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E. F. do Amapá
(1957-) |
SANTANA
Município de Macapá, AP |
Linha-tronco - km 0 |
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AP-4541 |
Altitude: 12,190 m |
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Inauguração: 1957 |
Uso atual: abandonada (2018) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. do
Amapá foi aberta em 1957 ligando a capital do então
Território Federal do Amapá a Serra do Navio. É
desde então uma ferrovia isolada, que não tem qualquer
entroncamento com outras ferrovias brasileiras. Além disso,
é uma das raríssimas ferrovias em solo brasileiro com
bitola standard (1,44 m). Fechou para trens de passageiros e cargueiros em março de 2015 e desde então está abandonada. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Santana foi inaugurada em 1957.
"Quando eu estive na E. F. Amapá, no início dos anos 1970, a
serviço do GEIPOT, hospedado na "very american" guest house, com todo
conforto e boa comida, vi em Porto Santana esses mesmos carros de
passageiros, aqui em foto, só que, em vez de escrito "E. F. Amapá",
eram de cor verde escura, e o nome da ferrovia era "THE NEW YORK,
NEW HAVEN AND HARTFORD RAILROAD CO." (Leonardo Bloomfield,
4/2014).
"Vista da estrada, a estação fica escondida atrás
de umas poucas casas humildes, que depois vim saber se tratarem de
um comércio destinado a servirem os passageiros da ferrovia. O prédio
da estação é pré-moldado em chapas de aço. Trata-se de dois cômodos
separados um do outro e ligados por 4 um telhado comum. Sob este,
várias redes estavam estendidas, onde passageiros dormiam aguardando
a partida do trem no dia seguinte. Animais de pequeno porte estavam
em caixotes ou amarrados nos esteios da estação. Havia muita mercadoria
na plataforma à espera de ser embarcada no trem: sacos de grãos, caixotes
de tamanhos diversos - que continham ferramentas destinadas às lavouras
da região - botijões de gás, etc. A cena que se descortinava frente
a meus olhos me lembrava antigos vídeos de ferrovias peruanas e bolivianas,
onde o trem transporta de tudo um pouco. Alguns índios também aguardavam
o trem. Segundo soube depois, a terra deles situa-se muito além da
Serra do Navio, onde uma condução da FUNAI os aguardava e os transportava
até certo ponto da floresta, prosseguindo eles depois a pé. As malas
que eles tinham em sua bagagem impressionaram a todos os tripulantes
do trem no dia seguinte, pois eram dos modelos mais caros observados
nos grandes aeroportos do país. A bagagem contrastava com a vestimenta
humilde dos donos. Provavelmente foram vítimas de algum comerciante
esperto"
(Pedro
Paulo Rezende, 1/1999).
Em março de 2015, a ferrovia parou de funcionar. Depois disso, ainda não houve nenhum sinal de
reativação.
Em 2026 a estação
estava abandonada e seu interior destruído, com móveis
quebrados e papelada jogada pelo chão.
ACIMA: Locomotiva GM SW1200 n. 1 com o trem de passageiros
no pátio da estação Santana (Foto Pedro Paulo Rezende, 01/1999).
ACIMA:
Horários dos trens - eram três trens diários,
ida e volta. Na data da foto os trens já não funcionavam mais (Foto Silvio Rizzo, 5/12/2016).
ACIMA:
Vagões-tanques abandonados no pátio desativado de Santana (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
ACIMA:
Trilhos cobertos por terra e mato no pátio desativado de Santana (Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018).
(Fontes: Silvio Rizzo; Leonardo Bloomfield; Pedro Paulo Rezende; Guias
Levi, 1955-80) |
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A estação em 1/1999. Foto Pedro Paulo Rezende |
A estação em 5/11/2016. Foto Silvio Rizzo |
A estação em 5/11/2016. Foto Silvio Rizzo |
A estação em 5/11/2016. Foto Silvio Rizzo |
A estação abandonada. Foto Eduardo Margarit em outubro de 2018 |
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Atualização:
04.11.2018
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