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E. F. Itapura-Corumbá
(1914-1917)
E. F. Noroeste do Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CAMPO
GRANDE
Município de Campo Grande, MS |
Linha-tronco - km 871,316 (1959) |
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MS-1598 |
Altitude: 527 m |
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Inauguração: 06.09.1914 |
Uso atual: abandonada (2016) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1935 |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Itapura a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entrte
Jupiá e Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança,
deixando um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando
para ser terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir
daí, a linha estava completa até o rio Paraguai, ao
sul de Corumbá, em Porto Esperança; somente em 1952
a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. Logo
dedpois da entrega da linha, em 1917, a ferrovia foi fundida com a
Noroeste do Brasil, que fazia o trecho inicial no Estado de São
Paulo, entre Bauru e Itapura. E em 1975, incorporada como uma divisão
da RFFSA, foi finalmente privatizada sendo entregue em concessão
para a Novoeste, em 1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Campo Grande foi inaugurada em 1914. Segundo consta na revista
Brasil-Oeste, de março de 1958, a primeira locomotiva
a chegar no pátio de Campo Grande foi a de número
44 da E. F. Itapura-Corumbá, no dia 20/5/1914 (portanto,
antes da data oficial de inauguração da estação),
parando ao longo de uma plataforma improvisada como uma pilha de dormentes,
ao lado de um vagão estacionário, que servia de estação.
O primeiro trem de cargas percorreu os trilhos no perímetro urbano
de Campo Grande no dia 30 de maio, quando a então vila contava
com apenas 1.900 habitantes, alguns meses antes da inauguração
oficial da estação.
O prédio atual da estação não é
o original; ele foi projetado pelo engenheiro Aurélio Ibiapina,
paulista de Pirassununga e também autor dos estudos
para a eletrificação do trecho Bauru-Araçatuba
nos anos 1950 (projeto este jamais realizado), construído pela
empresa J. Machado e finalmente inaugurado em 13 de maio de
1935.
A partir dos anos 1940, passaram também a sair desta estação
os trens do ramal de Ponta Porã, que se bifurcava da
linha-tronco na estação de Indubrasil.
Em 30/03/1996, saiu da estação o último trem
de passageiros para Ponta Porã.
Em 2004, seus trilhos foram arrancados do centro da cidade e os trens
passaram a correr por uma variante que a contorna pelo sul da cidade,
sem alcançar mais a estação.
"O traçado da linha em Campo Grande sempre me
intrigou. Uma das explicações é que a linha faz
aquela volta para subir uma rampa, pois a estação é
na parte mais baixa. Até aí tudo bem, mas para quem
conhece a região percebe que na realidade a linha fazia com
que o trem forçosamente entrasse na cidade. Este contorno do
ramal que retira os trilhos do centro nada mais
é que o trajeto mais lógico da ferrovia entre as
estações que antecede e sucede a de
Campo Grande. Uma vez ouvi falar que o trajeto
foi conseguido por força de lideranças políticas
locais da época, obrigando a mudança do trajeto para
realmente o trem entrar na cidade" (Helder Ribas,
11/2004).
No pátio ferroviário de Campo Grande há,
ou houve, um total de 160 imóveis, sendo 46 em madeira, estes
na sua maioria ex-casas de funcionários. Destes últimos,
diversos foram demolidos nos anos 2000.
Embora abandonada em 2016, a estação está tombada
pelo IPHAN.
Veja mais dados sobre o pátio no texto de Ângelo
Marcos Vieira de Arruda.
ACIMA: Pátio de Campo Grande, talvez
anos 1950 (Autor desconhecido).
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1957
AO LADO: A estação de Campo Grande já
tinha tido aprovação para sua retirada do local
original em 1957 (a quilometragem era a da época e
incluía o local da estação ferroviária).
Porém, somente em 2004 veio a retirada dos trilhos
e dos trens da cidade (Folha da Manhã, 3/9/1957).
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ACIMA: Locomotiva a vapor da Noroeste trafega
próximo a Campo Grande, por volta de 1957
(Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume
II, 1957).
ACIMA: Passageiros aguardando o trem na estação em 1981 (Foto Roberto Higa).
ACIMA: Plataforma da estação lotada com passageiros aguardando
o trem, já na época da RFFSA - provavelmente anos 1980 (Autor desconhecido).
ACIMA: Bilheteria em Campo Grande - tavez anos 1980 (Autor desconhecido).
ACIMA - Sem data - terminal da Petrobras junto ao patio da estação de Campo Grande (Autor desconhecido).
ACIMA: Abandono na estação de Campo Grande em 1999, três anos depois que foi suprimido o trem de passageiros da linha (Correio do Estado).
ACIMA: A curva que a linha fazia para entrar
na cidade e chegar à velha estação, em mapa de 2004, ano em que a variante foi feita ao sul (Cessão: Helder
Ribas, 2004).
ACIMA: (esquerda) Ponto de baldeação
na antiga estação. Embora a linha para Ponta Por~e se
separasse em Indubrasil, os trens partiam daqui. (direita)
Ponte ferroviária desativada desde 2004,
localizada cerca de 300 m antes da antiga estação de
Campo Grande para quem vem de Bauru. (Fotos Eduardo Lanna Malta, dezembro
de 2008).
ACIMA: A rotunda do pátio de Campo Grande,
abandonadíssima em janeiro de 2010 (PARA VER MAIS SOBRE A ROTUNDA,
CLIQUE AQUI) (Foto Endrigo
Capobianco).
ACIMA: Casa do mestre de linha em Campo Grande,
hoje sede de subprefeitura (Foto Endrigo Capobianco - sem data).
(Fontes: Endrigo Capobianco; Helder
Ribas; Cesar Sacco; José H. Bellorio; Carlos Coelho Netto;
Eduardo L. Malta; Ângelo Marcos Vieira de Arruda; Folha da Manhã,
14/5/1930 e 1957; Revista Brasil-Oeste, março de 1958; Correio
do Estado - MS - 01/06/2004; dados oficiais da Noroeste do Brasil;
Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957; Mapa - IBGE)
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Fachada da estação nos anos 1940. Autor desconhecido |
Fachada da estação em 1976. Foto José H.
Bellorio |
Pário da estação lotado, em 1978. Foto
José H. Bellorio |
A estação em 2000. Foto Cesar Sacco |
A estação em 2000, já com o logotipo da
Novoeste. Foto Cesar Sacco |
A estação em 2000. Foto Cesar Sacco |
Plataforma da estação em 2001. Foto José
H. Bellorio |
A desolação da plataforma da estação,
em 06/2005, já sem os trilhos. Foto Carlos Coelho Netto |
As velhas plataformas da estação. Notar que ainda
há trilhos por ali, mas que não mais se conectam
à linha principal. Foto Eduardo Lanna Malta em 12/2008 |
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Atualização:
26.12.2021
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