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E. F. Sorocabana (1960-1971)
FEPASA (1971-c.1988)
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TEODORO
SAMPAIO
Município de Teodoro Sampaio, SP |
Ramal de Dourados - km 833,016 (1986) |
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SP-2930 |
Altitude: - |
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Inauguração: 01.08.1961 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1960 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Dourados foi projetado em 1953 para chegar a Dourados e Ponta Porã,
no hoje Mato Grosso do Sul, e aproveitar o potencial madeireiro da
região ainda desabitada, para seu transporte mais fácil para os grandes
centros. Somente em 1958 a linha foi aberta em seu primeiro trecho
até Engenheiro Murgel. Em 1961 chegou a Teodoro Sampaio, para somente
em 1965 atingir o que viria a ser seu ponto final, Euclides da Cunha,
ainda no Estado de São Paulo. Os trens de passageiros trafegaram até
outubro de 1978, quando foram suprimidos. Os cargueiros, depois de
dois anos de interrupção voltaram a trafegar em 1980, mas em 1986
a linha para além de Pirapozinho já estava completamente desativado.
Em 1988 todo o ramal estava desativado, e em 1998 os trilhos foram
retirados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Teodoro Sampaio foi aberta em 1961, como ponta de linha
do ramal (que foi até até setembro de 1965, quando foi
aberto o trecho até Euclides da Cunha). Entretanto,
houve uma inauguração anterior do ramal, em 17/9/1960,
mas feita em Presidente Prudente, quando se inaugurou o trecho
até Teodoro Sampaio.
Os trens realmente só começaram
a circular em 1/8/1961. Como todas as estações do ramal,
era de madeira. Afinal, a região era abundante nisso e o próprio
ramal existia para o seu transporte.
A cidade de Teodoro Sampaio
já existia antes da estação, como um distrito
afastado do município de Presidente Wenceslau e foi construída
para receber o ramal, que, afinal, acabou demorando mais tempo do
que se esperava para atingi-la, uma vila fundada no início dos
anos 1950 em terras da Fazenda Cuiabá.
Depois da supressão
dos trens de passageiros, no final do ano de 1978, os trens de carga
ainda trafegaram até Euclides da Cunha por mais dois
anos, depois nunca mais. O abandono da estação chegou
para toda a vila ferroviária. Esta se compunha, além
da estação, de duas caixas d'água, algumas casas
para empregados, uma guarita, abrigos de turma, e um grande armazém
de alvenaria, que, apesar de ter servido para o serviço
de salvamento da fauna na época do represamento para a usina
de Rosana, nos anos 1980, voltou ao abandono (ver caixa abaixo, de 1978). Esta era a situação
no ano de 1988.
As fotos abaixo são de má qualidade,
mas foi o que se pôde arrumar.
Um relato mais recente mostra
o atual estado do pátio, cuja estação foi demolida:
"Fui sair próximo a Teodoro Sampaio e num certo ponto
a estrada cruza o leito da EFS. Você vê que era uma linha moderna
com grandes retas. Em meio a muitos assentamentos, a rodovia vai margeando
o antigo leito da ferrovia e ainda é possível avistar o lastro de
pedra e alguns bueiros em concreto, sempre margeando a uma certa distância
o Paranapanema. Estive no local da estação de Teodoro e fotografei.
O cenário é desolador. Uma plataforma pequena já sem a antiga estação
em cima e um enorme armazém em alvenaria de tijolos aparentes, em
ruínas, com uma extensa plataforma. Não há vestígios de qualquer outra
construção da ferrovia, cujo pátio foi cercado e convertido em pasto.
O local fica isolado da cidade, a uns 2 km do centro. Tem asfalto
saindo do largo da estação até uns 500 metros, depois o caminho é
de terra até uma avenida que conduz ao centro. Poucos se recordam
da ferrovia. Os que se lembram falam com saudades do trenzinho que
ia até Prudente" (Rodrigo Cabredo, 06/2001).
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AO LADO: Teodoro Sampaio (1855-1927), o homem (Folha de S. Paulo. anos 1960). |
ACIMA: Reportagem sobre a inauguração
da estação de Teodoro Sampaio em 1o de agosto de 1961 (Jornal desconhecido).
ACIMA: O primeiro trem na estação.
Inauguração, 1961 (Acervo Memorial Teodoro Sampaio).
ACIMA: Patio da estação de Teodoro Sampaio em 1978 - CLIQUE SOBRE O DESENHO PARA VÊ-LO EM MAIS RESOLUÇÃO (Lucio Flauio Marini Adorno: O Sistema viario do Portal do Paranapanema: O Ramal de Dourados, 1988).
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1978
AO LADO: Ofim dos trens no ramal - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA LER A REPORTAGEM INTEIRA (O Estado de S. Paulo, 09/12/1978).. |
(Fontes: J. C. Cardoso; Rodrigo Cabredo;
Memorial Teodoro Sampaio; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais,
1940-69; Lúcio F. M. Adorno: O Ramal de Dourados, 1988; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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Inauguração da estação, em 1960,
com festas. Foto cedida por Rodrigo Cabredo |
Inauguração da estação, em 1960,
com festas. Acervo Memorial Teodoro Sampaio |
A estação de Teodoro Sampaio em 1971. Foto J.
C. Cardoso |
Estação abandonada (1988). Foto L. F. M. Adorno |
Esquema da esplanada da estação, 1988. Desenho
de O ramal de Dourados, L. F. M. Adorno, 1988 |
A plataforma da estação foi o que restou, com
o esqueleto do armazém ao fundo, em 07/2001. Foto Rodrigo
Cabredo |
Esqueleto do armazém da estação de Teodoro
Sampaio, 07/2001. Foto Rodrigo Cabredo |
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Atualização:
10.10.2022
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