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VXY Mogiana em MG
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Bifurcação
Fagundes
Arantes
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ramal de Jandaia-1935
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1910-1956)
FAGUNDES
Município de Cravinhos, SP
Ramal de Jandaia - km 9,216 (1938)   SP-0823
Altitude: -   Inauguração: 01.06.1910
Uso atual: depósito (2018)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1910
 
 
HISTORICO DA LINHA: Antes da Mogiana adquirir a linha, existia A E. F. Vicinal de Ribeirão Preto, que funcionou de 1898/99 até a venda para a Cia. Mogiana. O nome "ramal de Jandaia" - nome dado ainda pela EFVRP, que o vendeu para a Mogiana no final de 1909 - derivou da Fazenda Jandaia, situada logo após a Fazenda Cravinhos, pelas quais o leito do ramal passava. As duas estações do ramal foram abertas pela Mogiana: a estação que a EFVRP tinha, Doutor Senna, terminal do ramal, não foi aproveitada. O ramal de Jandaia foi reaberto em 1910 e, ainda nesse ano, a Cia. estudou o prolongamento do ramal, chegando até Jatobá, além do rio Pardo e local não identificado. O ramal saía da estação de Bifurcação, no ramal de Cravinhos, e chegava até Arantes, com quase 16 km. Foi desativado em 1956 pela Mogiana e teve os trilhos arrancados logo depois.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Fagundes foi aberta em 1910. Ficava na fazenda União, de propriedade da empresa Irmãos Fagundes e Cia., dos filhos de Domiciano Fagundes. Na fazenda União, se cultivava principalmente café, gado e cereais para alimentação do rebanho.

O jornal Diário da Manhã, de Ribeirão Preto, de 31/05/1910, publicava o seguinte: "Companhia Mogyana - Em primeiro de junho proximo futuro serão abertas ao trafego publico de passageiros, mercadorias e para serviços telegraphicos as estações de Bifurcação no kilometro 15 e Alvarenga no kilometro 21 do ramal de Cravinhos, e tambem as estações de Fagundes e Arantes nos kilometros 10 e 16 do sub-ramal de Jandaia. Campinas, 14 de maio de 1910. José Pereira Rebouças - Inspetor Geral".

Foi desativada com o ramal em 1956.

A antiga estação é em 2018 propriedade da avó de Rafael Correa e está em perfeito estado de conservação, apenas tendo sofrido uma pequena reforma que introduziu um "puxadinho" junto a uma das paredes laterais. A plataforma foi estendida e se transformou em terreiro de café. Com a mudança da cultura para cana de açúcar, parte do telhado foi estendida e se tornou um abrigo para o maquinário. Rafael conta também que houve pressão dos fazendeiros da região para a desativação do ramal nos anos 1950, por causa das fagulhas das locomotivas que queimavam a plantação.

Depois da desativação em 1956, os trilhos, pelo menos naquela fazenda, permaneceram ali até o início dos anos 1970, e foram arrancados por seu avô quando ele comprou o prédio e a esplanada da estação.


ACIMA: O antigo pátio, a estação e casa ferroviária, em 1/2014 (Foto Dimas Ornelas).

(Fontes: Rafael Correa; Dimas Ornellas; Henrique Ravasi; Cia. Mogiana: Relatórios anuais, 1900-69; Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 1910; F. Gomes: Cravinhos-Histórico, Geographico, Commercial e Agricola, 1922; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação, na época de sua inauguração, em 1910. Foto do Museu da Cia. Paulista, Álbum da Mogiana

Antiga estação de Fagundes, em 24/12/2001. Foto Rafael Correa

No pequeno prédio ao lado do da estação, a marca da quilometragem, em 24/12/2001. Note que é diferente da km citada acima. Foto Rafael Correa

Antiga estação de Fagundes, em 24/12/2001. Foto Rafael Correa

A estação na outra ponta, 04/2009. Foto Henrique Ravasi

A estação em 04/2009. Foto Henrique Ravasi

A estação em 04/2009. Foto Henrique Ravasi
   
     
Atualização: 01.09.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.