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E. F. do Norte (1876-1896)
E. F. Central do Brasil (1896-1953) |
QUIRIRIM
Município de Taubaté, SP |
Ramal de São Paulo - km 352,686 |
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SP-0567 |
Altitude: 553,770 m |
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Inauguração: 1885-86 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1880 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: Em 1869,
foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte
(ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha
da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877,
chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se
com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia
ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do
tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no
terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração
oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com
festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas
e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação
em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da
decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a
queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central
do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte,
com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro
trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté) e o trecho
todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho
entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980,
pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos
provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte
de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do
Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária
da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal,
continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro
II-Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO: Inaugurada entre o final de 1885 e novembro de 1887 (ver caixas abaixo, de 1885 e 1887) pela E. F. do Norte; o seu nome foi dado a partir da Fazenda
Quiririm.
Como também atesta
o Relatório do Presidente da Província de 1886, ref.
a 1885: "Tendo recebido uma reclamação de diversos
interessados, para estabelecer uma estação no logar
denominado Quiririm, entre as estações
de Caçapava e Taubaté, a Companhia solicitou do Governo Imperial a competente autorização, que foi concedida a 3 de agosto (de 1885), fixando-se em 8.000$ o
máximo da despesa, que deverá ser levada á conta
de custeio. A Companhia ainda não encetou as obras".
Em 1889/90 chegaram os imigrantes italianos à região.
A estação foi
fechada em 1953, com a retificação da linha entre Caçapava e Taubaté, linha que passou a correr bem junto
à via Dutra. Depois, foi demolida, somente sobrando sua plataforma.
O bairro de Quiririm fica na região alta, deixando a plataforma
da antiga estação e os poucos prédios que sobraram na vila antiga
isolados junto ao leito da antiga linha, na parte baixa. Uma das casas, de 1893, tornou-se
um museu da imigração italiana e fica a cerca de trezentos metros
da estação. O bairro parece pouco ter se alterado desde a desativação
da linha em 1953.
Em 2011, eis que aparece sobre o antigo pátio
da estação demolida um novo prédio,
com arquitetura diferente da estação original, onde foi instalado um restaurante.
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1885
À ESQUERDA: Será construída uma nova estação em Quiririm (A Provincia de S. Paulo, 9/8/1885). |
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1887
À ESQUERDA: Ligações da estação com o rio Parahyba por estradas de rodagem (A Provincia de S. Paulo, 19/11/1887). |
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1888
À ESQUERDA: Acidente próximo à estação (A Provincia de S. Paulo, 27/11/1888). |
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1892
À ESQUERDA: Quebra de eixo num dos carros atrasa trem misto em Quiririm (O Estado de S. Paulo, 23/9/1892). |
ACIMA: Pátio da estação de Quiririm
nos anos 1930: na plataforma, um ACF de madeira da Central do Brasil
(Acervo José Indiani).
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1935
À ESQUERDA: Descarrilamento em Quiririm (O Estado de S. Paulo, 28/9/1935). |
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1941
À ESQUERDA: Acidente em Quiririm (O Estado de S. Paulo, 4/7/1941). |
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1949
À ESQUERDA: Notícia
de descarrilamento em Quiririm (Folha da Manhã, 8/3/1949).
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ACIMA: Tendo ao fundo a estação, plataformas
e caixa d'agua, as duas crianças posam para a fotografia no
ano de 1952, às vésperas da desativação
da linha ali. A ramapa que desce do "bairro alto" deve estar
à direita da caixa d'água e não é visível
na foto (Autor desconhecido).
ACIMA: Em maio de 2011, uma nova "estação"
próxima ao local da antiga para abrigar um simpático
restaurante (Foto Ralph M. Giesbrecht em 18/5/2011).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; José
Indiani; Marco Giffoni; Quiririm: Societá 30 di Aprile, Ed.
Vogal, sem data; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação,
1928; www.vnews.com.br; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Quiririm aparece ao fundo da foto;
à sua direita, a caixa d'água. À frente,
o casal Indiani e os trilhos, c. 1950. À esquerda na
foto aumentada ainda pode se ver o armazém da foto abaixo.
Foto do livro Quiririm, presença e história
italiana, Societá 30 di Aprile, Ed. Vogal |
A plataforma da estação foi o que sobrou, em 14/01/1999.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
A plataforma da estação foi o que sobrou, em 14/01/1999.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
O armazém da foto de 1950 é hoje um retaurante
francês, a cem metros da estação demolida.
Foto Ralph M. Giesbrecht em 14/01/1999 |
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Atualização:
07.03.2021
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