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Bauxita
Poços de Caldas
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ramal de Caldas - 1970
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2016
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1886-1971)
FEPASA (1971-1998) |
POÇOS
DE CALDAS (antiga CALDAS)
Município de Poços de Caldas,
MG |
Ramal de Caldas - km 75,208 (1937) |
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MG-0073 |
Altitude: 1.186 m |
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Inauguração: 01.10.1886 |
Uso atual: Secretaria de Turismo (2018) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Caldas foi inaugurado em 1886, para trazer mercadorias da
região de São João da Boa Vista e de Poços de Caldas (na época conhecida
como Caldas), já em território mineiro. O ramal seguiu, entretanto,
deficitário por muitos anos, chegando a ter, de tempos em tempos,
seus trens de passageiros suspenso devido a isso. Porém, acabou por
ser o único de todos os ramais da Mogiana que permanece ativo até
hoje, por causa do transporte de minério de alumínio da estação de
Bauxita, uma antes da de Poços de Caldas. Trens de passageiros circularam
pela linha até fins de 1976, quando foram suprimidos. Até meados dos
anos 1990, um trem turístico ainda percorria em determinadas ocasiões
o ramal, mas hoje nem ele existe. Os trilhos, entretanto, foram retirados
no trecho terminal em Poços de Caldas. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Poços de Caldas foi aberta com o nome de Caldas em
1886.
De 1878 a 1886, até a abertura desta, existia uma outra estação, no
tronco da Mogiana em São Paulo, que tinha esse nome - era dali que se esperava que saísse o ramal para Caldas. Com a inauguração do ramal
em 1886, este passou a sair de Cascavel (Aguaí).
O ramal foi inaugurado em 22 de outubro (ver caixa abaixo). A data de 1° de outubro (22 dias antes) é citada em várias fontes. A estação pode realmente ter sido aberta antes.
O Imperador esteve presente à inauguração do ramal (ver boxes abaixo, de 1886).
A estação original de Caldas, que tinha grande movimento devido
ao movimento de carros que traziam mercadorias de Caldas, em Minas
Gerais, além de perder tudo isso, ainda teve o nome alterado,
pois este era conseqüência de ser ela a estação mais
próxima da localidade mineira. Ela passou a se chamar Engenheiro
Mendes.
De qualquer forma, a "nova" Caldas passou a ser
a ponta de linha do ramal, em Minas Gerais. Com o trem de passageiros, deficitário
no início, a cidade cresceu e foi atraída para a área de influência
do Estado de São Paulo. O nome da cidade - Poços de Caldas - passou a ser o atual mesmo antes
de este distrito ter se liberado (como município) em 1889 do antigo
município de Caldas, cidade esta que ainda existe nos
dias de hoje, mas que estancou no tempo. Veja caixa abaixo: o nome do então ainda bairro do município de Caldas já era Poços de Caldas.
Porém, o nome da estação como somente Caldas
permaneceu até 1919, quando foi finalmente alterado para ganhar
o mesmo nome do município, Poços de Caldas (ver box de 1919, mais abaixo).
Com a supressão desses trens em 1976, a cidade, já grande, pouco sofreu
com isso, mas a linha sim: o grande movimento de cargas do ramal se
origina pouco antes da cidade, na estação de Bauxita,
que supre o minério de ferro da fábrica da cidade de Alumínio,
em São Paulo, do grupo Votorantim. Com isso, o movimento de
cargas caiu a zero e os trilhos, dentro da cidade, foram retirados
nos anos 1990.
Isto foi "auxiliado" por uma queda de barreira na serra entre
as estações de Bauxita
e Poços, que deixou o ramal abandonado
de vez naquele trecho.
A antiga estação esteve servindo à Guarda Civil do município,
mas no início de 2016 já abrigava a Secretaria de Turismo.
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1885
AO LADO: Edital para coostrução de diversas estações na linha do Rio Grande e no ramal de Caldas, inclusive esta (A Provincia de S. Paulo,
29/7/1885). |
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1886
AO LADO: O final "ao Ribeirão Preto" foi um engano do jornal (A Provincia de S. Paulo,
1/10/1886). |
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1886
AO LADO: Um carro somente para o Imperador, que compareceria à inauguração, para que ele visse as obras no trecho da serra, que fica exatamente entre estas duas estações (A Provincia de S. Paulo,
2/10/1886). |
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1886
AO LADO: Ramal sendo aberto aos poucos no início de outubro (A Provincia de S. Paulo,
3/10/1886). |
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1886
AO LADO: Marcada a data para a inauguração: 22 de outubro (A Provincia de S. Paulo,
20/10/1886). |
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1886
AO LADO: Em 22 de outubro, às sete da manhã, o Imperador e os convidados, além do redator-chefe do jornal partem de São Paulo. Vão parar em Jundiaí, em Campinas (A Provincia de S. Paulo,
23/10/1886). |
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1886
AO LADO: Relato da viagem de São Paulo a Poços. A inauguração deu-se às seis da tarde do dia 22 de outubro (A Provincia de S. Paulo,
23/10/1886). |
ACIMA:
A estação de Poços de Caldas em sua abertura
(Correio Paulistano, 14/12/1886).
ACIMA: Este é o carro que transportou o Imperador D. Pedro II para inaugurar o ramal e a estação de Poços de Caldas em 1886, segundo Vanderley Zago, da ABPF (Foto V. Zago em 2014)
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1888
AO LADO: Acordos para as termas (A Provincia de S. Paulo,
2/5/1891). |
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1891
AO LADO: Acidente na estação de Caldas (O Estado de S. Paulo,
2/5/1891). |
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1897
AO LADO: A estação de Caldas e de São João da Boa Vista trocam de chefe (O Estado de S. Paulo,
1/6/1891). |
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1899
AO LADO: Reclamações quanto aos horarios dos trens (O Estado de S. Paulo,
7/10/1899). |
ACIMA: A cidade de
Poços de Caldas, por volta de 1900, mostrando o final
da linha do ramal. A estação, parece, estaria além
do canto esquerdo inferior e não aparece na fotografia (Foto
atribuída a Marc Ferrez).
ACIMA: A estação em 1911 (Illustração Paulista, 4/11/1911).
ACIMA: A plataforma cheia de gente aguardanto o trem em 1911 (Illustração Paulista, 4/11/1911).
ACIMA: A cidade de Poços de Caldas
como deveria ficar, num projeto apresentado em 1912. A estação
ficaria quase no centro do mapa, um pouco abaixo, em frente a um jardim
que existe do outro lado do Hotel das Termas. A linha viria do oeste
e faria uma curva para o norte na esntrada da estação.
O projeto jamais foi implantado (Revista A Vida Moderna, 26 de setembro
de 1912, acervo Paulo Castagnet).
O escritor e historiador
cearense José Capistrano de Abreu conheceu Poços
em 1914: "Cheguei sabado passado aos Poços de
Caldas, comecei os banhos domingo, estou no décimo terceiro
(...). Tenho frequentado principalmente Pedro Botelho (...),
mas desde que experimentei o Macaco, minhas simpatias foram
para este (...). Esta arrière-saison com a pouca gente
e com os hotéis barateados para atrair a freguesia, seria
o ideal, se não chovesse tanto e a vila fosse calçada.
Para quem não tem medo de frio, melhores seriam junho
e julho: o tremômetro já tem baixado a -6. Abundam
hotéis, pensões familiares e infamiliares, estas
fáceis de conhecer, por uns vasos de barro dom flores,
expostos nas janelas. O hotel mais frequnetado é o da
Empresa, com cento e tantos quartos, divertimentos diversos,
ligado ao estabelecimento por uma galeria coberta. Preferi o
do Oeste (...) A diária é de 6$ (...) fica na
avenida Francisco Sales, a maior, ou antes a mais larga de todas
(...)" |
1914
AO LADO: Carta de Capistrano de Abreu a J. B. Pandiá
Calógeras em 15/2/1914, p. 386-387.
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1917
AO LADO: A cidade de Poços de Caldas agora teria o conforto fos carros Pullmann (O Estado de S. Paulo,
6/1/1917). |
ACIMA: Na época da gripe espanhola em 1918 (O Estado de S.
Paulo, 27/10/1918).
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1919
AO LADO: Embora a cidade já se chamasse
Poços de Caldas havia anos, a estação
somente agora recebia o nome da cidade (O Estado de S. Paulo,
29/4/1919).
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1920
AO LADO: Supressão de trens noturnos (O Estado de S. Paulo,
15/2/1919). |
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1922
AO LADO: Taxação nos carros Pullmann que seguiam para Poços de Caldas (O Estado de S. Paulo,
8/3/1922). |
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1923
AO LADO: Carros de excursão para Poços usarão
Pullmanns (O Estado de S. Paulo, 19/2/1933).
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1923
AO LADO: Sobre a ferrovia de Poços de Caldas a
Botelhos (que jamais foi construída) (O Estado de S.
Paulo, 5/6/1933).
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"A estação
(de Poços de Caldas) parece vir de encontro ao trem,
que já diminue a marcha, entre o estridor dos freios.
Na estação, muita gente, muitos curiosos e muitos
empregados de hoteis que formam, á sahida, uma especie
de corredor por onde o viajor passa, convidado por este ou aquelle
hotel, cujas qualidades são realçadas" |
1933
AO LADO: Willy Aureli, Folha da Manhã, 12/8/1933.
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ACIMA: Mapa de 1948 mostrando a linha
na região de Poços de Caldas. A estação
está dentro da cidade. PARA VER UMA AREA MAIOR CLIQUE SOBRE
O MAPA (Arquivo Publico Mineiro).
ACIMA: Pelé, Zagalo, Vavá e outros jogadores da seleção que seria campeá do mundo pela primeira vez em 1958 sentados num banco na plataforma da Palace Hotel em Poços de Caldas no período de treinamento nessa cidade antes da viagem para a Europa, na Suécia, onde foi disputada a Copa (A foto é de um livro não identificado). O local lembra uma plataforma de estação, mas definitivvamente não é o caso.
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1975
AO LADO: A inauguração do teleférico de Poços de Caldas - primeira parte - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VER O TEXTO INTEGRAL (O Estado de S. Paulo, 02/03/1975). |
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1975
AO LADO: A inauguração do teleférico de Poços de Caldas - ultima parte - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VER O TEXTO INTEGRAL (O Estado de S. Paulo, 02/03/1975) |
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1987
AO LADO: Trem turistico para Poços de Caldas (O Estado de S. Paulo, 23/10/1987). |
ACIMA: O belo piso em lajotas hidráulicas
na plataforma foi mantido (Foto Rubens Caruso em 2012).
(Fontes: Irineu Trentin Junior;
Maria Apparecida Miranda; Fabrício Machado Storto; José
H. Bellorio; Rafael Correa; Gutierrez L. Coelho; Mauricio Ferreira;
Christian Condé; Marc Ferrez; Wanderley Duck; O
Estado de S. Paulo, 1918 e 1933; José Honório Rodrigues: Correspondência
de Capistrano de Abreu, volume 1, 1954; Museu da Cia. Paulista, Jundiaí;
A Vida Moderna, 1912; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação na virada do século 20. Cartão
postal. acervo Wanderley Duck |
A estação, c. 1910. Álbum da Mogiana, Museu
da CP, Jundiaí |
A estação, c. 1910. Álbum da Mogiana, Museu
da CP, Jundiaí |
Estação de Poços de Caldas, em 1929. Foto
dos arquivos do Museu de Jundiaí |
A estação de Poços de Caldas, nos anos
1980. Foto Fabrício Machado Storto
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A estação em 1984. Foto José H. Bellorio |
Locomotiva na estação de Poços de Caldas,
em 1989. Autor desconhecido |
A estação com o trem de passageiros turístico,
em 1993. Foto Rafael Correa |
A fachada da antiga estação, hoje desativada e
sem trilhos, em 02/2003. Foto Mauricio Ferreira, cedida por
Christian Condé |
A estação em 01/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 2/1/2010. Foto Irineu Trentin Junior |
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Atualização:
01.07.2023
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