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Cia. E. F. Valenciana
(1871-1910)
E. F. Central do Brasil (1910-1970) |
VALENÇA
(também MARQUÊS DE VALENÇA)
Município de Valença, RJ (veja
a cidade) |
Ramal de Jacutinga - km 182,850
(1928) |
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RJ-1347 |
Altitude: 541 m |
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Inauguração: 18.05.1871 |
Uso atual: estação rodoviária
e museu (2008) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1914 |
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HISTORICO DA LINHA: O
Ramal de Jacutinga teve a sua origem na Cia. E. F. União Valenciana,
aberta em 1871 e que ligava Valença a Desengano (Juparanã).
Em 1880, foi prolongada até Rio Preto. Somente em 1910, com
a criação da Rede Viação Fluminense, da
Linha Auxiliar encampada pela EFCB, foi que se abriu um ramal unindo
Governador Portella a Barão de Vassouras e daí se fez
a bitola mista, pela linha do Centro, até Desengano, unindo-se
Portella a Rio Preto, ao mesmo tempo em que se prolongava a linha
até Santa Rita do Jacutinga, na Rede Sul-Mineira, onde a ela
se ligou em 1918. Para que tudo isso se concretizasse foi necessário
também a redução de bitola da antiga Valenciana
de 1m10 para métrica. Em 1963, o trecho entre Portella e Barão
de Vassouras foi entregue à Leopoldina, enquanto o trecho restante
continuou com a Central. Mas de 1971 a 1973 os dois trechos foram
extintos e os trilhos retirados. |
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A ESTAÇÃO: Em uma
das mais antigas e tradicionais cidades do Estado do Rio de Janeiro,
foi aberta em 1871 pela E. F. Valenciana a estação
de Valença, que unia a cidade à estação
do Desengano (mais tarde Barâo de Juparanã),
na Linha do Centro a então E. F. Dom
Pedro II.
A estação foi incorporada juntamente com a ferrovia
pela Central do Brasil em 1910, passando a fazer parte do ramal
de Jacutinga da Rede de Viação Fluminense
e que seria logo prolongado, unindo a Linha Auxiliar com Santa
Rita de Jacutinga, já em Minas Gerais.
O prédio atual foi inaugurado em 1914 pelo presidente Hermes
da Fonseca, pelo ministro da Viação Paulo de Frontin e
o construtor, autor do estação e do conjunto de oficinas da Central
próximas, o italiano Antonio Jannuzzi. Estas obras marcavam
a encampação da antiga União Valenciana pela Central, fato que se
dera em 1910, por intermédio do presidente Nilo Peçanha.
A partir dos anos 1940, a estação passou a ser chamada
de Marquês de Valença, até sua desativação,
em 1973, quando todo o trecho foi extinto e a estação,
fechada.
Em 1974, foi transformada em estação rodoviária,
com o nome de Princesa da Serra. Em 2013, funcionava também,
no segundo pavimento do belo prédio em estilo vilino italiano (neoclássico).
o Museu Ferroviário de Valença. A estação, no
entanto, com excesso de pequenas lojas devido à rodoviária,
não se mantinha em tão bom estado assim de conservação.
Algumas versões
dão conta que o alemão Andreas Schmidt foi o construtor
da estação original da estação de
Valença. Casado com Rita Lobato, de família influente
na cidade, logo depois ele se mudou para Rio Claro, em São
Paulo, onde se tornou acionista e engenheiro da Cia. Paulista
de Estradas de Ferro, Seu filho Marcelo Schmidt, casado com
a filha do Visconde do Rio Claro, foi prefeito da cidade paulista
de Rio Claro e deu a ordem para a construção da
nova estação nessa cidade, em 1910. |
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ACIMA: A nova estação de Valença
no dia de sua inauguração e também da linha do
ramal de Jacutinga - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER A REPORTAGEM
DA INAUGURAÇÃO DO RAMAL (Illustração
Brasileira, 1/6/1914).
ACIMA: A estação
em 1914 (Foto publicada em 26/11/1914 na revista FON-FON).
ACIMA: A plataforma da estação
cheia de populares durante um evento da Central do Brasil em 1924
(O Malho, 27/12/1924).
ACIMA: Pátio da estação
de Valença com as oficinas do então 4o distrito da Central,
em 1928. Notar a praça Paulo de Frontin, em frente à
estação, e o Hotel Valenciano, do outro lado da praça.
Do lado esquerdo da mesma praça, as oficinas da Central, cuja
parte operacional foi demolida, manteendo-se, no entanto, o prédio
mais antigo (Do livro Vias Brasileiras de Comunicação,
Max Vasconcellos, 1928).
ACIMA:
No desmonte da estação de Valença após
a desativação dos trens e do ramal em 1970, a velha
locomotiva a vapor já inservível aguarda remoção
ou desmanche. O menino Sergio posa em cima da roda (Acervo Sergio
Murilo; foto por volta de 1972).
ACIMA: O lindíssimo Hotel Valenciano, construído
em 1917, na praça em frente à estação.
ABAIXO: Casa do agente da estação de Valença,
a cerca de 2 quarteirões da estação, e meio "baleada"
em termos de conservação (Fotos Ana Maria Giesbrecht,
22/11/2008).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de
passageiros - pararam nesta estação somente de
1871 a 1970. Ao lado, um destes trens na estação
de Santa Rita do Jacutinga, por volta de 1969. Clique sobre
a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários
em janeiro de 1964 (Guias Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Ana Maria L. Giesbrecht; Sergio Murilo; Gustavo Abruzzini; Marco A.
Silvestre de Souza; Gutierrez L. Coelho; Jorge Alves Ferreira; Fernando
F. L. A. Piva Schmidt; Manoel Monachesi; Illustração
Brasileira, 1914; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação,
1928; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Valença da antiga União
Valenciana, demolida quando da construção da atual,
em 1914 (Acervo Manoel Monachesi) |
A estação em 09/1970, ainda operando. Foto
Sebastião N. Oliveira, acervo Marcelo Lordeiro, cedida
por Marco A. Silvestre de Souza |
Estação de Valença, em 1974, já
sem os trilhos. Foto de cartão postal, cedida por Marco
A. Silvestre de Souza |
Fachada da estação de Valença, em 1974.
Foto de cartão postal, cedida por Marco A. Silvestre
de Souza |
A estação em 2002, vista da praça Paulo
de Frontin. Foto Jorge A. Ferreira |
A estação em 2002. Foto Marco A. Silvestre de
Souza |
A estação em 27/12/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 01/2006. Foto Jorge Ferreira |
A estação em 2011. Foto Jorge A. Ferreira |
A estação em 19/7/2014. Foto Fernando Marietan
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A estação em 19/7/2014. Foto Fernando Marietan
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Atualização:
26.03.2020
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