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E. F. Vitória
a Minas (1913-1923)
E. F. Central do Brasil (1923-1975)
RFFSA (1975-1994) |
BARÃO
DE GUAICUÍ
(antiga GOUVEIA e BARAUNAS)
Município de Gouveia, MG |
Ramal de Diamantina - km 972,155
(1928) |
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MG-1226 |
Altitude: 1.187 m |
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Inauguração: 03.08.1913 |
Uso atual: desconhecido (2020) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Diamantina, que alcançava esta cidade saindo da estação
de Corinto, na Linha do Centro da EFCB, foi aberto entre os anos de
1910 e 1913 pela E. F. Vitória a Minas, que, depois, em 1923
o repassou à Central do Brasil. Ele funcionou até o
início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados.
Oficialmente o trecho somente foi suprimido pela RFFSA em 1994, mas
segundo consta os trilhos já teriam sido arrancados antes disso... |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Barão de Guaicuí foi aberta em 1913, com o
nome de Baraúna poucos meses depois da estação
terminal de Diamantina.
O nome foi alterado pouco tempo mais tarde para homenagear o empreendedor
da navegação no rio das Velhas, Josephino
Vieira Machado, Barão de Guaicuhy, antigo político local.
A estação mudou de nome para Gouvea, localidade próxima, e
voltou a se chamar Baraúna, para depois recuperar o nome de
Barão de Guaicuí.
O prédio atual também não é o original. As fotos abaixo mostram uma
das trocas de nome. A estação foi fechada na primeira
metade dos anos 1970, com o ramal; os trilhos foram retirados não
muito tempo depois.
"Barão do Guaicui era uma vila ferroviária, que praticamente desapareceu
após a saida do trem. Hoje ali vivem uma meia dúzia de famílias, vivendo
do garimpo. Eles precisam caminhar cerca de seis quilômetros
até o asfalto para poderem ir a Diamantina satisfazer suas necessidades
de civilizados. Por estrada são doze quilômetros até o asfalto.
Na época do trem viviam ali mais de cem famílias, conforme apurei.
A estação está intacta, como pode ver. Até parece que o trem
saiu de lá ontem. Ainda há dormentes sobre a ponte que se situa logo
depois, e o horário do último trem ainda está gravado no quadro negro,
acredite se quiser" (Pedro Paulo Resende, 10/2003).
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1923
AO LADO: Incorporação
da estação à Central do Brasil (O Estado
de S. Paulo, 24/1/1923).
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1926
AO LADO: Descarrilamento próximo
à estação (O Estado de S. Paulo, 1/9/1926).
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O belo prédio da estação continua de pé, meio a trancos
e barrancos, com cupins, goteiras, rachaduras e afins, no centro
do povoado que leva seu nome, a pouco mais de 30 quilômetros
de Diamantina. Com cerca de 60 moradores, o lugar já teve dias
de muito mais movimento, quando o trem circulava com passageiros
e cargas e o povoado contava com cerca de 600 almas. O vilarejo
de Barão de Guaicuí, conhecido na região apenas como Barão,
pertence à cidade de Gouveia e é de lá que vem uma boa notícia.
O prédio foi tombado pela prefeitura da cidade e aguardarecursos
para sua restauração. Segundo ele, a intenção é transformar
a estação em um Centro de Apoio ao Caminhante e também Centro
Cultural, aproveitando tanto da beleza ímpar do lugar quanto
do fato de estar no roteiro da Estrada Real. Como verbas não
surgem do nada e têm o dom de detonar previsões, ainda não há
data para que a velha estação volte a ter as tintas de seu tempo
de glória. Típica vila ferroviária, o lugar foi esvaziado na
primeira metade da década de 1970, quando a ferrovia, que pertencia
à Central do Brasil, foi fechada. Barão é aquele lugar que surge
do nada. De repente, logo depois de mais uma curva na poeira,
você está na vila. Não falta aquela dezena de casas antigas,
algumas muito bem cuidadas, trilhas de grama, animais pastando
e meninas e meninos batendo bola naquilo que um dia foi um campo
de futebol. De todos os lugares se tem a visão da Serra do Leão,
uma formação rochosa que lembra o felino deitado, pronto para
dar o bote. O prédio/galpão da estação, bem no meio do povoado,
é a cereja do bolo e não falta nem mesmo a centenária igrejinha
(Sagrado Coração de Jesus, de 1836) para conferir aquele ar
de presépio a céu aberto. Num dia de muito sol, com o céu imaculadamente
azul (como acontece agora, nos meses de agosto e setembro),
o quadro ganha aquela pincelada final |
2009
AO LADO: Estado da estação (O Estado de
Minas, 26/8/2009).
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ACIMA: Ponte ferroviária próxima
à estação de Barão de Guaicuí em
2012 (Autor desconhecido).
ACIMA: A eestação de Barão de Guaicuí em 2020 (Foto Christopher Chris).
(Fontes: Pedro Paulo Resende; João Batista
Filho; O Estado de S. Paulo, 1923 e 1926; O Estado de Minas, 2009;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação,
1928) |
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A estação em seu prédio antigo, com o nome
de Baraúna. Época provável: anos 1950.
Foto cedida por Pedro Paulo Resende |
A estação em seu prédio antigo, com o nome
de Gouvea e sendo trocado. Época provável: anos
1950, mesmo dia da foto anterior. Foto cedida por Pedro Paulo
Resende |
A estação já em seu prédio novo.
Época provável: anos 1970. Foto cedida por Pedro
Paulo Resende |
A estação, nos anos 1990, já sem trilhos.
Foto Pedro Paulo Resende |
A estação em 2009. Foto João Batista Filho |
A estação em 2009. Foto João Batista Filho |
A estação em 2012. Autor desconhecido |
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Atualização:
22.03.2020
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