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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Capitão Eduardo
Carreira Comprida
Santa Luzia
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Linha do Centro - 1931
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E. F. Central do Brasil (c.1963-1975)
RFFSA (1975-1996)
CARREIRA COMPRIDA
Município de Santa Luzia, MG
Linha do Centro - km 608,019 (2003)   MG-3485
Altitude: 681 m   Inauguração: c.1963
Uso atual: fechada (2019)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: anos 1960 (muito provável)
 
 
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Carreira Comprida é relativamente recente, já dos tempos da RFFSA. Em 1960 não existia. Nos Guias Levi, não aparecia em 1962 mas já aparecia em 1965. Imagina-se então sua abertura por volta dessa época.

A quilometragem estabelecida e transcrita acima foi extraída da lateral da própria estação (ver foto abaixo), já que Max Vasconcellos e o Guia de 1960 não a davam (a estação ainda não existia). Notar, no entanto, que ela é bem próxima da original; se a considerarmos como a mesma da linha original, ela estaria a pouco mais de 2 km da estação de Santa Luzia.

Em 1985, a RFFSA informava no boletim "Conheça a sua ferrovia" que nesta estação se executava o baldeio dos vagões de bitola métrica para a larga e vice-versa. Era um importante pátio para estacionamento, triagem, formação e cruzamento dos trens de carga. A estação funcionou com a FCA, mas recentemente foi fechada.

"Nem os ferroviários entendem por que a FCA opera Capitão Eduardo e fechou Carreira Comprida. O pátio da primeira comporta apenas 35 vagões em seu maior desvio, quando em Carreira cabem mais de 60. O pátio de Capitão é estreito e de difícil acesso. Em Carreira temos espaço e muitas linhas sobrando. Pode receber mais linhas ainda e alojar novos transbordos de grãos" (Pedro Paulo Rezende, 12/4/2010).

Em 2019, a estação estava emparedada entre o prédio e os trilhos, sem qualquer uso para a ferrovia.

1931
AO LADO:
A Central restabelecia uma parada que não estava sendo utilizada no km 606. Pode ser o mesmo local da futura estação de Carreira Comprida. Próximas elas eram (O Estado de S. Paulo, 7/7/1931)


ACIMA: Estação Carreira Comprida, em Santa Luzia, em junho de 2019. Emparedada e inacessível aos  trilhos da FCA – Ferrovia Centro-Atlântica (Foto Elcio Thenorio, jornalista da prefeitura de Santa Luzia).

(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Gutierrez L. Coelho; Gilser; Emmanuel Marinho; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; RFFSA: Conheça a sua ferrovia - Treinamento, DECOM-BH, março de 1985; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-1979; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação em 2003. Foto Gutierrez L. Coelho

A estação em 2004. Foto Emmanuel Marinho

A estação em abril de 2010. Foto Gilser
     
     
Atualização: 07.06.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.