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VXY Mogiana em MG
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Teodoro Sampaio
Engenheiro Lycio
Engenheiro Bráulio
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ramal de Dourados-1970
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Sorocabana (1965-1971)
FEPASA (1971-c.1988)
ENGENHEIRO LYCIO
Município de Teodoro Sampaio, SP
Ramal de Dourados - km 846,842 (1986)   SP-0305
Altitude: -   Inauguração: 18.09.1965
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1965
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Dourados foi projetado em 1953 para chegar a Dourados e Ponta Porã, no hoje Mato Grosso do Sul, e aproveitar o potencial madeireiro da região ainda desabitada, para seu transporte mais fácil para os grandes centros. Somente em 1958 a linha foi aberta em seu primeiro trecho até Engenheiro Murgel. Em 1960 chegou a Teodoro Sampaio, para somente em 1965 atingir o que viria a ser seu ponto final, Euclides da Cunha, ainda no Estado de São Paulo. Os trens de passageiros trafegaram até outubro de 1978, quando foram suprimidos. Os cargueiros, depois de dois anos de interrupção voltaram a trafegar em 1980, mas em 1986 a linha para além de Pirapozinho já estava completamente desativado. Em 1988 todo o ramal estava desativado, e em 1998 os trilhos foram retirados.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 1965. Era uma parada, com uma construção de madeira, que ficava dentro da reserva do Parque Estadual do Morro do Diabo. No dístico estava escrito Parada Engenheiro Lycio.

"Consistia numa parada de serviço com um galpão, uma cozinha e uma área de serviço, que, quando em funcionamento, diga-se de passagem, ensejava a que os próprios funcionários da empresa colaborassem com a depredação da fauna do local. Hoje ela se encontra em total abandono, coberta pela mata e servindo de vivenda a animais e répteis." (do relatório de Lúcio F. M. Adorno, UNESP, 1988
).

Em 1984, seis anos após o fim do trem de passageiros e já sem trens de cargas, o jornal O Estado de S. Paulo descrevia que "As estações de Engenheiro Braulio e Engenheiro Lycio possuem característica diferente (das outras do ramal). Ficam no meio da reserva florestal do Morro do Diabo, podendo-se durante o dia contemplar o pico da elevação de 1.400 metros. Rastros de antas, veados, jaguatiricas,queixadas, cachorros-do-mato e lagartos revelam a variedade e riqueza da fauna na área".

Não se sabe a situação do local em 2020. Os trilhos do ramal foram retirados por volta de 1998, dez anos depois do relato, mas curiosamente, no parque do Morro do Diabo eles ainda estavam por ali.


ACIMA: Esta foto foi tirada, provavelmente nos anos 1960, numa das estações do Parque do Morro do Diabo: seria Engenheiro Lycio ou Engenheiro Braulio? Ambas foram inauguradas com a linha que por ali passou a partir de 1965. Notar a estação à direita, com acesso à plataforma de madeira com uma escada também de madeira (Autor desconhecido).

ACIMA: Pátio ainda com a linha principal e um desvio da estação de Engenheiro Lycio, em março de 2014. Incrível: os trilhos ainda sobrevivem ali depois de quase 30 anos (Foto Fabio Branquinho).

(Fontes: J. C. Cardoso; Rodrigo Mazzaro Gomes; O Estado de S. Paulo, 1984; Lúcio F. M. Adorno: Relatório do Ramal de Dourados, 1988; Mapa - acervo R; M; Giesbrecht)
     

A estação de madeira, ainda com o dístico e coberta de mato, em 1988. Foto do relatório de Lúcio Adorno, UNESP, 1988

Na foto ao lado, de 2002, tirada no local da antiga estação, os trilhos ainda estão por ali. Porém, devido ao pequeno tamanho, não se pode concluir o que seria o objeto próximo à linha, no centro da foto. O que sobrou da estação? Foto Rodrigo Mazzaro Gomes
     
     
Atualização: 06.05.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.