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Rocha
Gato Preto
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EFPP-Nilson Rodrigues
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2017
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E. F. Perus-Pirapora
(1914-1983) |
GATO
PRETO
Município de Cajamar, SP |
E. F. Perus Pirapora - km - |
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SP-1966 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1914 |
Uso atual: demolida em 2013 |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1914 |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Perus-Pirapora iniciou as operações em 1914 para
transportar cal do bairro do Gato Preto para a estação
de Perus, na São Paulo Railway, com bitola de 60 cm. Ela deveria
também transportar os romeiros para Pirapora do Bom Jesus,
mas os trilhos nunca chegaram até lá. O trecho inicial
sofreu várias modificações, com a construção
de dois ramais, um curto, para Entroncamento e outro, mais longo,
para Cajamar, este para o transporte de calcáreo. Sempre usando
trens mistos, o transporte de passageiros funcionou de 1914 a 1972,
quando foi desativado. Em 1951, a ferrovia foi comprada pela família
Abdalla, que a operou até 1974, quando a União ficou
com a estrada. Em 1981, os Abdalla recuperaram a ferrovia e a fecharam
definitivamente em janeiro de 1983. A ferrovia foi tombada pelo Condephaat
em 1984 e está abandonada, junto com todo o seu material rodante,
até hoje, 2010. |
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A ESTAÇÃO: A vila,
usina de cal e estação do Gato Preto fica na
margem oeste da via Anhanguera, no seu km 36.
Na verdade, Gato Preto foi o motivo da constituição
da E. F. Perus-Pirapora. A ferrovia começou a operar em 1914
para transportar a cal produzida ali para a estação
de Perus, na SPR. Ali também funcionavam as oficinas
da ferrovia, além de ser um enorme complexo por causa da usina
e da vila que à sua volta se formou.
Apenas 4 anos depois, em 1918, as atas da Câmara Municipal de
Santana de Parnaíba, município ao qual a vila
pertencia então, acusam um pedido para uma escola e de para
a estação, prova de que a sua população
não era pequena: "Solicita autorização para mudar a
localização da escola masculina do bairro do Taboão (nota: atual Jordanésia,
em Cajamar) para outro ponto dentro do mesmo bairro, onde reside o
maior número de alunos que a freqüentam. Este ponto será no estabelecimento
industrial do Gato Preto, propriedade da Companhia Industrial de Estrada
de Ferro Perus a Pirapora que se acha cerca de 2 quilômetros a quem
ao lugar onde se acha presentemente localizada a escola. Dos 24 alunos
apenas 8 não residem no Gato Preto sendo os restantes ali moradores
e onde há cerca de 30 alunos matriculáveis podendo ainda alguns meninos
do vizinho bairro do Juquery-Mirim freqüentar a escola. Não se dando
a transferência solicitada sucederá a diminuição da freqüência da
escola suspensão do funcionamento e necessidade de criação de outra
escola no referido estabelecimento" (Livro de Atas da
Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, 2/3/1918).
Em 29/12/1918, outro pedido "solicita a criação de uma escola
rural masculina para o bairro do Coruruquara, distante 10 km da sede
e onde há grande numero de meninos analfabetos conforme a estatística
junta". E mais um pedido, logo depois, em 30/10/1919: "Petição
de Beneduccio Bernine & Cia., exploradores do estabelecimento industrial
de Gato Preto, acompanhado de um abaixo-assinado de diversos pais
de família do lugar solicitando uma escola rural feminina no núcleo.
É grande o número de meninas existentes na circunscrição conforme
estatística que vai apensa, que se acham a 15 km da escola feminina
mais próxima".
Nos anos 1940 e 1950, havia mais de um clube no pequeno bairro. O
movimento crescia devido à calcinação no local.
Mais tarde, existiu ali próximo também uma fábrica
de celulose, hoje fechada.
A passagem da via Anhanguera, nos anos 1940, cortou a vila
em duas e obrigou à mudança de algumas operações
da usina.
A usina perdeu em importância e acabou fechando, aparentemente
nos anos 1970, mas a vila continuou a existir, embora decadente.
Até por volta de 2011, no que eram as oficinas concentravam-se
locomotivas, carros e vagões totalmente abandonados, alguns
irrecuperáveis. O prédio que, segundo relatos, funcionava
como estação e como armazém (segundo Nilson
Rodrigues, as passagens eram vendidas no escritório das
oficinas), estava ali, de pé, na entrada da vila, servindo
como moradia; em volta, os trilhos, que, até 2005, quando não
estavam cobertos por terra ou pela própria estrada de acesso,
apareciam retorcidos, como num cenário fantasmagórico.
Os trilhos foram arrancados no início de 2005.
No final de 2013, todo o bairro foi demolido, à esquerda da
Anhanguera, sentido interior. Sobraram apenas a base do pontilhão
que já havia sido retirado em 1940, para a construção
da via Anhanguera, e uma pequena parte do forno e chaminé da
caieira. O resto, estação, casas, etc, foi para o chão.
Em 2017, já era tudo terra arrasada. Nada mais restava, exceto
a base do pontilhão.
(Para saber mais sobre o Gato Preto, clique aqui).
(VEJA AQUI O APOGEU E FIM DA
ESTAÇÃO DO GATO PRETO)
ACIMA: Fornos de cal do Gato Preto, anos
1930 - tudo isso foi demolido, nos anos 1990 não mais existia
já havia muito tempo. A causa foi a instalação
da fábrica de cimento em Perus nessa época. Ao fundo
à esquerda a casinha que servia como estação
e que foi demolida em 1913 (Autor desconhecido).
ACIMA: No centro da fotografia, ao fundo,
a estação do Gato Preto. Em primeiro plano, parte do
pátio ferroviário e o depósito do forno de cal,
hoje abandonado (Foto Koyusha SL - Kemuri Pro - Acervo Nilson Rodrigues).
ABAIXO: O pátio do Gato Preto, com as oficinas, o forno
de cal (ambos à esquerda) e a estação (no centro)
em maio de 2010 (CLIQUE NA FOTO PARA VER OS DETALHES) (Google Maps,
entrada em 23/5/2010).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht; Nilson
Rodrigues; Nelson Camargo; Rodrigo Cabredo; Câmara Municipal
de Santana de Parnaíba: Livro de Atas, 2/3/1918; Mapas - acervo
Nilson Rodrigues) |
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A estação, sem data. Foto cedida por Nilson Rodrigues
Ao lado, croquis do complexo total, por Nilson Rodrigues. |
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Acima, a estação de Gato Preto, em 1998. Foto
Ralph M. Giesbrecht.
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Atualização:
19.05.2017
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