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Rechan
Angatuba
Engenheiro Hermillo
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ramal de Itararé-1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2013
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Sorocabana Railway
(1913-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998) |
ANGATUBA
Município de Angatuba, SP |
Ramal de Itararé - km 244,412
(1934) |
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SP-0582 |
Altitude: 598 m |
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Inauguração: 01.05.1913 |
Uso atual: abandonada (2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1913 |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Itararé começou a ser construído em 1888, partindo da estação
de Boituva, mas somente em 1895 chegou a Itapetininga, com extensão
de 65 km. Somente em 1905 as obras foram retomadas, e em abril de
1909, a estrada chegou finalmente a Itararé. Sempre crescendo em importância
por causa de sua ligação com o sul, o ramal passou a sair da estação
nova de Santo Antonio - hoje Iperó - em 1928, aproveitando as obras
de retificação e duplicação da linha-tronco, diminuindo o trecho em
23 km. Em 1951, a linha foi eletrificada até Morro do Alto. Em 1960,
até Itapetininga e não passou daí. Em 1978, o tráfego de passageiros
no ramal foi extinto. Em 1973 foi construído, de Itapeva, um ramal
para Apiaí, e desse, outro para Pinhalzinho, que encontrava a nova
linha que vinha da região de Curitiba. O trecho a partir de Itapeva
acabou desativado depois que o trecho paranaense até Jaguariaíva foi
suprimido, nos anos 1990. Entretanto, em 22/12/1997, o trem de passageiros,
voltou a funcionar, desta vez entre Sorocaba e Apiaí. O trem, com
algumas interrupções, funcionou até fevereiro de 2001. O trecho entre
Itapeva e Itararé teve os trilhos arrancados em 2001. Hoje, apenas
as estações de Tatuí, Itapetininga e Buri ainda funcionam para carga
de mercadorias, sob a administração da ALL. |
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A ESTAÇÃO: Inaugurada
em 1913, quando o prédio da estação foi concluído, a estação de Angatuba
já embarcava e desembarcava passageiros pelo menos desde 1911. "Vão
ser abertas ao tráfego mais duas estações novas:
(...) e 'Angatuba', respectivamente nos kilômetros (...)
e 270 dos ramais de (...) e Itararé. Ficou estabelecida
a parada de um minuto para os trens, em cada uma dessas
estações" (*Revista
Brazil Ferro-Carril, 31/05/1913). Note, pela data da revista,
que ou a notícia saiu tarde, ou a estação foi
inaugurada depois da data que consta nos relatórios da Sorocabana,
que é 1o de maio. Ficava bem longe da cidade, ao sul, a onze
quilômetros da cidade (ver caixa abaixo, de 1917).
A rodovia da cidade para a estação teria sido
construída somente em 1942 (ver caixa abaixo).
"Grande parte do trecho entre Itapetininga e Avaré (uma retificação da linha-tronco que jamais foi construída) seria cortado dentro de Angatuba, próximo à sede do município, passando pela antiga fazenda Aterradinho, que até a década de 1940 era uma grande fábrica de algodão, tanto de fibra como óleo! Fora que havia muita madeira disponível... Angatuba era uma cidade grande para a época, mais de 15 mil habitantes, tinha influência junto com Itapetininga. Infelizmente depois da derrubada de Júlio Prestes, a região padeceu de investimentos e até hoje está abandonada pelo governo estadual. Havia solicitações da Câmara Municipal desde 1915 para que a EFS fizesse um acesso a sede, já que a ferrovia passava 14 km ao sul. Era mais fácil ir até Itapetininga, 40 km do que na estação, o acesso era impraticável. Angatuba só saiu do isolamento em 1968 quando asfaltaram o acesso da cidade até a Raposo Tavares, concluída 10 anos antes e desviada do centro da cidade devido a obra da Represa Jurumirim (Plensir, 16/5/2017).
Havia solicitações da Câmara Municipal desde 1915 para que a EFS fizesse um acesso a sede, já que a ferrovia passava 14 km ao sul. Era mais fácil ir até Itapetininga, 40 km do que na estação, o acesso era impraticável. Angatuba só saiu do isolamento em 1968 quando asfaltaram o acesso da cidade até a Raposo Tavares, concluída 10 anos antes e desviada do centro da cidade devido a obra da Represa Jurumirim.
Em 1978, o trem de passageiros para Itararé deixou
de passar pelo ramal e, claro, pela estação.
A estação que recebeu o trem de passageiros
Sorocaba-Apiaí de 1997 a 2001 parecia estar exatamente
como era oitenta anos antes. Como em Rechan, as pessoas
iam lá para esperar o trem chegar.
A estação servia (parcialmente)
como moradia em 2011 e as casas de turma estavam ocupadas por
algumas famílias. "Fui abordado por um simpático
cachorro vira-lata que me acompanhou em todas as fotos. Quando eles
vêm abanando o rabo, viram nossos amigos..." (Adriano
Martins, que lá esteve fotografando em 08/2002).
O autor desta página foi à estação pela primeira vez de carro somente em
9/2/2013. Estava totalmente abandonada, com patos e galinhas ciscando num
cercado de arame num dos cantos do pátio, um armazém
largado e uma casa supostamente da antiga ferrovia do outro lado da
linha, estava habitada e aparentmente em boa conservação.
Dentro da estação, escancarada, havia sujeira em todo canto.
A única parte que me pareceu habitada foi o canto esquerdo
de quem olhava da linha. Nada a fazer: sua distância exagerada
da cidade não dava muita escolha para uso. Uma pena.
Até hoje, a estação fica em local isolado, tendo
a seu lado uma fábrica da Polenghi - e somente por isto o acesso
de 7 km a partir da rodovia Raposo Tavares (SP-270)
está asfaltado.
LEIA
AQUI UM ARTIGO ESCRITO POR MIM EM 10/2/2013 SOBRE A ESTAÇÃO
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1917
AO LADO: Como a estação era longe da cidade, surgem os transportes alternativos para chegar até ela
(O Estado de S. Paulo, 31/01/1917). |
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1925
AO LADO: Este armazém teria sido construído?
Se sim, teria ele sido o que consta na fotografia logo abaixo?
(O Estado de S. Paulo, 19/8/1925).
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OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 180 m; 1934 -
Construção de rancho para o praticante; reparação
e pintura do armazem da estação |
ACIMA: Mapa da região de Itapetininga
mostrando boa parte do ramal de Itararé em 1934. Trata-se
da linha preta que desce de Itapetininga até Itararé
(Acervo Sud Mennucci/Ralph M. Giesbrecht).
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1942
AO LADO: Contrato para finalmente construir a estrada de ligação da cidade com a estação
(O Estado de S. Paulo, 9/4/1942). |
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1949
AO LADO: Somente sete anos mais tarde, o início da reconstrução da estrada para a estação...
(O Estado de S. Paulo, 15/8/1949). |
Em 1949, a população se
queixava da distância da estação à
cidade, afirmando que a maioria das pessoas que embarcavam
no trem tinham de ir de ônibus a Itapetininga, tão
precário era o serviço de transporte da cidade
para sua própria estação - 11 km de distância
em péssima estrada. Segundo a imprensa, o próprio
transporte de gado era prejudicado pela posição
do pátio ferroviário. Nessa época, um
dos partidos dominantes na cidade chegou a enviar à
Sorocabana uma petição para a construção
urgente de um ramal para a zona urbana.
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ACIMA: O armazém da estação
de Angatuba (VER CAIXA ACIMA - Seria ele aquele que foi construído
em 1925? Do lado esquerdo, parte da fábrica da Polenghi. Foto
tomada no sentido de Rechan (Foto
Ralph M. Giesbrecht em 9/2/2013).
ACIMA: A estação
abandonada, lado da fachada (Foto
Ralph M. Giesbrecht em 9/2/2013).
ACIMA: Mapa de
satélite mostrando o município de Angatuba. A cidade
está mostrada no "balão". A estação
está ao sul, numa curva e junção de duas estradas
de acesso (CLIQUE PARA VER A IMAGEM EM DETALHE) (Google Maps, 2013).
ACIMA: Interior da estação em julho de 2023 (Foto Vitor Hugo Langaro).
(Fontes: Ralph
M. Giesbrecht, pesquisa local, 2013; Vitor Hugo Langaro, 2023; Antonio Carlos Belviso; Adriano Martins, 2002;
Hugo Caramuru; O Estado de S. Paulo, 1925; Folha da Manhã,
22/5/49; Brazil Ferro-Carril, 1913; E. F. Sorocabana: relatórios
anuais, 1900-69; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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A estação em 1988, ainda em bom estado. Foto Antonio
Carlos Belviso |
A estação em 1988, ainda em bom estado. Foto Antonio
Carlos Belviso |
Estação e pátio de Angatuba em junho de
1990. Foto Hugo Caramuru |
A estação em 13/05/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 13/05/1998, com o trem Bandeirante
parado na plataforma. O bilheteiro, de boné e gravata, aparece
ao fundo. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Casas de turma em Angatuba, em 08/2002. Foto Adriano Martins
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Frontão e dístico de casa de turma na vila ferroviária
de Angatuba, em 08/2002. Foto Adriano Martins |
Plataforma da estação em 08/2002. Foto Adriano
Martins |
Fachada da estação em 08/2002. Foto Adriano Martins
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A estação abandonada em julho de 2023. Foto Vitor Hugo Langaro |
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Atualização:
04.08.2023
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