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E. F. Bragança
(1897-1965) |
IGARAPÉ-AÇU
Município de Igarapé-Açu,
PA |
E. F. Bragança - km 111,060 (1960) |
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RS-4153 |
Altitude: 39 m |
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Inauguração: 1897 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: Em 1616,
quando Francisco Caldeira Castelo Branco aportou em Belém,
já lá encontrou comerciantes batavos e ingleses. Com a cidade já estabelecida,
açorianos também ali se instalaram e com isso outros núcleos foram
surgindo, como Souza do Caeté, a futura Bragança. Para prover o abastecimento
da região, já existia a cidade de São Luiz, no Maranhão, mas as comunicações
por mar, por terra e por via fluvial eram difíceis. Ao longo do caminho,
formaram-se pequenos povoados, como Castanhal, Igarapé-Açu, Timboteua
e Capanema. Somente no último quarto do século 19 é que o Governo
Provincial resolveu-se pela construção de uma estrada de ferro na
região, quando esta já tinha produção agrícola razoável, mas uma imensa
dificuldade de escoamento. A ferrovia deveria ligar Belem a São
Luiz. Em 1870 já havia negociações nesse sentido. Após várias
demoras e desistências, a obra começou em meados de 1883. Em 24 de
junho de 1884 foi inaugurado o trecho inicial até a colônia de Benevides
e em 1885, a Apeú. O trecho seguinte até Jambu-Açu, a 105 km de Belém,
foi completado em 1897. Até 1907, a ferrovia avançou mais 31 km e
em 1908 chegou a Bragança, seu objetivo mais importante: a essa altura,
São Luiz era já um sonho numa estrada que não atingia 300 km de extensão.
A ferrovia, sempre deficitária, tentou-se arrendar em 1900, mas, como
o desenvolvimento na região por ela percorrida compensava os prejuízos,
resolveu-se por um empréstimo externo no valor de 650 mil libras esterlinas.
Finalmente, em 1923, a ferrovia foi repassada para a União e o Estado
tornou-se seu arrendatário até 1936. A partir daí, passou de vez para
administração federal. Em 1965, em péssimas condições de operação,
fechou de vez. |
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A ESTAÇÃO: Igarapé-Açu
passou a constituir ponta de trilhos a partir de 1897, quando a marcha
da estrada de ferro sofreu nova interrupção. A cidade
se originou a partir da colônia de Jambu-Açu,
que começou a ser instalada em 1895.
A colônia de Igarapé-Açu cresceu
com a chegada dos trilhos da E. F. Bragança. A sua função
de (estação de) centro era reforçada ainda pelo fato de ser o entroncamento
com o ramal do Prata. O município foi criado em 1906.
O município - e provavelmente a estação também
- chamou-se João Pessoa de 1931 a 1938.
Em Igarapé Açu havia troca de locomotiva, botava água e lenha no horário do almoço. Os dos comboios cruzavam lá: "Finalmente, a menina que ia de Belém chegava à sua terra,
a formosa Igarapé-Açu, já por volta de 11 horas. Ali, a parada era
de 30 minutos para que os passageiros, saltassem e almoçassem. Os
hotéis ficavam próximos à estação e com 20 minutos de parada tocava
a sineta da estação avisando os que haviam saltado para se apressarem.
Antes de entrar na cidade, havia uma ponte de ferro, sobre um igarapé"
(Júlia, a "Julinha", 80 anos em 2003, Professora da UFPA).
A estação
foi demolida depois da desativação nos anos 1960.
E em seguida a prova de que a antiga estação
já foi para o chão: "No local onde era a estação
agora é, ao que me pareceu, um cruzamento, na frente da igreja. Do
outro lado o antigo Mercado Municipal, cercado por tapumes e com uma
placa ainda do governo estadual anterior. A estrutura continua a mesma.
Igarapé-Açu era mais ou menos a metade da viagem do trem, que saía
de Bragança cinco da manhã. Os passageiros almoçavam aqui no Mercado.
Alguns. Outros preferiam trazer o almoço de casa. Em latas de leite
Ninho. Família pequena, uma ou duas latinhas. Família grande, uma
latona. Dentro, no mais das vezes, farinha d'água e carne assada,
da melhor qualidade. Quem não trazia comida encarava o boião do Mercado.
Que virava um formigueiro de gente apressada para engolir o que fosse
possível antes do trem apitar e provocar uma debandada geral rumo
aos vagões. Desejo boa sorte para o Mercado Municipal, que tenta ser
um centro cultural. Sorte que faltou para a velha estação do trem"
(José Maria Quadros de Alencar: Blog do Alencar, 23/01/2008).
ACIMA: Avenida Barão do Rio Branco, em Igarapé-Açu.
Certamente ao lado da estação, já que os trilhos
estão com desvios no seu leito e o local com as duas pessoas
aparenta ser uma plataforma de estação. Será
mesmo? (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE,
vol. XIV, 1957, p. 376).
(Fontes: José Maria Quadros de Alencar:
Blog do Alencar, 2008; IBGE: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1957; IBGE: Revista Brasileira de Geografia, julho-setembro
de 1961; IBGE: site; Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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Atualização:
18.11.2018
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