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VXY Mogiana em MG
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Pai Pedro
Catuti
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Linha do Centro - 1931
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Central do Brasil (1947-1975)
RFFSA (1975-1996)
CATUTI
Município de Catuti, MG
Linha do Centro - km 1.328,874 (1960)   MG-3205
Altitude: 502 m   Inauguração: 10.09.1947
Uso atual: reformada em 2020   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1947
 
 
HISTORICO DA LINHA: Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Catuti foi inaugurada em 1947.

"Catuti tem na administração local a maior liderança na preservação ferroviária e no movimento de retorno dos trens de passageiros e a estação está aos poucos sendo reformada pela prefeitura com recursos próprios e consentimento da FCA e poderá se transformar no primeiro museu ferroviário no norte de Minas Gerais; para isso recebera estrutura de isolamento da plataforma com telas e outras medidas de segurança, preservando os usuários do movimento dos trens de cargas que transitam diariamente cortando aquela cidade" (Alberto Fernandes de Oliveira, 2005).

"Com 7 anos, saí de Catuti para São Paulo. Lá se vão quase 32 anos. Lembro-me de chegarmos à estação de Catuti, eu, minha mãe e meus irmãos, numa carona e quando descemos havia um verdadeiro mercado a céu aberto. Vendia-se de tudo um pouco e as pessoas, que eram muitas, se preparavam para a chegada do trem que nos levaria para longe. E assim foi. De lá até São Paulo, foram dois dias e duas noites inteiras. É muita viagem, mas eu me diverti muito. Cruzei Minas Gerais de norte a sul: caatinga, cerrado, gerais, cidades e estações que não acabavam mais. Eu fazia o caminho de Guimarães Rosa e Fernão Dias ao contrário, só que na cabine de um trem. Por falar em cabine, eu adorava o tal do vagão restaurante e andar pelo trem em movimento, muito divertido. Nunca mais andei de trem, mas aquela sensação nunca mais saiu de mim" (Aroldo Narciso, 07/2007).

Em janeiro de 2008, a reforma estava bastante adiantada: "Dentro de 30 dias a reforma do prédio estará pronta e continuaremos com a construção de uma praça na frente da estação, cuja área já esta nivelada e patrolada. No prédio funcionara um pequeno museu ferroviário com equipamentos do setor que estamos recolhendo na região, uma biblioteca com mais de três mil títulos que estão sendo adquiridos principalmente por amigos em campanha no Estado de São Paulo e ainda um espaço sobre a vida e musicas de Tião Carreiro que nasceu nas proximidades e morou em Catuti. O espaço cultural recebeu o nome, aprovado em Lei municipal, Estação Cultural Tião Carreiro" (Alberto de Oliveira, 22/01/2008)

A estação em 2020 havia sido reformada pela administração municipal externa e internamente para implantação um museu ferroviário.
     

A estação de Catuti, em 2005. Foto Alberto Fernandes de Oliveira

A estação de Catuti em 01/2008. Foto Alberto de Oliveira

A estação de Catuti em 01/2008. Foto Alberto de Oliveira

A estação de Catuti em 21/4/2020. Foto Jonas

A estação de Catuti em 5/5/2020. Foto Alberto Bouchardet
 
     
Atualização: 16.08.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.