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E. F. Central do
Brasil (1925-1975)
RFFSA (1975-1996) |
SOUZA
NOSCHESE
Município de Conceição
do Itaguá, MG |
Linha do Paraopeba - km 584,890 (1928) |
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MG-0221 |
Altitude: 727 m |
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Inauguração: 20.06.1925 |
Uso atual: abandonada (2004) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A linha do
Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão
acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga,
provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de
Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar
pela zona de mineração da Linha do Centro, até
General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira.
Além disso, até então havia baldeação
para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações
principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A
linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho,
foi aberta até a estação de João Ribeiro
em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro
foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente.
Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações
entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali
até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas
de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros
continua intenso até hoje, com a concessionária MRS,
até a estação do Barreiro, próxima a BH,
e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola
mista, métrica e larga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Usina Souza Noschese foi inaugurada em 1925.
Em 1982, a vila era descrita como tendo 20 casas e situada junto
à ferrovia e ao rio Paraopeba (como Inhotim).
Está no centro de grandes jazidas de minério de ferro,
entre as quais a do Candu, aos pés da Serra do Funil. Ao seu
redor, a serra tem os nomes de Farofas, Diabo-os-Leve, Pau de Vinho
e Conquista. A principal atividade, como não poderia deixar
de ser, é a indústria extrativa.
"A plataforma com cobertura em ruínas de Souza Noschese é
tudo o que restou. Meu guia do IBGE aponta como havendo uma estação
no local. Entretanto, uma intensa
atividade mineradora na área, hoje desativada, levou á construção
do carregamento visto ao fundo da foto. Esta intervenção pode ter,
num passado indefinido, levado à demolição do prédio da
estação. Infelizmente não encontrei ninguem no local capaz de relembrar
isto." (Gutierrez L. Coelho, 2004)
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AO LADO: Chuvas destroem linha próximo
a Souza Noschese em 1961 e interrompem o tráfego ferroviário
entre Rio e BH (Folha de S. Paulo, 6/2/1961).
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AO LADO:
Desastre ferroviário na estação de Souza
Noschese em 1956 (O Estado de S. Paulo, 1/8/1956).
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(Fontes: Gutierrez L. Coelho; O Estado de S. Paulo,
1956; Folha de S. Paulo, 1961; Décio Lima Jardim e Marcio Cunha
Jardim: História e Riquezas do Município de Brumadinho,
Prefeitura Municipal de Brumadinho, 1982; Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-80; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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A plataforma em 18/04/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
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Atualização:
01.03.2017
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