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VXY Mogiana em MG
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(1878-1979)
Mogi-Guaçu
Ipê
Estiva
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Tronco CM-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 1998
...

 
 
Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1897-1971)
FEPASA (1971-1979)
IPÊ
Município de Mogi-Guaçu, SP
Linha-tronco original - km 87,772   SP-2105
Altitude:   Inauguração: 10.08.1897
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875, tendo chegado até o seu ponto final em 1886, na altura da estação de Entroncamento, que somente foi aberta ali em 1900. Inúmeras retificações foram feitas desde então, tornando o leito da linha atual diferente do original em praticamente toda a sua extensão. Em 1926, 1929, 1951, 1960, 1964, 1972, 1973 e 1979 foram feitas as modificações mais significativas, que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular pela linha.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Ipê, inaugurada em 1897, foi eliminada da linha-tronco em 10/05/1979, com a abertura da variante Guedes-Mato Seco, pela Fepasa.

"Com a ajuda do Sr. Nelson de Souza, ex-ferroviário e morador em Mogi Guaçu, consegui chegar onde era a estação do Ipê, na linha original da Mogiana. Para chegar até ela, tem que seguir pela rodovia que liga Mogi Guaçu a Estiva Gerbi e no conjunto habitacional Ipê dos Pinheiros seguir pela rua que dá acesso a um matadouro. Passa-se direto em frente ao matadouro e segue até uma porteira, de onde já se vêem as mangueiras centenárias além da antiga estação. Segundo informação do Sr. Adilson dos Santos, que nasceu e vive até hoje naquele local a estação foi demolida há uns quinze anos e dela sobrou somente a plataforma que aparece na foto (ao pé da página). Em cima da plataforma ele construiu uma casa e parte ele utiliza com sua oficina mecânica. O Nelson trabalhou lá várias vezes dando folga nesta estação que servia para embarque de gado. Ambos lembraram-se das pessoas que ali trabalharam e também que durante à noite, para poderem ficar conversando nos bancos da estação recolhiam folhas de eucalipto, queimando-as para fazer fumaça e espantar os pernilongos. Adilson comentou que depois da desativação daquele trecho, todos foram embora, ficando somente ele e os pernilongos" (Ettore Manoel Gaspar, 09/2005).

Enfim, a estação ficava na linha tronco em uma região desabitada a poucos quilômetros depois do lugar de onde saía o ramal da Champion, até hoje ainda é uma área rural, e se destinava a servir ao matadouro que existe no local.

A estação foi demolida no final dos anos 1990 e dela sobrou somente a plataforma. Em cima da plataforma ele construiu a sua casa e utiliza parte dela com sua oficina mecânica. O atual morador lembrava-se em 2005 das pessoas que ali trabalharam e também que durante a noite, para poder ficar conversando nos bancos da estação, recolhia folhas de eucalipto para queimar e fazer fumaça para espantar os pernilongos.


ACIMA: Esquema do pátio de Ipê em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores informações) (Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução Caio Bourg).

(Fontes: Ettore Manoel Gaspar; Kelso Medici; Wanderley Duck; Caio Bourg; Museu da Cia. Paulista, Jundiaí; Mogiana: Álbum, 1910; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Estação de Ipê, c. 1908. Foto do álbum da Mogiana

Estação de Ipê, cerca de 1910. Foto do álbum da Mogiana

A estação, c. 1970. Acervo Kelso Medici

A plataforma, em 2005, é apenas a base que sustenta uma casa de tijolos nova...

...onde mora o sr. Adilson dos Santos. Fotos Ettore Manoel Gaspar
 
     
Atualização: 19.10.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.