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E. F. Central do
Brasil (1917-1975)
RFFSA (1975-1996) |
GAMELEIRA
Município de Belo Horizonte, MG |
Linha do Paraopeba - km 633,753 (1928) |
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MG-1214 |
Altitude: 860 m |
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Inauguração: 20.06.1917 |
Uso atual: abandonada (2016) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1917 |
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HISTORICO DA LINHA: A linha do
Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão
acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga,
provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de
Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar
pela zona de mineração da Linha do Centro, até
General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira.
Além disso, até então havia baldeação
para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações
principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A
linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho,
foi aberta até a estação de João Ribeiro
em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro
foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente.
Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações
entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali
até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas
de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros
continua intenso até hoje, com a concessionária MRS,
até a estação do Barreiro, próxima a BH,
e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola
mista, métrica e larga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
da Gameleira, aberta com a linha em 1917, hoje está
totalmente abandonada. Existe uma outra estação com
o mesmo nome, bem mais recente e próxima a ela, na linha do
metrô de Belo Horizonte. Essa linha acompanha em grande
parte do seu percurso, as linhas da antiga Central (linha do Paraopeba)
e da RMV (linha de Divinópolis). Aliás, é
justamente num ponto bastante próximo da estação
da Gameleira que as duas linhas, a ex-Central e a ex-RMV, se
separam. O metrô segue acompanhando a linha da MV no sentido
da estação de Eldorado. Iniciadas as obras do
metrô, que vai paralelo à linha até o Barreiro, o telheiro
e a plataforma à frente da estação - que aparece numa das fotos abaixo
- foram removidos. Em janeiro de 2007, uma ação civil
pública obrigou a FCA e a RFFSA (que havia sido extinta dias
antes por medida provisória) a recuperarem a estação
em 20 dias. De acordo com o laudo técnico do IEPHA, o imóvel havia
sofrido uma série de intervenções, dentre elas a destruição parcial
de janelas, paredes e telhado. Entretanto, ainda conservava suas principais
características estilísticas. Em 2016, a estação continuava
abandonada.
ACIMA: Cargueiro da RFFSA passa lentamente em frente
à estação ainda em "boa forma" em 1985
(Autor desconhecido). ABAIXO: O abandono e o descaso em fevereiro
de 2013 (Autor desconhecido).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Alex de Lima; J.
H. Buzelin; Renato Cobucci; O Estado de Minas, 12/2009; J. E. Buzelin;
"Liminar garante preservação da Estação Ferroviária da Gameleira",
25/01/2007; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação,
1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 03/1997. Foto José Emílio
Buzelin |
A estação da Gameleira, c. 1999. Foto Pedro Paulo
Resende |
A estação da Gameleira, c. 1999. Foto Pedro Paulo
Resende |
A estação em 11/2009. Foto Renato Cobucci, de
O Estado de Minas |
A velha estação continua em péssimo estado
em julho de 2016. Foto Alex de Lima |
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Atualização:
30.07.2016
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