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VXY Mogiana em MG
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Gaivota
Taninguá
Bairro dos Prados
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ramal de Juquiá-1980

IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1998
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E. F. Sorocabana (1941-1971)
FEPASA (1971-1998)
TANINGUÁ
Município de Peruíbe, SP
Ramal de Juquiá - km 165,260 (1986)   SP-2895
Altitude: 4 m   Inauguração: 17.05.1941
Uso atual: abandonada e em ruínas   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1941
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal foi construído pelos ingleses da Southern São Paulo Railway, entre 1913 e 1915, partindo de Santos e atingindo Juquiá. Em novembro de 1927, o Governo do Estado comprou a linha e a entregou à Sorocabana, já estatal, no mês seguinte. O trecho entre Santos e Samaritá foi incorporado à Mairinque-Santos, que estava em início de construção no trecho da serra do Mar, e o restante foi transformado no ramal de Juquiá. A partir daí, novas estações foram construídas, e em 1981, o ramal foi prolongado pela Fepasa, já dona da linha desde 1971, até Cajati, para atender as fábricas de feritlizantes da região. O transporte de passageiros entre Santos e Juquiá foi suspenso em 1997, depois de 84 anos. A linha seguiu ativa para trens de carga que passavam quase diariamente, transportando enxofre do porto para Cajati, até o início de 2003, quando barreiras caíram sobre a linha na região do Ribeira. O transporte foi suspenso e a concessionária Ferroban desativou a linha, que o mato cobriu rapidamente.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Taninguá foi aberta em 1941 e fica situada num local afastado de tudo, no meio do mato, literalmente. Está fechada há anos, e após o fim do trem de passageiros em 1997, uma família ocupou o prédio, que no ano seguinte já servia como moradia. Os tijolinhos aparentes nas laterais do prédio pareciam ser obra recente de quem ocupava a casa. Para chegar a ela, tomava-se uma trilha de areia que sai da SP-55, logo depois da divisa de Itanhaém com Peruíbe. Em 2010, doze anos depois, a estação está abandonada e semi-destruída e cercada de mato. "A estação de Taninguá me marcou muito na infância. Naquela época, década de 1960, as viagens eram sempre feitas com o

ACIMA: Casas da vila ferroviária de Taninguá, ainda conservadas em agosto de 2010. Ela fica distante da estação uns 300 metros, no sentido Itanhaém. Está relativamente bem conservada, se comparada a outras vilas. Não vimos nenhum "puxadinho" nas casas, e a tradicional "cerquinha Sorocabana" está mantida em todas as construções. Ao todo são 3 casas e uma edificação maior, que parece ser o depósito, já que o telhado é bem mais saliente. A relativa grande distância entre a estação e a vila, parece ter sido a causa-mortis da estação (Nilson Rodrigues, fotos e texto). ABAIXO: Briga de terras em Taninguá em 1965 (Folha de S. Paulo, 7/12/1965).
trem, que saía da Julio Prestes e cuja viagem demorava exatas 6 horas. Em Samaritá, o trem procedente de São Paulo era dividido em dois e a parte trazeira seguia para Peruibe, enquanto a parte da frente ia para Santos. Nós íamos na parte trazeira, para não ter que trocar de lugar em Samaritá, e correr o risco de ficar sem assento. Só que eram atrelados alguns carros ao nosso trem, provavelmente os que vinham de Santos, e os carros em que estávamos ficavam bem lá atrás. Então, Taninguá era a palavra-chave: assim que o trem saía dessa estação, meu pai se levantava e começava a pegar a vasta bagagem para que tivéssemos tempo de nos locomover para os carros da frente, que era a parte que parava na plataforma de Nova Peruibe... que bons tempos... quanta saudade!
" (Nilson Rodrigues, 14/8/2010).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Nilson Rodrigues; Folha de S. Paulo, 7/12 1965; E. F. Sorocabana, relatórios anuais, 1920-69; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação em 29/07/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 29/07/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação como está em agosto de 2010. Foto Nilson Rodrigues
     
     
Atualização: 05.10.2014
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.