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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Trigueiro
Álvaro da Silveira
Daniel de Carvalho
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Paracatu (1921-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1994)
ÁLVARO DA SILVEIRA
Município de Bom Despacho, MG
Ramal de Paracatu - km 943,017 (1960)   MG-2476
    Inauguração: 31.10.1921
Uso atual: abandonada   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Paracatu partia originalmente da estação de Velho da Taipa, na bitola estreita (0,76 cm) da EFOM. Em 1927 chegou a Melo Viana e no sentido oposto já atingia Água Suja e Pará de Minas, juntando-se com a linha da EFOM de bitola métrica que ligava Belo Horizonte a Garças, na hoje estação de Azurita. Em 1931, a estrada foi incorporada à EFOM para formar a RMV - Rede Mineira de Viação e passou a se chamar ramal de Paracatu. Atingiu em 1937 Barra do Funchal, mas jamais chegou à cidade que lhe deu o nome, Paracatu. Em 1968, foi erradicado o trecho Bom Despacho-Barra do Funchal, e, em 1994, o restante do ramal.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Álvaro da Silveira foi inaugurada pela E. F. Paracatu em 1921 no trecho de linha aberto nesse dia até a estação de Bom Despacho, sede do município do mesmo nome. Exatamente nessa época (1921 ou 1922, não está bem claro), uma colônia para estrangeiros com o nome da estação Álvaro Silveira foi fundada, a cerca de 5 km ao norte da estação. "Deixo assim fundadas mais quatro grande colônias, Alvaro da Silveira, David Campista, Bueno Brandão e Francisco Sá, situadas em pontos perfeitamente salubres e favorecidas pela proximidade de estradas de ferro (...) As casas, em todas essas colônias, são construídas de tijolos, assoalhadas e dotadas de instalações sanitárias, de conformidade com o plano adotado pela Diretoria de Higiene e Profilaxia, que, além disso, mantém em Álvaro da Silveira um posto médico para combater as verminoses e o impaludismo" (Mensagem do Presidente do Estado, Arthur Bernardes, 14/6/1922). Em 1929, a colônia de Álvaro da Silveira era "composta por 179 lotes sendo 102 ocupados, 5 reservados e 72 vagos". Em 1930, "Esse núcleo tem a área de 4.289 hectares. Plantaram-se 2.274 litros de milho, 1.556 de arroz, 363 de feijão, 72.500 pés de mandioca, 1.000 de cana, 500 de café e 70 arrobas de algodão, tudo numa área de 328 hectares. A colonia está cortada por 47.387 m de estradas de rodagem, 22.500 metros de caminhos comuns e nela estão construídos um prédio público, 15 casas provisórias, 182 definitivas, funcionando uma escola, uma casa comercial, uma olaria, 3 engenhos de cana e 11 moinhos de fubá. Existiam no núcleo aves e animais diversos, no valor de 59:661$800, de propriedade dos colonos. As construções, veículos, engenhos e olaria existentes podem ser avaliados em 675:530$200. A população do núcleo era de 75 famílias, com 444 pessoas" (Mensagem do Presidente do Estado, Arthur Bernardes, 14/6/1922). "Eu nasci em Belo Horizonte em 1939, vim para os

ACIMA: À direita do mapa de cerca de 1957, acima, a Colônia Álvaro da Silveira, cerca de 5 km a norte da estação do mesmo nome, e a uns 13 km da sede do município (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1958, p. 107).
Estados Unidos em 1953. Agora sou aposentado do U.S. Customs Service. Estou escrevendo a história de meus pais que viviam em 1923 na Colônia Álvaro da Silveira como imigrantes alemães. Eu sempre tive um grande problema para achar esta colônia exatamente. O nome não aparece nos mapas. Seu site é o primeiro onde a encontrei. Meu pai e minha mãe foram em 1928 a cavalo por 3 horas para se casarem na cidade de Bom Despacho
" (Fred Hanke, 02/2007). As perguntas: afinal, porque os pais de

ACIMA: Os pais de Fred Hanke, na Colonia Alvaro da Silveira, preparando-se para seguir para o casamento em Bom Despacho, em 1928 (Acervo Fred Hanke).
Fred não foram de trem para Bom Despacho, se a linha já existia entre as duas cidades nessa época? Pelos mapas, a colônia ficava a cerca de 5 km ao norte da estação do mesmo nome, e a uns 13 km, a mesma distância da estação, para a cidade de Bom Despacho. Consta que os últimos trens que trafegaram pela linha agora erradicada foram pequenas composições cargueiras tracionadas por locomotivas G8 e U5B. O prédio da antiga estação está em ruínas. "Eu e outros fomos visitar a região da colônia Álvaro da Silveira neste último sábado. Vimos que a antiga sede foi demolida e em seu lugar foi construída uma moradia para os peões da fazenda, só restaram restos do alicerce que estão visíveis em uma parte do curral. O ultimo terreno que pertencia a uma família de descendentes dos Primus foi vendido recentemente, ou seja, já não existe mais nenhuma família de origem alemã na colônia Álvaro da Silveira. A estação está em ruínas, o proprietário do local chegou a reformá-la, mas os pescadores que freqüentam o rio Pará, que fica a uns 300 metros da estação, depredaram o prédio e roubaram o que podiam" (Vandeir Alves dos Santos, 01/2008).
     

Ruínas da estação, ainda com o nome em relevo sobre a porta, em 2003. Foto Gutierres Lhamas Coelho
   
     
Atualização: 30.12.2011
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.