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E. F. Central do
Brasil (1906-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CORINTO
(antiga CURRALINHO)
Município de Corinto, MG |
Linha do Centro - km 852,172 (1928) |
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MG-0417 |
Altitude: 607 m |
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Inauguração: 15.03.1906 |
Uso atual: FCA (2009) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Corinto foi inaugurada em 1906 com o nome de Curralinho.
Na época, ponta de linha da Linha do Centro, acabou
sendo mais tarde o ponto de partida para o prolongamento da linha
para Pirapora, depois ramal de Pirapora, e para o ramal
de Diamantina, além de dali ter partido o trecho para Montes
Claros, incorporado mais tarde à Linha do Centro.
Em 1923, a estação tomou o nome atual, quando foi elevada
a município, tendo sido a mudança de nome motivada por
cacófato do nome original, segundo Max Vasconcellos.
A cidade cresceu por ser um entroncamento de três linhas e por
possuir uma oficina da Central, depois da RFFSA, atividade que se
mantinha até 2009.
"É grande o movimento em torno da área em que se situaa estação ferroviária, com seus pequnos hotéis e pensões que servem aos elementos de passagem pela cidade. A ausência de carros-restaurantes nas linhas de bitola estreita da Central do Brasilfez de Corinto, também, um ponto de refeições" (IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume xx, 1960, p. 161).
Nos anos 1970, o ramal de Diamantina foi desativado, mas o
entroncamento se manteve devido ao ramal de Pirapora continuar
ativo para passageiros até 1978 e, depois, somente para cargueiros.
"Parece já claro para todos que a única chance que uma estação
tem de sobreviver é ser ocupada e assim mantida, pela concessionária
da linha. Corinto deu esta sorte, ainda mais agora que teve inicio
a reconstrução do ramal de Pirapora, cujo projeto prevê o uso do pátio
existente na própria estação. Porem, as coisas param por aí. Tudo
o mais, prédios adjacentes, casas, oficinas, tudo, tudo já se foi.
O caso da famosa Oficina de Corinto, erguida pela EFCB, é um exemplo
do estágio que a destruição do patrimônio ferroviário pode chegar.
No lugar de trilhos, locomotivas, carros e vagões ônibus, caminhões,
tratores, escavadeiras, entulho, lixo e mais lixo. Um desrespeito
blasfemo, dá pra um ferroviófilo de coração chorar (veja foto dos
carros do antigo Trem do Sertão). E, o pior de tudo, é irreversível,
acabou, não volta mais" (Gutierrez L. Coelho, 05/2008).
Dois excelentes trabalhos publicados sobre a estação ferroviária de Corinto também podem ser lidos a partir dos links abaixo:
A situação do patrimônio ferroviário da cidade de
Corinto (MG)
Territórios e passagens ferroviárias
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1924
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 11/10/1924).
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1932
AO LADO: Construção de desosito na estação (O
Estado de S. Paulo, 21/4/1932). |
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1934
AO LADO: Choque de locomotivas no patio da estação (O Estado de S. Paulo, 11/5/1934). |
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1939
AO LADO: Acidente na linha que seguia para Montes Claros;
o tráfego ficou interrompido em Corinto em 1939 (O
Estado de S. Paulo, 1/2/1939).
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ACIMA: Passarela de metal na estação de Corinto (Foto Glaucio H. Chaves em novembro de 2018).
ACIMA: A cidade de Corinto, vendo-se o grande
pátio ferroviário, em 1973 (Autor desconhecido).
ACIMA: O que restou dos carros do Trem do Sertão, que
passou por muitos anos em Corinto, ligando Belo Horizonte a Monte
Azul, e que nos últimos anos fazia apenas o percurso Montes
Claros-Monte Azul, até ser extinto, em 1996. Como se pode ver,
ele jaz no pátio de Corinto, ao léu. (Foto Gutierrez
L. Coelho, em 24/5/2008).
ACIMA (esquerda): A única caixa d'água da Central que vi até hoje
no formato redondo mostrado aqui. (direita): O velho logotipo
da Central do Brasil ainda aparece aqui, bem conservado (Fotos Gutierrez
L. Coelho, em 24/5/2008).
ACIMA: Ponte sobre o rio Bicudo em 2022 (Foto Gustavo Maldini em 8/5/2022).
(Fontes: Gutierrez L. Coelho; O
Estado de S. Paulo, 1939; Preserve; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Comunicação, 1928; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960, p. 161; Guia Geral das Estradas de Ferro
do Brasil, 1960) |
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A estação, ainda chamada de Curralinho, sem data.
Foto Preserve |
Pátio de Corinto em 1929. Autor desconhecido |
A estação de Corinto. Ao fundo, a passarela. Foto
Gutierrez L. Coelho, em 24/5/2008 |
A estação, em 24/5/2008. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação, em 10/4/2009. Foto Gutierrez L. Coelho |
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Atualização:
27.07.2022
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