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E. F. Central do
Brasil (1890-1975)
RFFSA (1975-1996) |
RIO
ACIMA
Município de Nova Lima, MG (1890?-1949);
Município de Rio Acima, MG (1949-) |
Linha do Centro - km 551,109 (1928) |
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MG-0514 |
Altitude: 739 m |
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Inauguração: 01.06.1890 |
Uso atual: biblioteca (2005) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Rio Acima foi inaugurada em 1890.
A partir do início dos anos 1960 os trens de subúrbio
de Belo Horizonte também chegavam até esta estação.
Eles foram desativados em 1996.
A
definição de trens de subúrbio, ou metropolitanos,
não é tão precisa para que se possa afirmar realmente
quando começou o serviço de trens de subúrbio
que ligou a estação de Belo Horizonte a Rio
Acima. O fato é que, segundo os guias, em 1932 havia três
trens diários de BH para Lafaiette, numa extensão
até comprida para um subúrbio, de cerca de quase 150
quilômetros. Poderia ser este considerado um subúrbio?
Era um trem parador, que parava em todas as estações
intermediárias, incluindo Rio Acima, havendo ainda 5
trens para Raposos e um para General Carneiro.
O fato é que,
ainda a se acreditar nos guias, o trajeto até 1960 variou muito,
com trens indo até Raposos, até Sabará,
ou até Siderúrgica (já no ramal de
Nova Era), chegando a sete-oito trens diários com diferentes
percursos, mas não mais atingindo Rio Acima, que ficava
duas estações acima de Raposos.
A estação, então, somente era atingida
por trens de longo percurso que paravam na estação com
poucos horários diários. Somente no final dos anos 1950
voltaram os trens para Rio Acima, e para ficar, até
o dia 1o de setemnro de 1996, quando, na modificação
que criou o
Demetrô, a cidade foi "tirada do mapa"
dos trens de subúrbio e de passageiros em geral.
A estação virou museu ferroviário,
estando até 2016 muito bem conservada, depois em 2005 passou
a
abrigar uma biblioteca. A casa do agente da estação,
também restaurada e muito próxima à estação,
era em 2005 a Câmara Municipal da cidade de Rio Acima.
Em 2012 passou a existir ali um trem turístico nos finais de semana, mas em 2023 não tenho informações se ainda existe esse trem, ou se a estação ainda sedia uma biblioteca.
ACIMA:
Ainda pertencente ao município de Nova Lima - na época,
Vila Nova de Lima - as estações de Rio Acima e de Honório
Bicalho são mostradas neste mapa de 1922 (Acervo Ralph
Mennucci Giesbrecht).
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1926
AO LADO: Descarrilamento de trem (O Estado de S. Paulo,
9/2/1926).
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1939
AO LADO: Descarrilamento de trem em Rio Acima (O Estado
de S. Paulo, 21/6/1939).
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ACIMA:
Na estação de Rio Acima, em 1990, o trem de subúrbios
que ia de Belo Horizonte até essa estação (Foto
Hugo Caramuru, 1990).
ACIMA: "Vejam essa ponte ferroviária,
ainda com seus trilhos, na divisa de Rio Acima com Nova Lima. Pena
que não é possível fotografá-la por inteiro por causa da mata que
a cobre. Notem os arcos de tijolos em meio aos pilares de pedra. São
dois vãos separados por um pilar de pedra. Em cada cabeceira, temos
quatro arcos em nível superior, e dois em nível inferior, sob os grandes.
Fantástico! Esse trecho foi o último a ser construído pela Pedro II,
pois data do final de 1888/1889". O trem não passa por
aí há anos. A linha está totalmente abandonada
(Texto entre aspas e foto Pedro Paulo Rezende, outubro de 2009).
ACIMA: Plataforma restaurada da estação de Rio
Acima em 2010 (O Estado de S. Paulo, 20/10/2010)
(Fontes: Marcelo Lordeiro; Coaraci Camargo;
Hugo Caramuru; José E. Buzelin; Gutierrez L. Coelho; Beto Novaes;
O Estado de S. Paulo, 1926, 1939 e 2010; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Comunicação, 1928; O Estado de Minas, 2002; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, sem data. Foto cedida por Marcelo Lordeiro |
A estação em 11/1990. Foto José E. Buzelin |
A estação em 10/2002. Foto Beto Novaes, do jornal
O Estado de Minas |
A estação em 2003. Foto Gutierrez L. Coelho |
A casa do agente da estação, em 02/10/2005, hoje
Câmara Municipal do município de Rio Acima. Foto
Gutierrez L. Coelho |
A casa do agente e sua posição em relação
à estação de Rio Acima, ao fundo. Foto
Gutierrez L. Coelho |
A estação em 3/10/2015. Foto Coaraci Camargo |
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Atualização:
18.02.2023
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