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E. F. Bragança
(n/d-1965) |
JAMBU-AÇU
Município de Igarapé-Açu,
PA |
E. F. Bragança - km 103,570 (1960) |
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RS-4168 |
Altitude: 20 m |
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Inauguração: n/d |
Uso atual: desconhecido |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Em 1616,
quando Francisco Caldeira Castelo Branco aportou em Belém,
já lá encontrou comerciantes batavos e ingleses. Com a cidade já estabelecida,
açorianos também ali se instalaram e com isso outros núcleos foram
surgindo, como Souza do Caeté, a futura Bragança. Para prover o abastecimento
da região, já existia a cidade de São Luiz, no Maranhão, mas as comunicações
por mar, por terra e por via fluvial eram difíceis. Ao longo do caminho,
formaram-se pequenos povoados, como Castanhal, Igarapé-Açu, Timboteua
e Capanema. Somente no último quarto do século 19 é que o Governo
Provincial resolveu-se pela construção de uma estrada de ferro na
região, quando esta já tinha produção agrícola razoável, mas uma imensa
dificuldade de escoamento. A ferrovia deveria ligar Belem a São
Luiz. Em 1870 já havia negociações nesse sentido. Após várias
demoras e desistências, a obra começou em meados de 1883. Em 24 de
junho de 1884 foi inaugurado o trecho inicial até a colônia de Benevides
e em 1885, a Apeú. O trecho seguinte até Jambu-Açu, a 105 km de Belém,
foi completado em 1897. Até 1907, a ferrovia avançou mais 31 km e
em 1908 chegou a Bragança, seu objetivo mais importante: a essa altura,
São Luiz era já um sonho numa estrada que não atingia 300 km de extensão.
A ferrovia, sempre deficitária, tentou-se arrendar em 1900, mas, como
o desenvolvimento na região por ela percorrida compensava os prejuízos,
resolveu-se por um empréstimo externo no valor de 650 mil libras esterlinas.
Finalmente, em 1923, a ferrovia foi repassada para a União e o Estado
tornou-se seu arrendatário até 1936. A partir daí, passou de vez para
administração federal. Em 1965, em péssimas condições de operação,
fechou de vez. |
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A ESTAÇÃO: "(Depois
de São Francisco do Pará) parava-se também na vila do
Jambu-Açu, caso tivesse passageiro, para embarque ou desembarque"
(Júlia, a "Julinha", 80 anos em 2003, professora da
UFPA). Mas como estará Jambu-Açu hoje,
em 2008? "Uma capelinha abandonada sugere que melhores tempos
já teve a religião neste trecho, que fica perto de Jambu-Açu, onde
chego logo depois. Na entrada da vila, à direita, está a ponte de
ferro, impávido colosso. Na cabeceira de quem chega, o aterro foi
desmontado pelas obras da rodovia nova, exibindo as longarinas da
ponte, que ficavam enterradas. Na outra cabeceira, o aterro também
foi desmontado, mas não dá para ver as longarinas. A ponte está intacta.
Jambu-Açu era homenageada com seu nome em uma das locomotivas a vapor.
Para meu gosto de criança, era a mais feia delas. Horrorosa. De meter
medo. Não sei por que, mas metia. Acho que era porque expelia água
por um dreno logo abaixo da janela do maquinista. Não sei que fim
levou essa e outras locomotivas" (José Maria Quadros
de Alencar, Blog do Alencar, 23/01/2008). (Fontes: Revista
Brasileira de Geografia, julho-setembro de 1961; Guia Geral de Estradas
de Ferro do Brasil, 1960) |
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Atualização:
03.03.2014
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