|
|
E. F. Maricá
(1913? -1964 |
NILO
PEÇANHA (antiga TINGUI)
Município de Maricá, RJ |
E. F. Maricá/Ramal de Cabo Frio -
km 66 (1936)
km 66,331 (1960) |
|
RJ-4214 |
Altitude: 4 m |
|
Inauguração: 01.05.1913 |
Uso atual: demolida |
|
sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Maricá
teve o seu primeiro trecho aberto em 1888, ligando as estações de
Alcântara e Rio do Ouro. Em 1889 chegou a Itapeba e somente em 1894
a Maricá. Em 1901, chegava a Manuel Ribeiro. Nilo Peçanha,
como Presidente da Província do Rio e também da República, conseguiu
a união da linha com a Leopoldina na estação de Neves, construída
para esse entroncamento, e do outro lado prolongou a linha até Iguaba
Grande. Em 1912, entretanto, o capital dos empresários da região acabou
e a linha foi vendida à empresa francesa Com. Generale aux Chemins
de Fer. Em 1933, o Governo Federal encampou a ferrovia e a prolongou,
em 1936, até Cabo Frio, onde se embarcava sal das salinas das praias.
Em 1943, a E. F. Marica foi passada para a Central do Brasil. Em fins
dos anos 1950, passou para a Leopoldina. Os trens passaram a sair
da estação de General Dutra, em Niterói, entrando no ramal em Neves.
Em janeiro de 1962, parou o trecho Maricá-Cabo Frio. Em 1964,
parou o trecho Virajaba-Maricá. Em 1965, somente seguiam trens
de subúrbio ligando Niterói a Virajaba, com o resto
do ramal já desativado. A ferrovia foi finalmente erradicada
em 31/01/1966. |
|
A ESTAÇÃO: A estação
de Nilo Peçanha foi inaugurada em 1913 com o nome de Tinguy.
Em 1917
o nome já era Nilo Peçanha (Guia Levi,
1917). A estação foi fechada em 1962 com
aquele trecho da linha.
"O local da estação Nilo Peçanha
ficava próximo ao encontro das estradas de Ponta Negra e da
RJ-118 (que liga Ponta Negra a Jaconé, em Saquarema).
Da última estação em solo
maricaense nada mais resta além de uma caixa d'água
às margens da RJ-118" (Cleiton Pieruccini,
04/2004).
ACIMA: Inauguração da estação
de Tinguy em 1º de maio de 1913. Algum tempo depois teria seu nome alterado para Nilo Peçanha. A estação
é igual a diversas outras inauguradas ou reconstruídas
nessa época (Revista FON-FON, 10/5/1913).
"A
E.F. Maricá atravessa uma região de terras excelentes,
que teve outrora grande importância econômica para
a Província do Rio de Janeiro. Somente assim se justificava
um pedido de concessão para uma ferrovia em 1885. Com
a abolição, as fazendas tão prósperas
da zona se transformaram nas ruínas de hoje: seus habitantes
não migraram e, dominados pelo desânimo, abandonaram
a lavoura e a pecuária, dedicando-se à pouco rendosa
indústria da cerâmica e a algumas pequenas lavouras
e pomares. Disso resultou o abandono dos canais e obras de defesa
contra as inundações, permitindo a formação
de pântanos que deixaram a região inabitável.
Se o Governo Federal saneá-la, será possível
seu completo ressurgimento.A simples limpeza marginal sem a
abertura das respectivas barras não produzirá,
no entanto, efeitos, pelo contrário, cortará a
ligação com os pequenos pântanos, formando
focos de malária - como está se verificando. É
imprescindível que se reveja isso, para evitar que, como
nas zonas não saneadas de Manoel Ribeiro a Bacaxá,
a estrada continue com dificuldades em manter seus empregados.
A estação de Nilo Peçanha corre o risco
de ser fechada por esse motivo" (resumido do relatório
oficial da E. F. Maricá em 1936). |
1936
AO LADO: Texto resumido do relatório oficial da E. F.
Maricá deste ano. |
ACIMA: Guia Levi, p. 77 em maio de 1936: A parada de Nilo Peçanha aparece no km 66 - ver quadro HORARIOS, no quadrante esquerdo superior.
ACIMA: Da estação de Nilo Peçanha sobrou apenas a caixa dagua que alimentava as locomotivas a vapor, hoje ao lado da RJ-113 (Google Mps, cessão Edson Vander Teixeira em 2023).
ACIMA: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, tabela parcial de estações da linha de Maricá, em 1960: A estação de Nilo Peçanha aparece no km 66,331 (Ordem na tabela: Estação - kmtragem - altitude - data de abertura, quando há). Ver as discrepâncias entre esta tabela e a dos Guias Levi mostradas nesta página e em outras desta ferrovia.
(Fontes: Cleiton Pieruccini; Jorge A. Ferreira; Henrique
Alberto; O Malho, 1913; Compêndios da História de Maricá;
E. F. Maricá: Relatório anual, 1936; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
|
|
|
Caixa d'água da estação de Nilo Peçanha.
Autor desconhecido. |
|
|
|
|
|
|
Atualização:
24.03.2023
|
|