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Cia. E. F. Sul do
Espírito Santo (1902-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1975)
RFFSA (1975-1996) |
GUIOMAR
Município de Vargem Alta, ES |
Linha do Litoral - km 529,769 (1960) |
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ES-1913 |
Altitude: 701 m |
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Inauguração: 15.03.1902 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,
foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Guiomar foi inaugurada em 1907. Dizem que o nome foi dado
em homenagem a uma das três filhas de Carlos Gentil Homem,
que teria sido um dos responsáveis pela construção
da ferrovia na região. As outras duas filhas e estações
foram Virgínia (hoje Jaciguá) e Matilde.
Guiomar foi a primeira estação, na linha que
vinha de Vitória, construída já pela Leopoldina
depois de uma interrupção de obras de cinco anos.
"Foram
esplêndidos os dias passados em Guiomar, que os ferroviários chamaram
'Cinqüenta e Nove', porque dista 59 km de Matilde. (Depois da
linha construída em 1907 ficar pronta) a produção, desde
Matilde até Vargem Alta, em plena serra, desbravada pelos colonos
italianos, imigrantes do Vêneto, não procurou mais os portos de Guarapari,
Piúma e Anchieta: desceu pelo traçado custoso da Leopoldina. Os colonos
obtiveram melhor preço para seus produtos e a zona serrana tomou alento
temporário. As terras frias não foram propícias aos cafezais plantados
aos soluços e promessas a Nossa Senhora do Caravaggio. As férias foram
memoráveis. O escolar encontrou novos companheiros, Tancredo e Raul,
e os caminhos das colônias foram varridos em montarias trotonas. Pelo
trem das quatro e meia, veio de Matilde 'Seu' Serafim e, dois dias
depois, com mais roupa e outra botina amarela, o menino e seus amigos
Tancredo e Raul lá se foram em férias para Guiomar. O trem corria
pouco, as rodas rangiam nas curvas e cada junta dos trilhos solancava
com um 'trutuque' enjoado. Na estação de Viana tomaram café com bolos
de arroz, vendidos pela mulher do agente. Partiu o comboio, depois
de longa demora, e na caixa d'água, em Jucu, enquanto se reabastecia,
chuparam mangas. Com velocidade reduzida o trem seguiu, batendo caixa.
A rampa e as curvas amarravam a corrida. O vale do Jucu é uma beleza!
Corredeiras, árvores enormes, embaúbas, palmitos, bois pastando nas
encostas descorticadas pela erosão! Os meninos conversavam, comiam
bolos, faziam planos e lembravam-se do Vilanova com certo receio.
Passaram os túneis, receberam muitas fagulhas nos olhos e venceram
as estações de Germânia, Marechal Floriano, Rio Fundo e Araguaia,
úmida e garoenta. Com o Sr. Lorenzoni à espera de jornais, Iriritimirim,
parada rápida e, finalmente, alcançaram o vale do Benevente. Guiomar
é o divisor de águas entre Cachoeiro de Itapemirim e Vitória. Lá morava
o médico José Teixeira de Mesquita, que assistia os operários, e de
lá o frei Manoel Simões, da fazenda do Centro, periodicamente vinha
batizar, casar e assistir os colonos italianos, então numerosos, em
Vargem Alta, Virgínia e Alto Rio Novo" (Luiz Serafim Derenzi,
descrevendo o local da estação nos anos 1920; reproduzido
de http://gazetaonline. globo.com/estacaocapixaba).
Em dezembro
de 1950, um acidente próximo à estação
de Guiomar matou pelo menos vinte e cinco pessoas no trem noturno
Rio-Vitoria. Veja detalhes do acidente aqui: página
1; página 2; página
3 (Folha da Manhã, 27/12/1950 e Noite Ilustrada, 1950).
Quanto ao estado da estação, em 1996, dela só restavam a plataforma e a cobertura em ruínas.
(Fontes: José Sergio Xavier Aride; Folha da
Manhã, 1950; Noite Ilustrada, 1950; José Serafim Derenzi;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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Estação de Guiomar, já demolida nos anos
1990, sobrando penas uma plataforma com o esqueleto da
cobertura. Foto José Sergio Xavier Aride |
A cobertura e a plataforma em 1996. |
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Atualização:
25.07.2018
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