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VXY Mogiana em MG
Estações de Minas Gerais
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RMV - R. Delfim Moreira
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Biguá
Delfim Moreira
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2005
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Rede Sul-Mineira (1927-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1961)
DELFIM MOREIRA
Município de Delfim Moreira, MG (veja a cidade)
Ramal de Delfim Moreira - km 209,469 (1960)   MG-2009
Altitude: 1.206 m   Inauguração: 23.10.1927
Uso atual: museu (2016)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Delfim Moreira saía de Itajubá e foi aberto em 1928. Nos anos 1930 havia planos de se prolongar a linha até o ramal de Piquete, que ficava próximo, mas no Estado de São Paulo e do outro lado da Serra da Mantiqueira. A ligação nunca saiu. O ramal foi extinto em 30/06/1961.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Delfim Moreira foi inaugurada em 1927. "Era o ponto final do ramal do mesmo nome, que saía de Itajubá. Essa cidade foi por muitos anos uma das maiores produtoras de peras, marmelos, dentre outras frutas que servem para se fazer doces, isso fez com que muitas fábricas de doces como a Cica e a Peixe se instalassem nessa cidade, por isso um dos principais produtos transportados nesse ramal eram doces ou frutas" (Marco Giffoni, 2002).

"Em Delfim Moreira, havia instalações da Indústria PEIXE e creio que também da CICA. Depois a produção de marmelo entrou em decadência. Não sei se foi uma praga ou concorrência de outras regiões. Alguns falam que o marmelo não era usado só para doce. Também entrava na composição de outros alimentos industrializados como agente espessante ou aglutinante, não sei ao certo. E que a Química acabou substituindo o marmelo, que deixou de ter importância como cultura.

Mas, perto de Delfim Moreira, há uma cidade chamada Marmelópolis, tanta foi a importância econômica que a fruta teve para a região. Aliás, a verdadeira Itajubá é Delfim Moreira. A atual cidade de Itajubá foi fundada por dissidentes da Vila que se formara no alto da serra, no final do século XVIII, em torno da mineração do bandeirante paulista Miguel Dias. Como progrediu mais, passou à condição de Cidade antes que Delfim Moreira e ficou com o nome. Daí surgiu uma grande rivalidade. Os itajubenses se referiam, no meu tempo, a Delfim Moreira como "Itajubá Velho". Isso se refletia, principalmente, nos jogos de futebol que, invariavelmente, terminavam em confusão
" (Francisco Seixas, maio de 2008).

A estação ainda estava lá em 2009, servindo como uma das secretarias da Prefeitura local. O prédio sofreria outro restauro que seria entregue em meados de 2013, como museu.


ACIMA: Composição da RMV em Delfim Moreira na primeira metade da década de 1950, aguardando partida para Itajubá (Fotograma do Youtube, acervo Tony Maciel). ABAIXO: Trem da RMV manobrando no pátio da estação, anos 1950. A operação de manobra de retorno da composição para Itajubá (onde a locomotiva chegava de frente) era pela linha externa da estação, adentrava o virador, que ficava onde hoje fica a Escola Estadual Marquês de Sapucaí, saía pela linha interna até o desvio que ficava a cerca de 200 metros à frente da estação (visto em uma das fotos) e retornava de ré para acoplar-se novamente à composição (Acervo e cessão Fábio Montes Rodrigues).



ABAIXO: Entrada do pátio da estação, anos 1950 (Acervo e cessão Fábio Montes Rodrigues).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Ana Maria Giesbrecht; Fábio Montes Rodrigues; Edméia Guimarães Alkmin; Christian Henriques Vieth; Tony Maciel; Francisco Seixas; Marco Giffoni; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)
     

A estação em 1978. Foto Christian Henriques Vieth

Estação de Delfim Moreira, em 2002. Cessão Marco Giffoni

A estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria Giesbrecht

Porta da estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria Giesbrecht

Os fundos da estação em 06/02/2005. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria Giesbrecht

A estação em 2011. Foto Francisco Seixas
   
     
Atualização: 04.06.2017
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.