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E. F. Central do
Brasil (1904-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CORDISBURGO
Município de Cordisburgo, MG (veja
a cidade) |
Linha do Centro - km 743,467 (1928) |
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MG-0418 |
Altitude: 716 m |
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Inauguração: 05.08.1904 |
Uso atual: Museu Guimarães Rosa (2022) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Cordisburgo foi inaugurada em 1904.
"É a porta de entrada para a Gruta de Maquiné. Está
bem, assim, porque a FCA mantem lá uma turma de manutenção e tambem
porque houve alguma vontade política do municipio em conservar o patrimônio.
Um outro edificio, possivelmente um armazém, também
foi reformado. A mesma sorte não tiveram a casa do agente, invadida,
seis ou sete casas de turma, abandonadas e mais um prédio com um pé
direito enorme. Está com as portas e janelas arrancadas"
(Gutierrez L. Coelho, 2003).
"A FCA usa o espaço da estação, mas não cuida do prédio.
Há sinais de depredação no prédio da estação e nos demais da antiga
EFCB naquela área. A Turma do Km 743 foi totalmente depredada. Restam
só paredes daquilo que foram residências de trabalhadores que cuidavam
da linha. As operadoras modernas alegam que não precisam mais desse
tipo de trabalhador. As linhas, antes tão limpas e asseadas, hoje
estão tomadas pelo mato e lixo. O que interessa é o trem circular,
nada mais. O povo é que se cuide com a dengue, baratas e ratos provenientes
da área da linha. Notem que a FCA faz muita propaganda sobre programas
de gerenciamento e otimização das operações, mas desperdiça material
caro. O material que antes a RFFSA e EFCB guardava em almoxarifados,
hoje é largado na beira da linha. Notem as placas de apoio e sacos
com pregos de linha abandonados no pátio" (Pedro Paulo
Rezende, 20/1/2009).
Em 2022 a estação abrigava o Museu Guimarães Rosa.
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1924
AO LADO: Acidente próximo à estação
(O Estado de S. Paulo, 10/9/1924).
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1931
AO LADO: Acidente entre a estação e a de
Aporá (e não Araçá) (O Estado
de S. Paulo, 1/2/1931).
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ACIMA: Choque de locomotivas na estação de Cordisburgo, em 1936, aqui escrita como "Codsburgo" - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA LER A REPORTAGEM TODA (Correio de S. Paulo, 27/6/1936).
ACIMA: A estação e o pátio
de Cordisburgo e a parte mais próxima da cidade, em mapa de
1941. O círculo indica a localização da igreja
mais antiga da cidade (Revista Brasileira de Geografia, jul-set 1941,
p. 576).
ACIMA: A estação, o patio e a cidade em 1969 (Revista Manchete).
ACIMA: A estação com uma locomotiva
da VLI (ou VL!), ex-FCA, em fevereiro de 2013 (Foto Lucas Gustavo).
(Fontes: Alejandro Polvorines; Gutierrez
L. Coelho; Elias Torrent; Valerio Vilela; Lucas Gustavo; Pedro Paulo
Rezende; João Pires Barbosa Filho; Wanderley Duck; O Estado
de S. Paulo, 1924; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação,
1928; Revista Brasileira de Geografia, jul-set 1941; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
11.07.2022
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