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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1917-1971)
FEPASA (1971-1980) |
CAMAQUÃ
Município de Rio Claro, SP |
Linha-tronco - km 148,780 (1958) |
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SP-0730 |
Altitude: 634 m |
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Inauguração: 10.09.1918 |
Uso atual: abandonada (2001) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1918 |
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HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco
da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas,
em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois
continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu
por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos
(1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz
(1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio
Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929),
chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou.
Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros
trafegaram pela linha até março de 2001, nos últimos
anos apenas no trecho Campinas-Araraquara. |
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A ESTAÇÃO: Batovi,
Itapé, Graúna e Ubá foram as estações colocadas entre
Rio Claro e Itirapina na construção do tronco novo da
Paulista que substituiu a linha de Analândia em 1916.
Esta estação foi construída um pouco depois das outras três,
já em 1918, para atender ao pessoal do Horto à sua volta.
A
estação terminou por ficar fora da linha, com a nova linha construída
pela já FEPASA também entre Rio Claro e Itirapina em 1976. Ela foi substituída por Camaquã-nova, na
variante Santa Gertrudes-Itirapina, de 1976-80.
Em 1998, a estação
e prédios anexos estavam em ruínas, em local
de dificílima localização, no meio do horto de Camaquã, da
FEPASA. O acesso, por estradas de terra estreitas e geralmente alagadas,
era bastante difícil em 1998, quando ali estive.
Na foto de 1998, abaixo, pode-se ver o mato que aparece à frente das
ruínas e que cresceu no antigo leito da linha, vivendo constantemente
alagado.
"Fui no Horto de Rio Claro ontem e foi uma visita muito
agradável. Conversei com um funcionário antigo de lá, que me disse
que veio transferido de Camaquan em 1943. Ele disse que a Paulista
comprou a fazenda de Camaquan, que na época estava desmembrada em
diversos sítios e era herança deixada por um alemão (não me recordo
do nome). A viúva vendeu tudo para a Paulista e foi pra São Paulo.
Ele disse que ali era uma verdadeira cidade, tinha uma boa escola,
comércio e muitas, muitas casas de colônia. A sede era do lado da
estação. Algumas casas cederam lugar aos eucaliptos e as outras foram
tomadas por sem-terra. Aliás, Camaquan foi toda invadida por sem-terras"
(Rodrigo Cabredo, novembro de 1998).
A invasão da fazenda por sem-terras tornou o acesso ao seu interior muito mais difícil depois de minha visita de 1998. Não se tem ideia de o que restou das construções desse pásio e mesmo do pátio da estação nova de 1980.
(Veja também CAMAQUÃ-NOVA)
ACIMA: Em 25 de março de 1976, a Russa passa pelo
pátio da velha Camaquã (Foto José R. Pascon). |
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Colocação de desvios no pátio da nova estação
em Camaquan, em 1918. Foto Filemon Peres |
A estação em 1986, já no abandono e sem
trilhos. Relatório da Fepasa, 1986 |
Em 15/04/1998, o abandono está mais acentuado em local
de difícil acesso. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Casa ao lado da subestação, 10/2001. Foto Edson
Castro |
A subestação, completamente abandonada, 10/2001.
Foto Edson Castro |
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Atualização:
24.05.2019
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