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E. F. do Amapá
(1957-2015) |
PORTO
PLATON
Município de Macapá, AP |
Linha-tronco - km 108,7 (1999) |
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AP-4543 |
Altitude: 66,392 m |
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Inauguração: 1957 |
Uso atual: estação ferroviária |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1957 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. do
Amapá foi aberta em 1957 ligando a capital do então
Território Federal do Amapá a Serra do Navio. É
desde então uma ferrovia isolada, que não tem qualquer
entroncamento com outras ferrovias brasileiras. Além disso,
é uma das raríssimas ferrovias em solo brasileiro com
bitola standard (1,44 m). Fechou para trens de passageiros e cargueiros em março de 2015 e desde então está abandonada. |
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A ESTAÇÃO: A estação
do Porto Platon foi inaugurada em 1957.
Segundo o jornal Folha da Manhã
de 22/9/1957, a estação era uma construção
provisória e ficava no km 130 (hoje está no km 108)
e era a única estação no percurso (sem contar
a inicial e a terminal), o resto eram apenas paradas.
Um relato de
1999 mostra mais alguma coisa sobre a estação, quarenta
e dois anos mais tarde: "Chegamos
a Porto Platon, onde se faz uma parada de dez minutos para os passageiros
lancharem e a equipagem apanhar nova licença para o trem. Há ali dois
desvios, sendo um deles sem saída e o outro se encontra cortado nas
duas extremidades, onde a composição dos vagões AVP (alojamento da
via permanente) se encontra estacionado. Tais vagões são diferentes
dos que estamos acostumados a ver. Ao que parece, foram montados sobre
vagões plataformas. Eles têm o estrado semelhante ao dos carros de
passageiros, formado por uma longarina central unindo os dois truques.
Estes apresentam a inscrição “Symington” e são antigos do tipo mancal.
Não há indicação do fabricante do vagão nem data. O formato do alojamento
é diferente, parecidos mesmo com uma casa quando vista de perfil e
que constitui uma característica interessante, pois a maioria dos
vagões alojamento é do tipo box. Eles possuem o revestimento externo
em forma de ripas espaçadas cerca de quatro centímetros uma das outras.
Um revestimento interno impede a visão do interior. Fotografei-os
de todos os ângulos onde o sol permitiu. A estação é semelhante à
de Santana e muitos moradores montam pequenos tabuleiros ao longo
da linha a fim de venderem alimentos aos passageiros. O rio Amapari
passa a cerca de 30 metros da linha e pude observar que pessoas de
regiões distantes, como Macapá, vão até lá se banharem em suas águas (Pedro Paulo Rezende, 01/1999).
Em março de 2015, a ferrovia parou de funcionar. Depois disso, ainda não houve nenhum sinal de
reativação.
ACIMA:
Trem de Passageiros em Porto Platon (Foto Pedro Paulo Rezende, 01/1999).
ACIMA:
Patio da estação já nos anos 2000 (Autor desconhecido).
ACIMA: Patio de Porto Platon com estação e casas em ruínas (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
ACIMA: Vagões abandonados no patio (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
ACIMA: Carro de linha da E. F. Amapá em Porto Platon (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
ACIMA: Interior de carro da E. F. Amapá em Porto Platon (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Alan Kardec; Antonio C. Santos; Folha
da Manhã, 1957; Guia Levi, 1955-80) |
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A estação em 1957. Ao lado, um bagageiro e dois
carros de segunda classe da E. F. Amapá (Folha da Manhã,
22/9/1957) |
A estação em 4/10/2009. Foto Antonio C. Santos |
A estação em 2014, ainda com trens servindo-a. Foto Alan Kardec |
A estação em ruínas. Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018
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A estação em ruínas. Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018 |
A estação em ruínas e o auto de linha abandonado. Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018 |
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Atualização:
04.11.2018
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