril de 1940 (ver caixa abaixo). Isto deixou no desemprego
vários funcionários da ferrovia, que passaram a ter
de trabalhar como lavradores para sobreviver.
Em poucos anos a fazenda
loteada se transformou numa pequena cidade, que se emancipou como
município em 1953.
Em 2001 restavam a casa da fazenda e mais algumas
casas, espalhadas pela cidade, principalmente em sua parte baixa.
A estação de Dumont ficava junto com as casas
dos funcionários e do telégrafo, na fazenda Dumont.
Este conjunto ficava a cerca de um quarteirão da praça
central da cidade, e numa das casas funciona o cartório. A
plataforma de embarque e sua cobertura, que ficavam ao longo das casas,
já não mais existiam. Sobravam também as memórias
de Ângelo Lorenzato, italiano de 93 anos (em 2001), morador
da cidade que era aparentemente o último funcionário
vivo da ferrovia, tendo sido um de seus maquinistas. Graças
a ele, grande parte da história da ferrovia Dumont pôde
ser levantada.
(Veja também FAZENDA
DUMONT)
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1889
AO LADO: A ferrovia de Dumont é autorizada a operar (A Provincia de S. Paulo, 31/8/1889). |
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1889
AO LADO: O Engenheiro Lisboa, da Mogiana, anda pelo ramal e se empolga (A Provincia de S. Paulo, 24/9/1889). |
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1889
AO LADO: Por que estava demorando a abertura definitiva da linha? (A Provincia de S. Paulo, 16/10/1889). |
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1893
AO LADO: Como era a fazenda nos seus primeiros anos - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VÊ-LO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 18/6/1893). |
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1895
AO LADO: Os trens de passageiros estão liberados (O Estado de S. Paulo, 10/12/1895). |
ACIMA: Estradas de rodagem ligando Ribeirão Preto a cidades vizinhas, que também já tinham estações de trem, recebem melhorias feitas pela prefeitura (Correio Paulistano, 28/01/1928, página 12).
1940
AO LADO: Autorização para supressão da linha ferrea (O Estado de São
Paulo, 19/4/1940). |
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1940
AO LADO: Fechamento definitivo da ferrovia em 23 de junho (O Estado de S. Paulo, 25/6/1940). |
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Provavelmente a estação de Dumont, no início
do século, onde, ou perto de onde, existem hoje a fileira
de casas da foto seguinte, só que olhado no sentido de
Ribeirão Preto. Acervo Julio Cesar de Paiva |
A estação de Dumont era aqui. Em frente a essa
fileira de casas, sendo que a primeira à esquerda era
a casa do telégrafo, ficava a plataforma de embarque.
Foto Ralph M. Giesbrecht em 25/09/2001 |
Armazém da ferrovia em Dumont, um pouco antes da chegada
à plataforma de passageiros. Foto Ralph M. Giesbrecht
em 25/08/2001 |
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Atualização:
12.04.2023
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