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Rede
Mineira de Viação (1938-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ITAMARATI
Município
de Pratinha, MG |
Linha-Tronco
- km 729,476 (1960) |
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MG-1558 |
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Inauguração: 04.02.1938 |
Uso atual: n/d |
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com
trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d
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HISTORICO
DA LINHA: A linha-tronco da RMV foi construída originalmente pela
E. F. Oeste de Minas a partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde
a linha de bitola de 0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou
seu projeto de ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por
Barra Mansa por bitola métrica: construída em trechos, somente em
1928 a EFOM chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos
anos 1940 a Goiandira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede
Mineira de Viação. A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa
e Ribeirão Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos
1990. Nos anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e Goiandira
foi erradicado devido à construção de uma represa no rio Paranaíba,
e a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari. Hoje (2003)
a linha, já não mais eletrificada, é operada pela concessionária FCA.
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A ESTAÇÃO:
A estação de Itamarati foi inaugurada em 1938.
Em 1993, estava em perfeitas condições, embora o prédio
não fosse, certamente, o original da estação.
"Em 1947, seis meses antes de seu falecimento, Leopoldo de
Miranda viajou até Araxá para observar um eclipse com seu filho Heráclito
e a esposa deste, Consuelo. Escreveu Leopoldo um diário de lembrança
desta viagem: "Saímos de Belo Horizonte na R. M. V. às 21 horas
de 17 de Maio de 1947. Andamos 9 horas de noite. Logo ao amanhecer
do dia 18, pus-me em observação: vi roças de milho-tambueiras, uma
outra com espigas regulares; gado vacum em boa quantidade, mas cavalar
insignificante. Abacaxi em grande quantidade, - uma estação tomou-lhe
o nome: "Abacaxis". Ainda há muitos ranchos de capim. Cana de açúcar
em quantidade, bananeiras bastante! Às 9 e meia horas vi uma fazenda
com gado e laranjeiras de fazer inveja!... Na beira da estrada até
grande distancia vêm-se um capinzal de diversas qualidades, ainda
muito verdes. Tigre, estação depois de Bambuí, - grande quantidade
de lenha na margem; Tigre é rodeada de morros - capim e bambual. Em
Tigre há tábuas de pouca largura; há um fundangão - passa um ribeirão
volumoso. Uruburetama, - parada, algumas casas. A R. M. V. toma todas
as direções - dos 4 pontos cardeais... Uma fazenda grande - gado vacum.
Um túnel de segundos de escuridão! Campos Altos. Às 8 e meia horas
chá com pão. O trem matou um cavalo!... Itamarati - grande coqueiral
de macaúbas! Almoçamos na R. M. V.: eu, Heráclito e Consuelo; esta
teve um pequeno enjôo. Tobaty adiante; Riacho Corumbá. Uma fazenda
com 2 éguas paridas - gado vacum e cavalar; residência do engenheiro
da Rede. Ibiá - cidade banhada pelo rio Corumbá; tem charqueada; ponte:
a melhor da zona circunvizinha. Estação de Estevão Lobo. Na caixa
d'água demoramos 30 minutos e partimos às 4 horas e 40 minutos. Há
criação de porco e galinha. Tamanduapava - grotas, sucavões, florestas
seculares! Chegamos às 17 horas e 30 minutos à Cidade do Araxá. Fomos
de automóvel para o Grande Hotel de Barreiro, quartos 452 e 453"
(Diário de Lembranças de Leopoldo de Miranda, 1947).
(Fontes: Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Diário
de Lembranças de Leopoldo de Miranda, 1947) |
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A estação de Itamarati, em 1993. Foto Edernilto |
A estação, foto sem data. Acervo FCA |
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Atualização:
15.09.2006
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