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E. F. Dom Pedro
II (1858-1889)
E. F. Central do Brasil - Linha do Centro (1889-1975)
E. F. Central do Brasil - Linha Auxiliar (1895-1965)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-) |
SÃO
CRISTÓVÃO
Município de Rio de Janeiro, RJ |
Linha do Centro - km 3,460 (1928) |
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RJ-1230 |
Altitude: 4 m |
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Inauguração: 1858 |
Uso atual: estação da Supervia |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 2016 |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996,
e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul os trens de passageiros
sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia.
Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros. |
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HISTORICO DA LINHA AUXILIAR: A chamada
E. F. Melhoramentos foi construída a partir de
1892. Em 1895 foi aberta a linha entre a estação de Mangueira e a da atual Honorio Gurgel. Em março de 1898 foi entregue o trecho até Paraíba do Sul. Até Três Rios foi logo em seguida e em 1911 alcançou Porto Novo do Cunha, anexando o ramal deste nome, que teve a bitola reduzida para métrica, a mesma da Auxiliar. O traçado da serra,
construído em livre aderência e com poucos túneis, foi projetado por
Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E.
F. Melhoramentos já havia sido incorporada à E. F. Central do Brasil e passou
a se chamar Linha Auxiliar.
No final dos anos 1950, este antigo ramal foi incorporado à E. F.
Leopoldina. A linha, entre o início e a estação de Japeri,
onde se encontra com a Linha do Centro pela primeira vez, transformou-se
em linha de trens de subúrbios, que operam até hoje; da mesma forma,
a linha se confunde com a Linha do Centro entre as estações de Paraíba
do Sul e Três Rios, onde, devido à diferença de bitolas entre as duas
redes, existe bitola mista. A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos
anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará,
entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para
trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e
Três Rios, entretanto, a linha está abandonada já desde
1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de São Cristóvão foi inaugurada em 1858 na linha do Centro da E. F. D. Pedro II.
A estação, a partir de 1908 (em 1904 ainda não se servia dela) passou a servir também à E. F. Melhoramentos (depois Linha Auxiliar).
"Tomei um café, ajeitei a mochila e, me sentindo o mais equipado
dos seres humanos, fui até a estação de São Cristóvão.
Embarquei num trem rumo a Japeri mais ou menos as 6 da tarde. A essa
hora o trem vinha lotado. Os camelôs, muitos, vendendo seus cacarecos
no grito, passavam de um lado a outro apressados. Um senhor sentado
a minha frente comia biscoito de polvilho. Os farelos íam caindo pelo
peito, sendo cuidadosamente limpos com uma pequena toalha por uma
senhora que o acompanhava. Chegando na estação
de Engenho de Dentro, o trem parou" (Carlos Latuff,
24/08/2003).
Em 2016, a estação foi totalmente reformada para
receber as Olimpíadas.
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1879
AO LADO: Seria a inauguração de uma linha de bondes na rua de São Januário?
(O Estado de S. Paulo, 03/06/1879). |
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1895
AO LADO: Desastre ferroviario na área da estação de São Cristovão
(O Estado de S. Paulo, 9/6/1895). |
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1895
AO LADO: Outro desastre ferroviario em São Cristovão
(O Estado de S. Paulo, 19/9/1895). |
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1897
AO LADO: Greve ameaça o funcionamento da estação de São Cristovão
(O Estado de S. Paulo, 9/4/1897). |
ACIMA e ABAIXO: Visita do Presidente Rodrigues
Alves à estação de São Cristovão
em 1906 (Revista da Semana, 25/11/1906).
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1925
AO LADO: Acidente com morte na estação
(O Estado de S. Paulo, 18/12/1925.
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ACIMA: Outro desastre violento na estação em 1926 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER TODA A REPORTAGEM (Correio Paulistano,
23/4/1926).
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1933
AO LADO: Outro acidente com morte na estação
(O Estado de S. Paulo, 14/9/1933).. |
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1933
AO LADO: Acidente sem mortes na estação
(O Estado de S. Paulo, 18/11/1933).. |
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1935
AO LADO: Construção do viaduto sobre a estação
(O Estado de S. Paulo, 17/5/1935).. |
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1935
AO LADO: Colisão de trens na estação
(O Estado de S. Paulo, 24/8/1935).. |
ACIMA:
Desastre em São Cristovao em 1936 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER A REPORTAGEM TODA (Correio de S. Paulo, 1/10/1936).
ACIMA: A estação inundada pelas chuvas em 7 de
janeiro de 1942 (Autor desconhecido).
ACIMA: Estação
de São Cristovão, 1950 (A Cigarra, abril de 1950).
ACIMA: Estação
de São Cristovão, provavelmente anos 1970 (Autor desconhecido).
ACIMA: Acidente na linha da ex-Central do Brasil no Rio (2000) - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER TODA A REPORTAGEM). (O Estado de S. Paulo,11/01/2000)
"Impressionante
é a foto da estação de São Cristóvão. Ela mostra claramente
o desrespeito ao passageiro e a falta de conforto. São Cristóvão
é a única estação de todo o sistema onde há conexão entre as
três linhas de trens: Leopoldina, Auxiliar e Central do Brasil.
Isto é, onde é possível sair de uma linha e pegar outra. Reparem
na foto (ao lado): os passageiros precisam subir e descer escadas
fixas com altura equivalente a 3 andares! Não há escadas rolantes,
não há elevador, não há sequer telhadinho que evite a chuva
e o sol. No ano de 2009, em uma das mais importantes cidades
mundiais, é possível uma situação como essa? Sim, não apenas
ocorre em São Cristóvão, como em quase todas as demais estações
do sistema operado pela Supervia. É por essas e por outras que,
com o abandono da Zona Norte, o Rio se encontra em uma encruzilhada:
ou recupera os seus subúrbios, onde moram milhões de cariocas,
ou pode dar adeus a um futuro de qualidade". |
ACIMA: Estação de São
Cristóvão, baldeação de 3 linhas
(Foto Paulo Jacob, 15/4/2009).
2009
AO LADO: Fora da Linha e Sem Rumo, de Dimmi Amora,
O Globo, 21/5/2009.
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ACIMA e ABAIXO: Estação
de São Cristovão, 2019: "Colisão de trens no Rio de Janeiro deixa ao menos sete feridos. Dois trens colidiram na estação São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira. De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital Souza Aguiar - uma oitava vítima, que seria o maquinista, está presa nas ferragens.
O acidente aconteceu na linha que liga a estação Deodoro à Central do Brasil. De acordo com a Supervia, concessionária que administra a via, a colisão aconteceu por volta das 6h30, quando dois trens com passageiros bateram na estação. Bombeiros trabalham no resgate e socorro de vítimas. A área está isolada.
Em nota, a concessionária informou que os trens que seguem da estação Deodoro para a Central do Brasil na linha vermelha não vão parar na estação São Cristóvão. "Os trens deste ramal estão com intervalos irregulares e não estão parando na estação Praça da Bandeira, no sentido Deodoro, e na estação São Cristóvão, no sentido Central do Brasil. Os passageiros estão sendo informados pelos canais de comunicação da concessionária. A empresa está instaurando uma sindicância para apurar as causas do acidente", diz a empresa.
A estação São Cristóvão serve de ponto de transferência para outras quatro linhas de trens do Rio de Janeiro (Santa Cruz, Paracambi, Belford Roxo e Saracuruna). Segundo a concessionária, a operação nestas linhas não foi afetada". Sete horas depois do acidente, o maquinista preso nas ferragens foi retirado, mas morreu a caminho do hospital (Texto: Revista Veja, 27/02/2019. Fotos: O Estado de S. Paulo, 27/2/2019).
(Fontes: Carlos
Latuff; Jorge A. Ferreira Jr.; Newton Carneiro; Paulo Jacob; O
Estado de S. Paulo, 1925; Revista da Semana, 1906; Dimmi Amora:
Fora da Linha e Sem Rumo, O Globo, 2009; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Comunicação, 1928; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Esta teria sido a estação de São Cristóvão
no início do século XX. Autor desconhecido |
A estação em 1906. Revista da Semana, 25/11/1906 |
A estação em 1910. Jornal do Brasil |
A estação em 2001. Foto Jorge Ferreira
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Estação de São Cristóvão,
em 2002. Foto Carlos Latuff
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Trem da Supervias parado na estação de São
Cristóvão. Foto de Newton Carneiro em 05/2005 |
À direita, a estação de São Cristóvão.
À esquerda, para cá do muro, o metrô carioca.
Foto de Newton Carneiro em 05/2005 |
A estação de São Cristóvão.
Foto Newton Carneiro em 05/2005 |
Estação de São Cristóvão
em 4/2010 com trem da Supervia. Foto Jorge A. Ferreira Jr. |
A estação em 2016. Autor desconhecido |
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Atualização:
22.02.2023
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