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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Horto Florestal
Caetano Furquim
Carvalho Brito
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Linha do Paraopeba - 1931
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E. F. Central do Brasil (1895-1975)
RFFSA (1975-1996)
CAETANO FURQUIM
(antiga FREITAS)
Município de Belo Horizonte, MG
Ramal de Belo Horizonte - km 648,550 (1928)   MG-1289
Altitude: 803 m   Inauguração: 01.02.1895
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha do Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga, provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar pela zona de mineração da Linha do Centro, até General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira. Além disso, até então havia baldeação para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho, foi aberta até a estação de João Ribeiro em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente. Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros continua intenso até hoje, com a concessionária MRS, até a estação do Barreiro, próxima a BH, e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola mista, métrica e larga.
 
A ESTAÇÃO: Segundo Max Vasconcellos e o Guia Geral de 1960, a estação teria sido inaugurada em 07/09/1902 com o nome de Freitas. Seria esta data uma elevação da parada a estação com a construção de um novo prédio? Não pude confirmar, mas é uma possibilidade.

O nome vinha de uma antiga fazenda, fundada por um tal José Carneiro de Freitas, no século XIX. Abílio Barreto, entretanto, afirma que a estação fora inaugurada com a linha, em 1 de fevereiro de 1895. "...o comboio coleava triunfalmente aclamado com entusiasmo por grupos de populares que se postavam no cimo dos morros, nas esplanadas e nos campos marginais, em toda a extensão da linha, por onde florejavam as frondes de ouro dos ipês. Em Marzagão, em Freitas, em Cardoso, tais manifestações de regozijo subiram de vulto" (p. 379).

De General Carneiro à Estação Minas, os trens eram operados pelo chamado Ramal Férreo da Capital do Estado de Minas Gerais, vendido à União no final de 1899 e incorporado à Central do Brasil em 1/1/1900.

Freitas
já estava relacionada como estação no termo de cessão ali citado (Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 489-490). O nome atual, Caetano Furquim, veio por uma decisão de 23/10/1929 (Folha da Manhã, 24/10/1929).

A estação ficava na linha de bitola métrica construída em 1895 para ligar a estação de General Carneiro à estação de Minas (hoje Belo Horizonte).

A estação já foi demolida, restando apenas ruínas da plataforma ao lado da linha, hoje em bitola dupla por onde passam trens de ambas as concessionárias da região, a FCA e a MRS. O local hoje tem predominância de favelas.

"Conheço o lugar há mais de 15 anos, pois a passagem de nível que fica ao lado da estação é o caminho para a oficina mecânica onde sou cliente, no Bairro Caetano Furquim. Como poderá ver pelas fotos, só existe atualmente a plataforma da antiga estação, e uma edificação (possivelmente ex-residência do chefe da estação), ainda bem conservada e usada como residência. Acho que o prédio da estação foi demolido em 1980 ou 81. Infelizmente, hoje, o local é usado como ponto de venda de drogas. O ramal iniciado na Estação General Carneiro em direção a BH, margeando o Rio Arrudas, é muito íngreme e curto, subindo aproximadamente 150m em cerca de 8 km. O único trecho que possui uma pequena parte plana é o da Estação Carvalho de Brito (Marzagão); desta até o topo o percurso é mais longo e íngreme. A estação de Caetano Furquim fica a cerca de 100 m após o final da subida. Dá para imaginar a sede de água que tinham as locomotivas a vapor após esta subida; acredito, portanto, que a estação funcionou desde o início do ramal, talvez com outro nome... Não achei nenhuma estrutura que pudesse ter apoiado a caixa d'água, mas na passagem de nível, ao lado, ainda estão os trilhos da 2ª linha" (Carlos Miguez, 10/2007).

Entre as estações de Caetano Furquim e de General Carneiro fica a famosa "Curva do Cachorro Magro" (ver caixas abaixo de 1907 e 2013).


ACIMA: Acidente ferroviário próximo à então estação de Freitas, em 1907: "Descarrilhamento do S. B. 3, às 11 horas da manhã do dia 1 (nota: provavelmente 1 de dezembro) - Foi ao transpor uma curva, no kilometro 598 (quilometragem da época) da E. F. Central que se deu o desastre. Machina, carros do Correio e de 2a classe foram cuspidos fóra do atterro, virando como o leitor vê. Alguns passageiros soffrerem contusões leves, menos o chefe da turma do Correio, que ficou gravemente ferido. Não tardaram os soccorros e tudo se fez para suavisar a sorte da gente attingida pelo desastre; mas é sempre triste e causa mesmo pavor a contemplação d'estes destroços" - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER TAMBÉM A SEGUNDA FOTO DO ACIDENTE (O Malho, 7/12/1907).

1924
AO LADO:
Autorização para uso do nome em estações da Central. A de Caetano Furquim acabou nomeando a estação de Barão de Vassouras, mas pouco tempo depois foi para a linha Belo Horizonte-General Carneiro, 5 anos mais tarde, em 1929 (O Estado de S. Paulo, 21/12/1924).

1927
AO LADO:
Caetano Furquim não estava na Linha do Centro, mas sim no ramal de Belo Horizonte, mas enfim... (O Estado de S. Paulo, 9/3/1927).


ACIMA: A "curva do Cachorro Magro" em 2013 (Foto Renato Pereira da Silva).

(Fontes: Gutierrez L. Coelho; Zebitela; Carlos Miguez; Renato Pereira da Silva; Memória Histórica da EFCB, 1908; Abílio Barreto: Belo Horizonte, Memória Histórica e Descritiva - História Média, 2a edição revista, 1996; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; RFFSA: Conheça a sua ferrovia - Treinamento, DECOM-BH, março de 1985; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1909-1981; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Plataforma da estação em 10/2007. Foto Carlos Miguez

Plataforma da estação em 10/2007. Foto Carlos Miguez

Plataforma da estação em 10/2007. Foto Carlos Miguez
     
     
Atualização: 29.05.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.