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Juriti
Rechan
Angatuba
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ramal de Itararé-1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2013
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E. F. Sorocabana
(1907-1971)
FEPASA (1971-1998) |
RECHAN
(antiga HERVAL)
Município de Itapetininga, SP |
Ramal de Itararé - km 236,034 (1931) |
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SP-2247 |
Altitude: 590 m |
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Inauguração: 16.10.1907 |
Uso atual: estação rodoviária
e bar (2013) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1910 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Itararé começou a ser construído em 1888, partindo da estação de Boituva,
mas somente em 1895 chegou a Itapetininga, com extensão de 65 km.
Somente em 1905 as obras foram retomadas, e em abril de 1909, a estrada
chegou finalmente a Itararé. Sempre crescendo em importância por causa
de sua ligação com o sul, o ramal passou a sair da estação nova de
Santo Antonio - hoje Iperó - em 1928, aproveitando as obras de retificação
e duplicação da linha-tronco, diminuindo o trecho em 23 km. Em 1951,
a linha foi eletrificada até Morro do Alto. Em 1960, até Itapetininga
e não passou daí. Em 31/12/1978, o tráfego de passageiros no ramal
foi extinto. Em 1973 foi construído, de Itapeva, um ramal para Apiaí,
e desse, outro para Pinhalzinho, que encontrava a nova linha que vinha
da região de Curitiba. O trecho a partir de Itapeva acabou desativado
depois que o trecho paranaense até Jaguariaíva foi suprimido, nos
anos 1990. Entretanto, em 22/12/1997, o trem de passageiros, voltou
a funcionar, desta vez entre Sorocaba e Apiaí. O trem, com algumas
interrupções, funcionou até fevereiro de 2001. O trecho entre Itapeva
e Itararé teve os trilhos arrancados em 2001. Hoje, apenas as estações
de Tatuí, Itapetininga e Buri ainda funcionam para carga de mercadorias,
sob a administração da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A estação
foi inaugurada em 1907, com o nome de Herval.
Em 1910, mudou
para o nome atual, Rechan (ou Rechã) - em guarani,
"lugar baixo com muita erva", segundo moradores do local.
O prédio que ainda está lá hoje parece ser o original.
Assim como a estação
de Engenheiro Hermillo, recebeu também em 1909 um embarcadouro
para porcos, embarcados em grande quantidade nessa estação.
Somente
em 1975, quando os trens do ramal de Itararé ainda ali
paravam, a vila ganhou eletricidade - pasmem. Segundo reportagem do
jornal Folha de S. Paulo de 4/1/1975, neste dia a vila tinha
"noventa casas, cinco armazéns, uma farmácia,
um telefone, dois açougues, sete bares, duas barbearias, um
bazar, uma padaria, duas igrejas católicas, dois tempos evangélicos,
uma estação ferroviária da FEPASA, um campo de
pouso homologado pelo DAC, um grupo escolar com 202 alunos e onze
escolas isoladas, totalizando 2021 habitantes, dos quais 1702 eleitores".
Além disso, o maior empregador era a Nitro-Química,
que "produzia carvão" para outras empresas da Votorantim
e empregava 1086 operários.
Com a extinção dos trens de passageiros
do ramal, em 31/12/1978, a estação continuou aberta para cargas até
1991, quando foi fechada. Aí virou terminal rodoviário
com bar e área de lazer. Em 1997, foi restaurada e passou a
receber o trem de passageiros Sorocaba-Apiaí, no final
desse ano.
Rechan é um bairro afastado de Itapetininga,
e, embora este trem somente passasse duas vezes por dia - uma vez
à noite, por volta das 21 horas, e outra vez às 9 da manhã - a estação
estava sempre cheia de pessoas para ver o trem chegar. Como há cem
anos atrás.
Em fins de fevereiro de 2001, esse trem foi desativado
de vez, mas a estação ainda servia como terminal rodoviário. O vilarejo perdeu
a alegria. A cerca de um quilômetro da estação,
a fábrica de sucos Citrovita não era mais suficiente
para manter o movimento de outrora. No armazém, havia uma escola
de capoeira.
Em 2008, a função de rodoviária
e o bar persistiam. A aparência já era melhor, foi pintada.
Em 2013, percebia-se que nem Rechan escapava da violência
urbana. As portas e janelas da estação estavam
com grades. O correio funcionava ali também. O pátio,
sem nenhum desvio mais, era um campo de futebol de várzea.
Em 2023, em boa conservação externa, parecia estar abrigando órgãos da prefeitura do município.
ACIMA: O drama da vila de Rechan em 1948, com seus
trens saindo para a sede do município - Itapetininga - somenta
a altas horas da noite (Folha da Manhã, 19/12/1948).
ACIMA:
A estação de Rechan (à esquerda, à direita
era o pequeno armazém) já não tinha mais desvios
em 1998 (Foto Carlos R. Almeida, 16/4/1998).
ACIMA:
A estação de Rechan em julho de 2023 (Foto: Vitor Hugo Langaro).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 1998 e 2013; Carlos Almeida, 1998; Vitor Hugo Langaro, 2023; Carlos
R. Almeida; Decio Marques; Adriano Martins, 2002; Folha da Manhã,
1948; E. F. Sorocabana: relatórios oficiais, 1900-69; IBGE,
1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Rechan em 13/05/1998. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
Estação de Rechan em 13/05/1998. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
O armazém da estação, em 08/2002. Foto
Adriano Martins |
Passagem de nível junto à estação
em Rechan, em 08/2002. Foto Adriano Martins |
A estação de Rechan, pichada e abandonada, em
08/2002. Foto Adriano Martins |
Estação, à esquerda, e o armazém,
à direita, em 2004. Foto Decio Marques |
O pátio (Estação e armazém) visto
da entrada da vila em 9/2/2013. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 9/2/2013. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Atualização:
04.08.2023
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