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E. F. Leopoldina
(n/d-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ITAMBI
Município de Itaboraí, RJ |
Linha do Litoral - km 80,404 (1960) |
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RJ-1490 |
Altitude: 3 m |
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Inauguração: n/d |
Uso atual: em ruínas (2014) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia consttuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,
foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
1980 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. Em 2007 desapareceram os trens que ainda ligavam Niterói a Visconde de Itaboraí. |
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A ESTAÇÃO: "É quinta-feira,
26 de agosto (de 1999) e a saída do trem (da estação
de Visconde de Itaboraí) das 9h15 está ameaçada. Há
problemas na escova da locomotiva. Os mecânicos tentam um gatilho
e os funcionários, amontoados numa sala suja e quase sem móveis, torcem,
Acostumados aos atrasos e cancelamentos, alguns usuários, em pé, esperam
pacientemente na plataforma. Outros desistem e vão para a parada de
ônibus. Meia hora depois o problema está resolvido e os três vagões,
com capacidade para 200 passageiros, partem levando pouco mais de
30 pessoas. A maioria das portas defeituosas segue aberta, enquanto
outras já nem existem mais. Como a via é irregular e o trem balança
muito, deve-se tomar cuidado para não cair. Os acidentes são
freqüentes, apesar da baixa velocidade. O maquinista vai o tempo todo
apitando para que as pessoas saiam da linha. Não há proteção e em
alguns lugares o trem passa junto aos prédios. Outro motivo de atraso
constante é o uso do leito da ferrovia para estacionamento de automóveis.
Como o trem passa só a cada três horas - e nem sempre regularmente
- muitos motoristas deixam os veículos sobre a linha e vão fazer compras
ou entregas. Diante do abandono da linha, alguns acham até que o ramal
está desativado. As paradas vão se sucedendo e o panorama não muda:
Amaral, Itambi, Guaxindiba, Laranjal, Jardim Catarina. Em alguns pontos
há pedras servindo de apoio para que os passageiros subam aos vagões,
ou então bancadas e escadas de madeira, aterros e até alguma plataforma.
Não há proteção para sol ou chuva. Banheiro e água, nem pensar. E
segue o trem: Alcântara, Melado, Estrela do Norte, Rodoviária de São
Gonçalo, São Gonçalo, Madama, Maricá (O Dia, 19/02/2003)".
Havia
diversas outras paradas mais recentes na linha, como Amaral,
entre Visconde de Itaboraí e Itambi, e mais outras entre
Guaxindiba e Alcântara, e entre esta e São
Gonçalo, e mais algumas entre esta última e Niterói.
A estação de Itambi estava semi-abandonada,
sendo ocupada em parte de sua estrutura como moradia em 2009.
Sem
tráfego de trens pelo menos desde 2007, o mato tomava conta do
leito, cobrindo os trilhos. Ao lado, a velha caixa d'água,
hoje sem função.
Em 2014, estava em ruínas.
(Fontes: Carlos Latuff; Cleiton Pieruccini; Rodrigo
Lucio; O Dia, 2003; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação depredada, em 09/2004. Foto Carlos Latuff |
A estação em 9/2009. Foto Cleiton Pieruccini |
A estação em 2014. Foto Rodrigo Lucio |
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Atualização:
14.07.2018
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